The Plan [Showki; Joohyuk]

35. Sim.

» Três semanas depois «

Kihyun continuou fazendo vontades dos garotos do time. Todos os trabalhos e exercícios que eram passados, dormindo pouco e muitas vezes até deixando de entregar suas tarefas para que tivesse tempo de entregar todas as dos outros garotos. Se sentia esgotado e precisava se segurar para não tentar encher Jisuk de socos, mas aquilo o traria mais consequências, então fazia apenas em seus pensamentos.

Shownu continuava tendo que ficar quieto por causa das ameaças de Jisuk. E Jooheon, continuava deixando uma vez por semana, uma boa quantidade de dinheiro no armário de Minhyuk, esse que se sentiu obrigado a aceitar por necessidade, mesmo que isso ferisse o resto do orgulho que o restava. Ele e Kihyun ainda não haviam se falado depois daquele ocorrido, na verdade, sequer se olhavam.

— Não dá pra você continuar lerdo assim Jooheon, por que anda tão devagar? — Jisuk perguntou enquanto guardava seu material na mochila.

— Eu já disse que é por causa do trabalho.

— Não entendo o porque desse trabalho, isso só está te prejudicando. O treinador vai pegar cada vez mais no seu pé.

— Deixa o cara, a vida é dele. — Shownu defendeu o amigo, sendo ignorado pelo outro garoto.

Três deles saíram da sala, mas Jisuk continuou. Ele parou na mesa de Kihyun, que ainda estava guardando seu material, o menor o olhou e entregou alguns papéis. O maior olhou para os trabalhos e arqueou uma sobrancelha.

— O que é isso?

— São os trabalhos. — Jisuk riu e jogou os papéis no chão.

— Isso? Sério? Acha mesmo que eles estão bons?

— Eu não tive tempo de fazer mais do que isso, ta bom? Não sou mágico, fiz o possível pra conseguir te entregar hoje.

— Refaça.

— Está maluco? Tenho que te entregar hoje porque é pra primeira aula de amanhã, não tenho como fazer isso agora.

— Se vira. Temos treino hoje, então você tem até cinco e meia da tarde pra fazer algo que preste.

— Eu odeio você.

— Tenho algo que te torna mais desprezível. — Jisuk falou ao mostrar o celular e riu antes de se retirar, deixando um garoto furioso para trás.

Kihyun ficou na escola o restante do dia e quando conseguiu terminar tudo e olhou para o relógio, se desesperou ao ver que já se passavam das cinco e quarenta. O menor correu do refeitório até o campo de futebol, que ficava do outro lado da escola, e se desesperou ao ver que não havia mais ninguém alí, olhou para o vestiário e viu um garoto entrar, correu até ele e assim que entrou alí, Jisuk logo o viu e riu, andou até ele e pegou os trabalhos de sua mão, quando o menor ia sair dalí, ele pegou seu braço e o impediu.

— Aí galera — falou em um tom alto, chamando atenção dos vários jogadores que haviam naquele vestiário lotado pós treino — O baixinho veio aqui se divertir um pouco, já que gosta de homens e estar em um vestiário cheio deles sem roupa é a coisa mais emocionante que vai acontecer na vida de merda dele. — ele falou sorrindo e Kihyun pôde escutar gargalhadas e comentários maldosos a seu respeito.

— Qual é o seu problema? — o menor perguntou entredentes ao tentar se soltar das mãos do outro novamente.

— O que foi? Eu só estou tentando te ajudar, quem sabe assim algum deles se interessa por você?

— Me solta. — o menor pediu, já sendo incapaz de controlar suas lágrimas.

— Ué? Ah, me desculpe. Eu esqueci que os caras só se interessam por você com uma intenção — ele olhou para o menor de cima a baixo e sorriu — Por que todo mundo te usa Kihyun? Nem o seu único amigo te atura mais. — escutar aquilo foi o suficiente para que Kihyun chorasse ainda mais e puxasse seu braço com mais força, fazendo o outro o soltar — É uma pena meus amigos estarem no banho agora, eles adorariam te ver assim. — o menor não disse nada, apenas deu alguns passos para trás e depois se virou, saindo correndo daquele vestiário.

No meio do caminho, o acastanhado esbarrou em um homem, o ignorou, mas parou assim que escutou a voz dele o chamar.

— Kihyun? — o mais baixo se virou devagar.

— Treinador?

— Aconteceu algo? Você não deveria estar em casa a essa hora?

— Eu posso falar com o senhor?

— Preciso falar com os meninos, não pode ser amanhã?

— Quando eu falar com o senhor, terá mais o que conversar com eles.

— Por quê? Eles fizeram algo?

— Sim.