Rosas Brancas

6. O mago das almas

O castelo tinha vários cantos, quartos, escadarias grandes, além de um quartel, biblioteca gigante e outros tipos de lugares. Nesse tipo de lugar também havia masmorras, mas que sempre estavam vazias, aos olhos comuns, Storm descia as escadas cantarolando e brincando pelo caminho inteiro, nos corredores ele não nunca prestavam atenção e acabavam se esbarrando nas pessoas; ele parou um pouco quando viu dois guardas novos brincando pelo corredor, conversando e sorrindo, depois disso avançou em cima de um, eles não o enxergam e tudo o que eles podem fazer e se contorcer de dor, Storm mesmo sabendo disso, adorava fazer isso, o pequeno guarda precisou de ajuda para se manter em pé.

Um mago das almas é um primogênito das sombras, sua única função é dita de roubar, trocar e coletar almas, são considerados nas histórias como seres perversos e de mau sinal, mas também muitas vezes ajudem os Reis do Vale.

Storm já havia se acostumado com sua vida, sua alma vagava pelo castelo a anos, apenas esperando poder realizar sua missão; enquanto vagava por aí notou que Chester e Georges andavam apressados e depois se retiraram do castelo.

-Você não aprende certo?

-Ele está mexendo com a onça, com vara curta... -aquela voz raivosa pertencia a Brad. -Não acredito que tenho que obedecer aquela criança...

-Continue resmungando adoro contar para ele...

Como pessoas normais não conseguiam o ver, ele podia ficar ao lado delas de eles não o veriam, enquanto Brad não se tornasse um Pétala com poderes liberados ele não poderia o ver. Brad nasceu e viveu pelo menos oitos anos com pais, mas depois foi abandonado com um tio que bebia muito, abandonado aos oitos, apanhando de um tio babado e alguns tentando pisar nele, tudo o que ele mesmo fez foi se ergue acima dos outros, brigava e discutia, seu tio caiu no rio e morreu, ele foi levado a um orfanato onde mais passava fome e necessidade do que quando estava com seu tio, fugia constantemente e brigava na escola, assim que o aluno novo, tímido e autista entrou na sala, ele arranjou alguém para cutucar sem ter problemas, colocou medo em Yure, ele simplesmente se calou, enquanto aceitava a brincadeiras de mal gosto de Brad; Michael apareceu logo no terceiro ano, ele ficou observando eles serem amigos do nada e Yure ser feliz, mas continuou a cutucar, até que em uma briga quem levou a defende-lo foi Michael, aquele dia ele foi expulso e não aceito em escolas públicas mais, um monstro que humilhou uma criança autista e não demostraria respeito com ninguém.

Uma história dessa poderia ser contornada, mas ele preferiu continuar do mesmo jeito; em Rosas Brancas, ele ainda tinha uma família, eles tinham o adotado e ele era agradecido, sua mãe era uma moça jovem e bela, mas doente e seu pai era um soldado real do castelo, esse tempo era aonde as forças do Vale estavam completamente descontroladas, os soldados corriam o dia todo para eliminar e evitar grande incidentes; naquele tempo ele quase não via seu próprio pai e quando ele voltava queria apenas descansar, então ele não o atormentava, mas quando podia estava sempre perto e demostrando a felicidade de tê-lo.

Quando ele fez onze anos, eles estavam em casa no meio da noite, olhando pela janela, havia sombras escuras se erguendo na floresta perto da vila central, era quase raro quando aparecia um por aqueles lados rurais; ele não estava prestando muita atenção perto de si mesmo, mas ali nas sombras das arvores havia uma arvore a mais, às vezes aparecia às vezes não, quando ele notou isso, a sombra estava próxima o encarando olho a olho, e assim algumas outras surgiram, ele se afastou e evitou gritar, antes que as sombras se aproximassem mais ele correu e se escondeu no baú ali perto, fechando ele com força, ele agradeceu naquele momento que a puberdade não tivesse atacado cedo. Do lado de fora a tropa inteira do exército corria para lá e para cá, ele tampou os ouvidos para não escutar mais os gritos. Naquela noite ele havia ficado sozinho de novo, acordou sentindo frio e depois acabou chorando, tentou abrir a porta mais tinha algo o impedindo, assim que ele reuniu forças e empurrou um pouco mais o acessório daquele corpo caiu, era o colar de família deles, ele saiu pela brecha e ficou no chão chorando enquanto viu o corpo de seu pai agarrado ao baú para protegê-lo; somente mais tarde uma tropa mais forte veio e pegou os corpos, dando ao pequeno filho deles a chance de estar dentro do castelo, protegendo o Sacerdote.

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Yure havia pegado cavalos reais e mais alguns livros na biblioteca, mas fora isso ele ainda comprou bolachas doces pelo caminho que lhe foram oferecidos, assim que chegou perto do riacho deixou os cavalos a cuidado de Georges, desceu até o riacho e ficou olhando.

No castelo Mike estava tentando limpar as coisas e deixar mais limpo; observando do canto a Sombra ficou olhando, mas também notou que havia alguém com a energia mais do que pura, na divisão.

-Sombra? Para onde está olhando? -ele olhou na mesma direção e pode ouvir as aguas do riacho, finalmente ele se lembrou de algo. -Ah não! Eu esqueci que o Yure iria me ver hoje! Sombra estou saindo.

Ele soltou aquela vassoura e pegou de volta a capa, saindo correndo; Yure mexia com as folhas pretas na agua enquanto sorria, ele parou um pouco quando ouviu alguém correndo e despois uma sombra preta apareceu.

-Yure...

-Michael! Pensei que não iria vir você ainda se lembrou... -ele sorriu e depois parou um pouco pensando. -os livros.

Ele voltou correndo para a bolsa no cavalo e pegou uns três livros, voltando e mostrando a ele.

-Olhe aqui tem mais informações e... Bom não sei se eles vão ser uteis, mas talvez isso lhe ajude.

-Deixe-me dar uma olhada... -ele abriu um dos livros e nele estavam estratégias de guerra, um azul tinha a geografia dos reinos e o outro eram leis. -talvez... Esses dois primeiros me pareçam mais interessante.

-Serio? Mais não vá fazer bagunça certo?

-Eu?

Georges ficou olhando eles conversarem, parecia que eles se conheciam há anos, ele decidiu relaxar um pouco e sentou-se junto aos cavalos que já estavam descansando; Yure decidiu ensinar luta para o amigo, então pediu que pega-se sua foice, Michael não tinha costume de conseguir controlar a sua foice e pediu um pouco de espaço, assim que ele ergueu a mão a foice voou rapidamente da onde estava, tão rápido que ele quase não conseguiu a pegar, assustando até Yure.

-Desculpe um dia eu me acostumo...

-Você tem muito que aprender... Venha deixe eu te ajudar. -depois de dizer isso, ele se aproximou por trás e antes de tudo testou a barreira. -você tirou a barreira?

-Barreira? E por acaso tem isso?

-Sim... Espere me deixe sair para o outro lado.

Depois disso Michael realmente tentou e conseguiu, uma barreira subiu, Yure tentou entrar e a barreira o impediu, ele sorriu e voltou a sua barreira.

-Você não pode mais entrar?

-Não, a não ser que eu obrigue, mas se eu fizer isso tenho pouco tempo de liberdade.