Capítulo 15

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Afonso somente acreditou nas palavras daquela carta quando entrou no quarto e encontrou os rostos das pessoas ali presentes. Diana estava acamada, e mesmo que seu rosto não estivesse pálido decido a doença, ela parecia extremamente cansada. Catarina tinha o rosto vermelho, seus belos olhos brilhavam – dessa vez devido as lágrimas ali acumuladas e mesmo assim ela continuava linda. Sua vontade inicial foi tê-la em seus braços e lhe confortar o coração.

Rei Augusto encarou o rei de Montemor e sabia que a conversa que se daria dali não seria uma conversa amigável. Catarina era sua filha, mas também era noiva dele e foi atacada dentro do próprio castelo.

"Rei Afonso?" Augusto tomou a iniciativa, fazendo o mesmo desviar os olhos penetrantes de Catarina, e viu de onde estava a raiva emanando do homem. "É uma surpresa, não estávamos esperando a sua presença."

"Nas atuais circunstâncias não deveria ser uma surpresa eu vim de imediato até Artena e ver como Catarina e Diana estão." Afonso falou e desviou novamente seus olhos para os olhos negros da morena, que deu um singelo sorriso ao ouvir ele mencionar não somente o seu nome, mas o de sua irmã.

"Estamos bem, Diana finalmente acordou." Catarina falou, mesmo recebendo um olhar questionador do homem.

"Você não me parece bem." Afonso retrucou. "Majestade, se me permite eu gostaria de conversar um pouco com Catarina."

"É claro, o jantar em breve será servido. Espero que se junte a nós." Augusto falou se afastando de Catarina, sabia que era um momento delicado, no entanto não desejava quebrar o acordo com Montemor. Se ele desejava apenas saber do bem-estar de Catarina, deixaria que ele visse com os próprios olhos.

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"Catarina você não está bem" Afonso afirmou quando ambos estavam sozinhos no jardim do castelo, longe de olhares e ouvidos de qualquer um.

"Eu já disse que estou."

"Nunca ficamos tanto tempo juntos sem que você me xingasse ou discordasse de algo." Ele falou encarando os olhos tristes dela.

"Você quer que eu lhe xingue?" Questionou levemente com raiva.

"Não! Mas você não precisa ser forte o tempo todo. Eu vim assim que recebi a carta Catarina, não parei por nenhum momento até que chegasse aqui." Ele disse ficando de frente para ela. "Eu sei o quanto você ama Diana, ela sofreu um atentado e apenas não morreu por sua causa. Você salvou a vida dela, no entanto duvido que esteja bem."

Antes que Afonso ou até mesmo Catarina se desse conta do que estava fazendo, a princesa de Artena se jogou nos braços do homem a sua frente e automaticamente se sentiu protegida e acolhida quando ele circulou os braços ao seu redor a apertando firme.

Sem o seu consentimento as lágrimas voltaram a escorrer por seus olhos, odiando estar tão vulnerável. 

 

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