E se Catarina não fosse filha única? Criada ao lado de sua irmã, filhas do rei Augusto, ambas tem que enfrentar os desafios da corte enquanto procuram ou fogem do amor.
Uma história cheia de intrigas, paixão, ódio e cumplicidade.
Bem-vindo a reina...
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"Meu pai, por favor." Catarina falou apressando seus passos para conseguir acompanhar os de seu pai, enquanto arrastava Diana firmemente ao seu lado.
"Muitos nobres de toda a Cália estão aqui Catarina, seria falta de respeito a ausência de minhas duas filhas." Falou diminuindo seus passos, para que suas filhas parassem de correr, e conseguissem andar normalmente ao seu lado.
"Convidaremos todas as princesas e duquesas de nossa idade, assim vocês poderão conversar sobre assuntos mais importantes, enquanto divagamos sobre futilidades." A morena tentou mais uma vez persuadir seu pai, mas ele apenas lhe encarou sem acreditar em suas palavras.
"Catarina Marie de Lurton, você sempre achou enfadonho essas conversas."
"Prefiro ter que suportar essas conversas, a ouvir disparates sobre Ana." Catarina retrucou sem pensar nas consequências de suas palavras.
Rei Augusto parou seus passos, e encarou ambas as filhas.
"Alguém ousou lhe destratar no baile?" Seu temperamento explosivo se manifestando, ele era contido em diversas coisas em sua vida, mas não quando era algo relacionado a seu reino ou as duas pequenas jovens que estavam diante de si.
"Não papai, Catarina é demasiada preocupada. Somente." Diana disse de forma baixa, sem encarar os olhos de seu pai. Não era de sua natureza mentir, principalmente para seu pai, mas sabia das consequências que a verdade sobre isso poderia acarretar.
"Papai, ninguém destratou Ana, apenas queremos nos reunir com algumas princesas. Não sei quando voltaremos a ver algumas delas. Mesmo que eu não aprove o comportamento da grande maioria, deve saber que mantemos amizade com algumas, a princesa de Morghenronf, Bianca, é uma delas. E seria falta de respeito chamar apenas algumas poucas. Então estamos chamando todas." Catarina encarou seu pai com um doce sorriso, que faria qualquer um cair em seus encantos.
Apertou a mão da loira, para que ela lhe ajudasse. Afinal, ele estava a ponto de acatar o desejo delas. "Por favor papai." Diana pediu por fim, e perceberam quando ele suspirou, baixando seus ombros. E por dentro Catarina comemorou, sabendo que ele tinha cedido.
Rei Augusto deu um beijo na testa de ambas as filhas, olhando com orgulho a sólida amizade entre elas. Catarina tinha um temperamento forte, decidido e por muitas vezes era inflexível quando sua opinião era formada, raramente alguém era aprovado de ser digno e sem defeito aos seus olhos. Sempre analisando de forma minuciosa e sensata tudo ao seu redor e mesmo assim amava incondicionalmente sua irmã e se preocupava com as questões políticas e necessidades do povo. Sabia que ela seria uma rainha brilhante, ela era destinada a grandeza.
Já sua outra filha, apenas alguns meses mais nova que sua primogênita era o completo oposto, o contraste entre ambas era notado desde o modo de falar e o de olhar, Diana tinha a natureza mais doce, gentil e sempre teve uma tendência de gostar das pessoas no geral; todo mundo era bom e agradável aos seus olhos. Semanalmente fazia visitas ao orfanato de Artena, seja para levar pequenos presentes ou contar histórias para as crianças.
