Viagem de volta

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A volta para casa, foi mais tumultuada do que Bella achou que seria possível. 

Depois de um dia agradável na companhia de Jacob e Renesmee, a qual Bella se recusava a chamar de Nessie, pegou a estrada, com o antigo frasco com a suposta cura, dentro do bolso do jeans, que ela havia esquecido completamente.

Ela não havia acreditado realmente no que Edward havia lhe dito, na verdade, afinal, não fazia nenhum sentido. Cura não existia. Ou ao menos, era o que havia pensado.

Quando entrava em Mystic Falls, desejando sua cama e ver seus filhos, foi surpreendida.
Tentou frear a tempo, não queria atropelar ninguém, mas a batida foi forte o suficiente para que batesse a cabeça.
Tudo ficou confuso por alguns segundos e o medo, foi a primeira coisa que sentiu. Havia visto filmes de terror o suficiente para saber que não deveria sair do carro, mas foi surpreendida ao ser arrancada dele e colocada contra a lateral de seu carro.
- Onde está? - perguntou o homem, escondendo o rosto sobre um capuz.
- Onde está o que? - perguntou Bella, sem saber como sair daquela situação.
Ela gritou ao ser sacudida e bater a cabeça na lata do carro. Foi tão forte que sentiu sangue escorrendo por seu cabelo.
- O frio! Eu posso sentir o cheiro imundo daquele inútil em você! Diga! Ou vai se arrepender por esconder um deles.
- Ele está morto! Ele tentou me machucar, não tenho nada a ver com ele! - gritou Bella, começando a chorar.
Para sua sorte, o homem pareceu acreditar, mas logo ela sentia os dentes perfurando seu pescoço.
Vampiro. Ela parecia sempre atraí-los.
- Você vai ser útil ainda, humana. - sussurrou em seu ouvido, antes de larga-la no chão, com sangue suficiente para sobreviver.
- Quem é você? - perguntou ela, antes que ele sumisse.
Ele se agachou ao seu lado, a fazendo encara-lo.
- Eu sou o dono da cura que seu frio roubou e você vai achar para mim.
- Mas ele morreu...
- E deve ter dito a você, não é? Ou não pensaria tanto na humana dele.
Bella arregalou os olhos, surpresa com a informação e por finalmente poder ver o rosto do vampiro que a atacou.
- Ainda vamos nos ver por aí, Bella. - disse, rindo, antes de se levantar e sumir na noite.

Sabendo que não poderia ficar ali, mesmo com as forças quase inexistentes, Bella levantou e foi para seu carro, dirigindo, para o único lugar que poderiam ajuda-la.

Ao estacionar em frente a casa, colocou a mão em seu pescoço, percebendo que ainda escorria um pouco de sangue. O cheiro, a deixou enjoada.
Saiu do carro, seguindo para a porta. Não fazia ideia de que horas poderia ser, não queria acordar seus filhos, mas não teve escolha.
Ao bater na porta, esperou, sentindo suas forças se esvaindo, enquanto sua visão embaçava.
- Ah meu Deus, Bella! - ouviu a voz de Rebekah, parecendo correr para ela, antes de cair.

Rebekah segurou o corpo da humana antes que caísse no chão, a levando para dentro e colocando no sofá.
Sabia da preocupação que seu irmão ficaria e ficou na dúvida sobre avisa-lo ou não.
- O que aconteceu com ela? - perguntou Finn, descendo as escadas, sendo seguido por Elijah e Kol.
Klaus estava com Esther e as crianças na casa de Bella, já que sentiam a falta da mãe. Aquela foi uma ideia de Finn e todos acharam perfeita.
- Não sei. Ela desmaiou quando abri a porta. Estava perdendo sangue.
Elijah viu a mordida no pescoço de Bella e fez com que bebesse seu sangue.

- Não deveríamos avisar Klaus? - perguntou Kol, depois de colocarem Bella no quarto de seu irmão, limpa de todo aquele sangue.
- Eu faço isso. - disse Rebekah, pegando seu celular.
A reação de seu irmão, foi exatamente a que imaginou e não precisou esperar muito para que ele chegasse em casa.
- Aonde ela está? - perguntou Klaus, entrando em casa, vendo seus irmãos reunidos na sala.
- Em seu quarto. Estava dormindo a última vez que verifiquei. - disse Rebekah.
Klaus assentiu, seguindo para seu quarto.
Ao entrar, viu Bella tentando levantar.
- Você deveria ficar deitada. - disse ele, seguindo até ela e a ajudando a se sentar.
Bella suspirou.
- Não posso. Eu preciso de ajuda. - disse ela, lembrando do aviso que recebeu.
- Por que não me conta o que aconteceu?
Bella assentiu, contando como foi abordada pelo homem misterioso, semelhante ao vampiro que estava sempre no grill. Terminou com a ajuda de Rebekah e esperou pela opinião de Klaus, que parecia confuso.
- Stefan não é mais de atacar humanos. - começou Klaus, tentando entender.
- Então, você acha que existe outro com a mesma aparência dele? Como Katherine?
Klaus havia explicado sobre sua vida, a maldição e as sósias.
- É possível. Agora, o que isso tem a ver com a suposta cura, não faço ideia.
- Bem, se você que tem mais de 1000 anos não sabe, como eu vou saber?
Klaus sorriu, contente por vê-la menos abatida.
- Talvez Esther saiba de algo.
- Vou perguntar amanhã.
- Precisa de alguma coisa?
Bella negou, se arrastando para baixo da coberta de novo, lembrando de um detalhe, que permanência em seu bolso e que por sorte sobreviveu ao evento.
- Bella? - chamou Klaus, preocupado com seu olhar assustado.
- Eu não quero coloca-lo em perigo. Isso é culpa de Edward.
- E ele está morto. Eu não vou deixa-la sozinha nisso, Bella. Agora me conte!
Klaus a puxou para fora da cama, disposto a saber o que mais estava escondendo.
Bella suspirou, tirando o pequeno frasco do bolso do jeans.
- Não diga nada a ninguém. - disse Bella, baixinho e Klaus entendeu, assentindo.
- Então, ele deu a você? - perguntou Klaus, pegando o frasco, surpreso como uma coisa tão pequena estava para causar um estrago.
- Ele disse que poderia ser um humano para mim.
- E você recusou?
- Eu não o amava mais e... Não me parece justo, obrigar alguém a ser o que não quer.
Klaus a encarou, surpreso e admirado, mas ela estava focada em outra coisa.
- O que fazemos com isso? - perguntou, pegando de volta o frasco.
- Por que simplesmente não entregar a ele?
Bella o encarou, surpresa.
- Eu não vou ajudar um homem que quase me matou.
- Não é ajudar e se livrar dele.
- Quem garante isso?
Klaus suspirou, não querendo discutir.
- Vamos guardar então. Até descobrir quem ele é e o que quer com uma cura para o vampirismo.
Bella assentiu, colocando de volta no bolso e voltando para cama.
- Não pode estar falando sério. - disse Klaus, surpreso por querer continuar com aquilo com ela.
- Se ele não notou da última vez...
- É perigoso.
- Eu estou na cama de um poderoso híbrido. Não acha isso perigoso?
Klaus sorriu, indo até ela.
- O híbrido. E, não. Só se considerar ter uma noite de prazer como perigoso.
Bella sorriu, não se importando com estar corada.
Parecia uma boa distração.
- Eu acho muito perigoso...

Antes que pudesse terminar de falar, Klaus a beijava, a deitando na cama. Apenas ali, ele percebia o quanto a desejava. Depois de vê-la tão abatida e tendo consciência do perigo que correu. 

Ela quase morreu e nunca saberia como se sentia quando estava ao seu lado.

Não foi difícil para Bella perceber sua urgência e o parou, segurando seu rosto, sorrindo.

- Eu estou aqui. - sussurrou, com calma.

- Você poderia não estar. Eu... não vou deixar mais ninguém machucá-la.

- Nem um pouquinho?

Antes que tentasse entender, ele foi distraído. Deixou que ela o colocasse contra a cama e logo tinha as mãos e a boca de Bella o levando a loucura.

- Eu não quero cuidados hoje, Klaus.

Deixando escapar um rosnado quando ela parou, Klaus os virou, voltando a posição inicial, não hesitando em rasgar suas roupas, dos dois.

- Não deveria me provocar, Isabella.

Antes que Bella pudesse pensar, Klaus a segurou, seguindo para o meio das pernas da humana, começando o que pretendia terminar.

-Klaus! - disse Bella, tentando afastá-lo. Ela estava sendo devorada pelo híbrido e não poderia ter gostado mais.

A noite, foi inesquecível, para os dois.

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A vida humana pode ser cruelOnde histórias criam vida. Descubra agora