Um pouco de sangue

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Os dias que se seguiram aquele almoço foram mais tranquilos do que Klaus e Bella esperavam e quando perceberam já haviam se passado dois meses.
Eles ainda estavam separados, mas conseguiram estabelecer uma boa relação, principalmente pensando no bem das duas crianças que continuavam a crescer, saudáveis e talentosas.
Mas, Klaus, sentindo o rancor e a raiva sumirem um pouco a cada dia, começou a se preocupar com Bella. Ela parecia abatida. Na verdade, a cada dia que passava, ela parecia mais fraca. Ele não gostava nada daquilo, mas não sabia como tocar no assunto.
Ao menos até o dia em que Bella desmaiou.
- Está doente? - perguntou Klaus, preocupado, quando ela acordou.
Jasper e Alice estavam no andar de cima, de olho em Henrik e Hope, mas prestaram atenção na conversa que estava acontecendo.
- Eu estou bem Klaus. - disse Bella, tentando levantar, mas ao cambalear, o híbrido a segurou.
- Não, você não está.
Ela suspirou, resolvendo contar o que estava acontecendo.
- Estou sentindo como se... algo estivesse sugando minha energia. É estranho. Eu... até mesmo reduzi meus turnos no grill, mas não parece ser algo normal.
Klaus ficou ainda mais preocupado e sua mente logo trabalhava, tentando descobrir o que poderia estar acontecendo.
- Acha que pode ser... algo sobrenatural? - perguntou Bella, com medo.
- É uma possibilidade. - disse ele, entendendo seu raciocinio.
- Mas, quem? Eu... não fiz nada a ninguém nos últimos meses, desde... você sabe.
Klaus assentiu, mas sua fala foi suficiente para lembrar ao hibrido quem havia sido aquela que ficou mais furiosa com a situação.
- Esther. - sussurrou Klaus, mas com a proximidade Bella ouviu.
- Ela está fazendo isso comigo? Ah meu...
- Se acalme Bella, eu não tenho certeza.
- Ela é a única que me odeia agora.
Os dois se encararam e Klaus acabou a puxando para um abraço, tentando reconfortá-la.
- Eu vou descobrir se é mesmo Esther.
- E se for?
- Eu acabo com ela.
- Klaus, não, é sua mãe...
Ele a afastou o suficiente para encará-la e percebeu que tinha perdoado sua traição, seu medo de perde-la... de nunca mais encarar aqueles olhos castanhos de novo o assombrou.
Determinado, ele a beijou, sendo retribuido no mesmo instante. Não era como da primeira vez, era calmo, apaixonado, a prova do perdão entre eles.
- Se ela machuca minha família, aqueles que eu amo, não vou trata-la como minha mãe. Não vou perder você Bella.
Bella o encarava em silêncio, surpresa com suas palavras e ato.
- Klaus, você tem certeza?
- Como nunca antes em toda minha existência. Eu te amo Isabella.
- Eu também te amo Klaus e... prometo nunca mais magoar você.
Ele sorriu.
- Eu confio em você.

Antes de ir embora e começar sua investigação, Klaus a fez beber seu sangue, para ter certeza de que estaria forte o suficiente. Ao ver seu rosto mais saudável, ambos sabiam que foi uma decisão acertada.
Se dependesse de Klaus, nada mais a feriria.

A vida humana pode ser cruelOnde histórias criam vida. Descubra agora