E se Catarina não fosse filha única? Criada ao lado de sua irmã, filhas do rei Augusto, ambas tem que enfrentar os desafios da corte enquanto procuram ou fogem do amor.
Uma história cheia de intrigas, paixão, ódio e cumplicidade.
Bem-vindo a reina...
"Apenas um teste." Disse, e sem esperar uma resposta grudou seus lábios aos de Catarina em um beijo longo, intenso.
Aproveitou a boca aberta em choque e introduziu sua língua, fazendo-a dançar com a sua. Catarina esqueceu toda a resistência inicial e segurou-se nele como se sua vida dependesse disso.
Afonso era definitivamente um homem habilidoso, isso ela podia comprovar. Ele sugou seu lábio inferior, dando uma leve mordida antes de voltar a sugar a sua língua. As mãos grandes dele permaneceram firmes em sua cintura, enquanto ela puxava seu cabelo tentando mantê-lo o mais próximo possível.
Quando o ar se fez necessário eles se afastaram, ambos com a respiração acelerada; Catarina levou sua mão até os lábios inchados pelo beijo e encarou Afonso. Seus cabelos sedosos estavam bagunçados, seus lábios vermelhos e ele mantinha um pequeno sorriso no rosto.
Quando ele ia abrir a boca para falar algo, um alto som cortou o ar. Ele segurou o rosto sem acreditar que Catarina tinha lhe acertado a face.
"Como você ousa me beijar assim?" Questionou, sentindo sua mão latejar. Viu os olhos dele escurecerem e sabia que não era de desejo e sim de raiva.
"Você correspondeu ao beijo Catarina!" Rosnou sem entender a atitude dela, afinal, alguns segundo atrás ela estava bastante animada em ser beijada.
"Você deveria ter perguntado, e não simplesmente me beijado." Ela respondeu, se afastando um pouco. "Estamos noivos, mas isso não lhe dá esse direito. Você deveria ter perguntando se eu queria."
"E mesmo querendo você diria que não." Afonso devolveu, passando a mão por seu cabelo. Respirou fundo algumas vezes a fim de se acalmar, sabia que não podia simplesmente beija-la assim. Catarina era uma princesa e não uma mulher qualquer, mas ele simplesmente se sentia enfeitiçado por seus lábios e antes que pudesse pensar no que estava fazendo, seus lábios estavam unidos.
"Mesmo assim, na próxima vez pergunte." Ela disse baixo, sentindo um arrepio em sua espinha. Querendo provar mais uma vez o poder que aqueles lábios tinham.
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"Tudo bem Catarina, me perdoe por isso." mas parou por um segundo, um sorriso agora brincando em seus lábios. "Na próxima vez?"
"Sim, na próxima vez."
Afonso encarou Catarina, que ainda tinha a respiração acelerada. Seu peito subindo e descendo em uma cadência que enfeitiçava seus olhos. "Minha pequena feiticeira*" Falou quase em um rosnado, e voltou a se aproximar dela, enlaçando a sua cintura. Aproximou lentamente seus lábios dos de Catarina, mas percebeu que ela ia protestar novamente. "Eu posso beijar minha noiva?" Perguntou, seus lábios roçando nos dela ao perguntar.
*As leitoras raiz bateu a saudade agora? De onde Cat tinha esse mesmo apelido: 'pequena feiticeira'?
"Pode." Foi tudo o que Catarina precisou falar, para que ele a puxasse de forma mais brusca contra ele. Sentiu quando ele a conduziu, e prensou seu corpo contra uma coluna. Ao contrário da primeira vez, Afonso tomou o seu tempo. Deu um beijo cálido em seu queixo, descendo para o pescoço esguio, aproveitando o máximo que podia.
