Capítulo 18

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*Deixe sua estrela e alegre a noite dessa autora.*

"Vamos Duque, aqui!" Catarina gritou enquanto corria pelo terreno do castelo de Artena, soltou uma alta risada quando o cachorro quase lhe alcançou e jogou o pequeno urso na direção de Diana, que pegou no ar e saiu correndo, tendo o cachorro indo na sua direção agora.

"Faz tempo que eu não vejo minhas meninas assim." Augusto murmurou da janela, observando as duas correndo pelo jardim.

"Eu sempre soube que Afonso era o homem perfeito para Catarina, veja o sorriso no rosto dela desde que voltou de Montemor. Está feliz com essa união." Cecília falou com um pequeno sorriso sonhador, já imaginando quantos netos teria.

"Ainda precisamos conversar Cecília." Augusto falou de forma incomodada, estava há dias tentando colocar a esposa contra a parede. Mas ela continuava sendo evasiva e isso o estava deixando louco de ciúmes.

"Diga meu rei, sobre o que deseja falar? Se é sobre Diana, eu já sei. As paredes têm ouvido."

"Bem, não era isso." Augusto falou notando o pequeno sorriso no rosto da mulher, ela estava novamente mudando o foco do assunto. Mas esse era um outro pensamento que estava ocupando sua mente, suas duas meninas ao mesmo tempo? "Eu sabia que Diana um dia se casaria, mas não estava esperando uma proposta agora."

"Ela estará com Catarina, casada com um homem de uma boa linhagem e de quem ela gosta. O que tem para pensar Augusto?" Cecília questionou tentando não rir da expressão do homem ao seu lado.

"Minhas duas meninas ao mesmo tempo." Augusto murmurou fechando os olhos, e abriu logo em seguida quando ouviu o grito das duas. Ambas estavam no chão com o cachorro intercalando lambidas no rosto delas, foi inevitável o sorriso se forma em seu rosto.

"E o cachorro, elas com toda a certeza o levaram."

"Estou perdendo tudo de uma única vez."

"Elas estão se casando homem, pare de agir como uma criança. Você não está perdendo ninguém." Cecília o repreendeu.

"Não estou perdendo ninguém? E quanto a você?"

"O que tem eu Augusto, pretende arrumar outra amante e me mandar para Montemor com elas?" Perguntou com certa ironia na voz e começou a andar pelo corredor, sabendo que ele iria andar atrás de si.

Desde a noite que se deitaram juntos pela primeira vez e ele viu marcas no seu corpo, prova clara que outro homem esteve ali, ele estava assim. Não que sentisse pena dele por isso.

"Já conversamos sobre isso Cecília." Augusto disse ficando ao lado dela.

"Então não sei o que você deseja saber." Ela disse desentendida.

"Cecília, você está dormindo com outro homem?" Ele rosnou a pergunta de uma única vez, olhando para os lados.

"Se fosse uma mulher faria você se sentir melhor?"

Ele arregalou os olhos para aquela frase, fazendo a mulher soltar uma gostosa gargalhada.

"Eu não sabia como é bom estar do outro lado da moeda Augusto, não se preocupe com isso querido." Ela disse por fim, tentando diminuir o sofrimento dele.

"Isso quer dizer que você não teve e nem tem ninguém?" Ele perguntou sério. "Ninguém além de mim eu digo."

"Essa pergunta é perigosa querido, uma resposta errada para ela e eu poderia ser decapitada." Disse passando a ponta dos seus dedos no pescoço do homem. "Não sei por que você está tão preocupado. Vamos, eu tenho um casamento para organizar."

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