A vida humana pode ser cruel

Socorro

Klaus observou Bella e Henrik irem embora, depois de lhes fazer companhia. Nunca pensou que alguém pudesse sorrir e parecer tranquilo perto dele, mas eles foram a exceção e tinha que controlar a emoção que sentia por isso.

Kol, que esteve apenas assistindo, saiu para se juntar ao irmão. Estava surpreso por Klaus parecer tão bem, sorrindo e rindo com aqueles humanos. Era um novo irmão que estava vendo. Só se perguntava quanto tempo duraria.

- Então, o que ele tinha de tão semelhante para nós? - perguntou Kol, ignorando o bom humor de seu irmão com eles.

Klaus pareceu gostar da atitude.

- Seus olhos. São iguais aos de Henrik. - disse Klaus, escondendo o fato de terem o mesmo nome também.

Tudo que acontecia na sua vida, provava que não existia coincidência nela, mas estava disposto a acreditar dessa vez. Não queria desconfiar de Bella.

- Ah, como eu pude esquecer?!

Kol estava surpreso, principalmente por finalmente perceber, mas Klaus não queria discutir sobre aquilo mais.

Lembrar daquele detalhe, o fez pensar em como sua filha devia ser. Se tinha seus olhos ou era muito diferente de sua família.

- Klaus, vamos? - chamou Kol, confuso com as reações de seu irmão.

- Sim, claro. Rebekah deve estar impaciente.

- Espero que esteja comestível dessa vez.

Os dois riram, ao se lembrar das tentativas da irmã para fazer um jantar em família. Ela era péssima cozinheira, mas nunca deixou que Klaus ou Elijah, os únicos que cozinhavam, tentarem fazer o jantar.

- Não se preocupe, Elijah deixou uma lasanha pronta para caso a gente precisasse. - disse Klaus.

- Bem, eu tenho um pressentimento de que vamos precisar.

Ele não estava errado e depois de mais um fracasso de Rebekah, Elijah foi buscar a lasanha, para alívio de sua irmã. Não queria mais um vexame.

- Da próxima, Elijah cozinha. - disse Finn, satisfeito com a comida de seu irmão.

- Eu ainda vou descobrir o que faço de errado. - disse Rebekah, saboreando a comida de seu irmão e irritada consigo mesma.

- Rebekah, relaxe. Não precisa cozinhar para nós. - disse Klaus, divertido.

- Eu sei.

- Além disso, quando Klaus trouxer sua próxima namorada, é bom termos comida comestível em casa. - disse Kol, provocando e se divertindo com os olhares para o seu irmão, que o olhou irritado.

- Obrigado, Kol. - disse Klaus.

- De nada, irmão.

Rebekah bufou, impaciente.

- Será que dá para explicar? - disse ela.

- Não há o que explicar, Rebekah. Apenas conhecemos a nova moradora da cidade. Eu falei com ela e agora Kol quer me arranjar uma namorada. - disse ele, tentando sair daquele problema.

Mas, ninguém pareceu acreditar nele.

- Espero que essa não tente nos matar ou algo assim. Já bastou Hayley. - disse Finn.

- Tenho certeza que Klaus, não cometerá o mesmo erro. Mas, por via das dúvidas, use proteção dessa vez. - disse Elijah, já recuperado da traição, fazendo todos rirem, enquanto Klaus suspirava.

Estava ferrado.

- Vocês são inacreditáveis. Devia ter ficado em Nova Orleans.

Klaus levantou, pronto para sair.

- Você nos ama. Sabe que não resistiria a saudade. - disse Kol.

Suspirando e não conseguindo segurar o sorriso, Klaus saiu, pronto para esquecer as provocações.

Ele não estava tão diferente para acharem que teria algo com Bella. Era ridículo, ao menos para ele. Havia acabado de conhecê-la e ela tinha um filho. Era óbvio que aquilo ficaria apenas na amizade.

Ao tentar se distrair um pouco, no entanto, viu o que não deveria.

Em um beco, ouviu gemidos, de dor, e não resistiu a curiosidade. Ao espiar, se deparou com Bella, tentando se soltar de um vampiro que estava pronto para mordê-la.

Sem dar chance para o azar, Klaus o atacou, rosnando com raiva e esquecendo por um segundo quem estava assistindo, arrancando seu coração e queimando o corpo em uma lixeira.

- Klaus? - chamou a bela voz o fazendo lembrar o que estava fazendo e o porquê.

Bella o viu matar um vampiro. Aquilo não era bom.