Rosas Brancas

13- Desespero

Yure foi à casa do grande amigo e já estava lá por pelo menos o dia inteiro, deitado no sofá e se sentindo muito melhor ali, depois de mais uma xícara de café.

Ele estava preste a chama-lo novamente quando alguém bateu na porta, ele esperou um pouco, mas como o amigo não apareceu ele mesmo se levantou e abriu a porta.

-Sr. Michael... Ah, o Sr. Michael esta?

Ao abrir a porta ele se deparou com uma mulher alta de terno preto e aparência seria, ele permaneceu um tempo olhando com os olhos vagos e depois o crachá com o nome de Ana Vitoria.

-Ah, sim...vou chama-lo.

Michael estava na varanda ouvindo musica nos fones e com os óculos de leitura, enquanto lia alguma, Yure foi ate o cômodo que ele se encontrava, assim que viu o amigo despreocupado seu olhar se tornou de raiva e ele imediatamente correu ate ele pegando o livro.

-O que você e a Sra. Ana tem? Estão planejando fugir para a Itália?!

Enquanto dizia ele ficou na frente da porta bloqueando a visão, se não fosse pelo fato do cômodo ser longe ela realmente teria ouvido toda a conversar.

-Do que você está falando? Que Ana... A Ana Vitoria? Ela é da empresa de artistas, espera ela esta aqui?

Michael foi para se levantar, mas foi impedido por Yure que o empurrou.

-Yure? O que você tem?

-Eu tenho raiva, porque você está fugindo de mim! Por quê? Me de um motivo... –Yure já estava segurando as lagrimas da ultima vez e agora estava fazendo isso de novo. –Eu estou sempre tentando consertar as coisas, mas sempre dá errado, eu não se sou um fardo para as pessoas ou...

Yure já não queria mais falar e saiu, arrumou a expressão para poder passar pela mulher na porta; sorriu para ela e disse:

-Ele esta vindo, entre para esperar.

Depois saiu pela porta rápido, apenas por ter faltado hoje, talvez fosse demitido então pensou em ir lá primeiro. Michael não ficou parado e assim que viu o amigo sair quase correndo pela porta, se levantou e foi atrás, no momento Ana já estava entrando e ele saindo.

-Yure!

Yure sentiu ser puxado pelo braço e virou, eles estavam na calçada, um olhando pra o outro.

-Aonde vai? Espera, vamos conversar e resolver isso...

Yure puxou o braço e se soltou o encarando, a raiva que sentia foi transformada em coragem, ele não esperou que o amigo dissesse mais nada e colocou suas mãos em volta de seu rosto, o puxando para baixo; Michael congelou no momento que notou o beijo que estava recebendo e também por ser direto da pessoa que ele menos esperava. Depois daquilo Yure saiu apressado e logo sumiu nas esquinas, Michael não conseguiu reagir tão fácil, apenas voltou a si mesmo quando Ana o chamou.

...

Yure já dormia em cima da mão que apoiava o queixo, com todos os livros espalhados pela mesa, mas foi acordado em um susto por uma explosão, ele acordou assustado e não tinha visto o que era ou que foi apenas olhou ao redor; os guardas correram no momento que o brilho da explosão, gritando nomes e chamando as pessoas, Yure fechou os livros e saiu pela porta, outra explosão em seguida e desta vez ele viu o que era, o fogo de artificio explodiu e mostrou o símbolo real em azul, era sinal de perigo que foi dado para sinalizar que Herdus atacou; logo depois desse ultimo alguns guardas reais voltaram a aparecer em frente a Yure .

-Majestade! Segundo relatos o exercito de Herdus invadiu o grande mercado e uma área rural! Os poucos soldados então evacuando o vilarejo, devemos mencionar a o Sacerdote?

-Não, ele esta doente e a situação ainda é pequena, mas peça para que a cidades vizinhas venha se evacuando, eu vou ao campo de luta.

-Sim, senhor.

Yure saiu rapidamente e foi informar o Sacerdote, depois de um bom tempo de conversar ele o convenceu a ficar e cuidar da capital por enquanto, Brad já nem estava no escritório, Yure pegou uma espada do armazenamento, saiu do castelo e pegou o cavalo que Brad já o guardava, saíram ambos para a caminho.

...

Na vida real Yure naquele mesmo dia de sua fuga, foi direto ao trabalho e pediu desculpas pela falta, mas escutou todo tipo de bronca e foi despedido, sai de la com a mesma cara de desanimo; nos últimos dias ficou em casa ignorando mensagens e ligações, além de visitas, a semana terminou rápido e quando em mais uma noite ele se preparava para dormir, recebeu varias mensagem e depois de lê-las pela barra de notificação decidiu abrir.

"Yure"

"Yure"

"Não se você esta me ocupado ou me ignorando, mas."

"Essa semana eu estarei indo a Itália"

"Se você ainda deseja se despedir,".

"Apareça"

"O voou sai às 20h30min"

Naquele momento, Yure se esqueceu de toda qualquer obrigação, o relógio marcava 19:26min; Yure correu loucamente pela cidade, atravessando ruas o mais rápido que pode; enquanto isso Michael estava lá sentado olhando para a porta, já tinha chamado sue voou uma vez, Ana ficou olhando ele de longe tentando compreender porque essa esperança, se ele evitou por toda semana.

Yure não estava acostumado a correr tanto, ele já podia sentir suas pernas doloridas, sua falta de ar, mas ele só queria poder ver aquela pessoa de novo; "Ultima chamada para o voou 976 destino a Itália-Florença" Michael olhou rapidamente em suas ultimas esperanças, nada, Ana se aproximou dele e tocou em seu ombro.

-Temos que ir Sr. Michael...

-Mas... Vamos...

Ele se virou e seguiu o caminho ate o avião.

Yure finalmente chegou à entrada do aeroporto, ele foi entrar correndo, mas foi barrado por dois seguranças nas portas.

-Ei, ei sem correr...

Sua voz não saia mais, estava com sede, ele se soltou do aperto de apoio que recebeu, suas pernas estavam tremendo, mas ele quis continuar e reuniu alguma força e foi, assim que entrou foi direto para a área de espera, procurou cansadamente e tudo o que escutou depois de um tempo foi: "voou 976 partiu".

Ele caiu sentado nas cadeiras sem energia alguma, enquanto olhava o avião levantar voou e partir.