Capítulo I.

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     Eu sentia os meus olhos pesarem e o meu corpo fraco

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     Eu sentia os meus olhos pesarem e o meu corpo fraco. A minha cabeça doía fortemente, parecia que eu tinha levado uma pancada forte.
    Abri os meus olhos e observei ao redor. Eu não estava mais na floresta, e sim em um quarto estranho. Não estava com as minhas roupas comuns, eu vestia um vestido de cor bege imenso e pesado, com vários arabescos.

O que estava acontecendo?

   Tentei então me levantar, mesmo com aquelas várias camadas de tecido, consegui ficar de pé. Os lençóis da cama combinavam com o travesseiro, o que eu realmente achava cafona. Eram de cor branca e tinha vários desenhos de flores.
   Quando eu ia me aproximar de um dos armários velhos daquele quarto, uma garotinha de cabelos ruivos apareceu no quarto me olhando.

— Mamãe, mamãe! A mulher acordou! — Ela saiu correndo do quarto e eu comecei a ficar assustada. Não acredito que além de estar perdida me sequestraram também, pensei.

   Logo, uma mulher de aproximadamente 45 anos, apareceu junto com a filha. Ela estava usando um vestido mesmo volume que eu mas de cores diferentes, não parecia estar nem um pouco incomodada com as camadas de tecido.

— Ah! Que bom que a senhorita acordou. — Ela deu um sorriso se aproximando, o que me fez dar um passo para trás. — Achávamos que iria acordar pela tarde.

— Quem é você? — Falei direta com as sombrancelhas arqueadas.

— Desculpe pela indelicadeza. Me chamo Octavia Lawford e essa menina se chama Marlin, minha filha.

— Ok… E que lugar é esse? Onde está a Eadlyn?

— M-me desculpe? Quem é Eadlyn? Nós a encontramos na floresta. A senhorita estava desmaiada, não parecia muito bem. Então, decidimos lhe trazer para a nossa casa.

   Então foi ali que eu me lembrei o que aconteceu. Aquele lago havia me puxado para dentro do mesmo por uma espécie de mão feitas pelas águas. O que merda era aquilo?

— O lago… — Comecei a andar de um lado para o outro apreensiva. — Aquele lago me fez desmaiar.

— Como?

— A água daquele lago me puxou para dentro e me fez desmaiar! — Parei de andar por um momento e olhei para a mulher. — Eu preciso ir.

   Saí do quarto rapidamente e desci aquelas escadas empoeiradas, parando na sala. O sofá era de uma cor escura e ao redor do mesmo era madeira, muito bizarro. Não havia nenhuma TV e havia muitos espelhos pelas paredes também feitas de madeira. Tudo parecia empoeirado e velho naquela casa, diria que do tempo da minha avó.

— Espere! A senhorita tem um lugar para ficar? — Octavia venho até mim às pressas com a filha, que parecia não se importar com a situação. — Você poderia ficar aqui até se recuperar.

— Não, eu não posso. Tenho que procurar a Eadlyn.

   Fui em direção a porta e a abri, saindo logo depois. O que porra aconteceu?
  
Todas as casas pareciam iguais as demais, haviam pessoas andando de carruagens e algumas até de cavalos. As mulheres usavam vestidos enormes como o meu e os homens, ternos estranhos.

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