Capítulo IV.

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Parecia que tudo estava acontecendo como naquela manhã de quinta feira: Eu acordei, tomei café da manhã e estou prestes a perguntar a Charlie se ele quer dar uma "volta" comigo — já que ele não tinha trabalho naquela dia —

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Parecia que tudo estava acontecendo como naquela manhã de quinta feira: Eu acordei, tomei café da manhã e estou prestes a perguntar a Charlie se ele quer dar uma "volta" comigo — já que ele não tinha trabalho naquela dia —. Eu só espero que eu não me perca pela última vez que andei por Londres.

O garoto estava sentado em sua poltrona lendo alguma notícia em seu jornal. Parecia atento e tinha um olhar de "Ei, não venha falar comigo", mas eu tinha que fazer aquilo, já que eu jurei para Teresa que iria levá-lo até a praça. Eu me odeio por ser tão boa com as pessoas.

— Hm, Charlie? — Ele não ouviu. — Charlie?

Ele olhou para mim e guardou o jornal. — Há quanto tempo a senhorita está aqui?

— Tem alguns minutos. — Ela riu fraco. — O que está lendo?

— Bobagens. A maioria dos assuntos eram sobre a rainha.

— Oh… Entendo.

Depois da minha resposta, nós ficamos nos olhando sem saber o que dizer naquele momento. Por que eu sou tão ruim em puxar assunto com outras pessoas?

— Você quer me falar algo, Rose?

Eu arqueei as sobrancelhas. — Como você sabe?

— Primeiramente você está me olhando com um olhar nervoso, segundo, as suas pernas estão se mexendo e não conseguem ficar paradas. Terceiro, por que você não falaria comigo sem ter algo para contar?

— Wow. Você é bom nisso. — Eu sorri.

— Eu tento. — Ele deu um sorriso fraco. — E então?

— Não era nada de mais, apenas queria te perguntar se você gostaria de ir para a praça comigo.

— Oh, um passeio? — Pergunta ele.

— Isso! — Eu sorri vendo que ele estava começando a entender. — Vamos?

— Tudo bem, mas… Por que essa ideia repentina? — Perguntou Charlie.

— Bem… — Pensei em algo com sentido. — Eu não conheço Londres tanto quanto você, então, eu pensei que nós poderíamos andar um pouco.

— Ah, claro. Bem, então vamos. Sinto que não vamos demorar tanto, então, a Octavia não precisa saber que nós saímos.

Eu concordei e nós saímos de casa logo após aquela pequena conversa.

Quando estávamos próximos da praça, a primeira coisa que eu vi foi Teresa olhando para os lados com uma expressão de desespero em seu rosto

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Quando estávamos próximos da praça, a primeira coisa que eu vi foi Teresa olhando para os lados com uma expressão de desespero em seu rosto. Aquela garota realmente não sabe fingir que está ali por acaso.

— Ah! Oi, Charlie. Oi Rose! — Ela se aproximou ao perceber nossa presença. — Não esperava encontrar vocês por aqui.

Com aquelas últimas palavras, eu comecei a rir desesperadamente. Ela falava aquilo de uma forma que qualquer um acreditaria, mas eu não.

Ao perceber os olhares negativos de Teresa, me recompus e enxuguei as lágrimas que estavam no meu rosto.

— Você está bem, Rose? — Disse Charlie meramente preocupado.

— Uh? Claro, claro. Eu só me lembrei de alguns acontecimentos mas nada fora do normal. — Ri fraco e cruzei os braços.

— Oh… Entendo.

— Para onde vocês estavam indo? — Perguntou a garota sutilmente.

— Bem… a Rose me chamou para irmos passear. — Ele olhou entre eu e ela. — Se você quiser vir com a gente nós não iremos nos incomodar.

— Ah, eu adoraria! — Ela sorriu entusiasmada.

Ao mesmo tempo que ela falava aquilo, ela continuava me dando um olhar negativo, provavelmente esperando que eu dê alguma desculpa esfarrapada. Eu suspirei e olhei para Charlie.

— Por que vocês dois não vão juntos? — Eu indiquei.

— Você não irá vir com a gente? — Eu concordei. — Porquê? Você parecia animada para o passeio.

— É que agora eu lembrei que eu falei com Marlin e eu jurei que iria ler um livro com ela. Você sabe como ela é, se eu não aparecer ela não vai falar comigo pelos próximos dias. — Dei uma risada.

— Eu sinto que a Marlin não irá se incomodar se você passear um pouco comigo. — Ele sorriu para mim.

— Passeio? Onde?

Quando Catherine percebeu o assunto que nós estávamos conversando, tratou logo de se aproximar para saber mais. Ótimo.

— Oi, Catherine! Nós estamos pensando em irmos passear juntos.

— Isso é ótimo! — Ela sorriu.

Houve um silêncio depois de sua resposta. Eu e Teresa nos olhávamos como se estivéssemos pedindo ajuda através de gestos, mas nada adiantava.

Quando eu achei que aquela dia não poderia ficar pior, as palavras de Charlie me deixam superam todos os acontecimentos.

— Que tal nós 4 irmos passear juntos? Seria uma boa caminhada entre amigos! — Ele sorriu com ingenuidade.

— NÃO! — Berrou Teresa por impulso.

— Não? — Charlie arqueou as sobrancelhas.

— Quer dizer, nós não somos apenas amigos. Somos melhores amigos! — Ela disse com um sorriso sem nenhum entusiasmo.

— Isso mesmo! Então vamos, senhoritas?

O passeio que seria entre Charlie e Teresa e que deveria ser romântico, virou um passeio monótono. Durante toda a caminhada, Catherine só faltava se jogar nos braços de Charlie. Enquanto Teresa continuava com o seu jeito quieto e meramente triste por tudo ter dado errado, mas ela também queria conversar com o garoto.

O que tornou o tempo mais engraçado — ou desesperador — foi o fato do garoto ter dado mais atenção para mim, a garota que nem sequer sabia porque estava ali, do que as duas garotas loucas por ele. A vida é esquisita, às vezes.

Em Pleno Século 19Onde histórias criam vida. Descubra agora