Rosas Brancas

9-MAJESTADE!

...

No outro dia a reunião diplomata se tornou uma bagunça, Herdus havia saído muito prejudicado por conta destes últimos anos de falta de controle das sombras, agora eles exigiam uma ajuda para se reconstruir, só que essa ajuda era em dinheiro e isso nem mesmo um reino iria querer fazer, então logo Brodus começou a gritar.

-Por favor, pare de berrar estamos todo pertos de você.

-Entenda melhor, Julius se Strads estivesse nessa mesma situação, elas iriam colaborar! Qual o sentindo disso?! Ódio por nós?

-Ninguém disse isso, apenas não temos recursos para enviar... -Yure olhava serio para o que Brodus queria.

Atrás da cadeira dele Storm olhou os papeis e pode entender a indignação deles, odiava reuniões mas adorava vir e assustar as pessoas; cansado de ouvi-los brigar decidiu sair, como os pais estavam ali reunidos alguns príncipes vieram juntos, um filho diferente de Herdus veio, o garoto parecia metido e já havia encontrado encrenca com John.

-Quem você acha que é?!

-Hum, não me importa, não quero conviver com vocês.

Storm acho aquilo extremamente chato, então teve a brilhante ideia de fazer uma brincadeira de mal gosto.

.

-Isso é inaceitável! Gritando em nossas caras e pedindo mais do que podemos!

-Isso realmente é complicado...mas temos que arranjar um jeito de não entrar em guerra certo? -Yure andava calmamente ao lado do irritado Sacerdote.

-Guerras! Acabamos de nos livrar de um problema grande, nossos soldados devem estar exaustos...

-Com certeza, mas vossa majestade seria o alvo completo deles... -Brad revirava papeis com Dave sobre a estrutura do castelo.

-Não faria mal certo?

-Majestade? -Yure chamou duvidoso do que havia sido dito.

-O que há para temer? Você será um ótimo Sacerdote. -Dito isso ele se levantou e foi embora.

O Sacerdote Supremo tem 141 anos de idade, sofrendo pela perda e humilhação na linha de sucessão, se tornou alguém frio e viveu durante anos apenas de companhia de seu guardião, Alex; trancado muitas vezes em seu quarto em meditação, se surpreendeu quando a notícia de um novato escolhido chegou a seus ouvidos, o próprio Mago Mestre escolhendo alguém para ir reinar, sabia que nem deveria chegar perto dessa pessoa, mas depois descobriu que eles seriam ótimos amigos; Yure temia ou achava encantador tudo que era novo ou que lhe parecia estranho, Huís (o Sacerdote Supremo) teve que lhe ensinar e guiar o seu caminho, ensinando a democracia correta, enquanto Yure fazia ele voltar a ser quase tão otimista quando ele, dando a esperança que nem mesmo ele havia conseguido e mostrando os talentos que possuía; Huís tinha certeza que ele seria uma pessoa melhor para esse mundo e que logo seu dia de morte iria chegar, e quando chegasse seria um momento doloroso, mas preciso.

...

-Storm! Me larga pelo amor de Deus!

A chave de braço do Storm, estava sufocando Michael que tentava de tudo sair dali, eles estavam em frente a um barzinho enquanto esperavam o ultimo convidado chegar.

-Ei, ei você não chamou o Yure?

-Ah...me ajudem...eu chamei... -Michael caiu ao ser largado finalmente do aperto. -Você quer me matar?!

-Yure! -Storm acenou para ele de longe.

Yure se vestia simples mais organizado, além de estar bem elegante, estava um pouco tímido por estar andando a noite, sorriu sem jeito ao ver os amigos naquela bagunça, eles entraram e se sentaram.

-Boa noite... -Yure sentou-se em frente a Michael.

-Boa noite... Storm por que chamou a gente aqui?

-Vamos fazer os nossos pedidos? Queijos de aperitivos?

-Eh? Quem vai pagar? -Yure olhou o cardápio caro.

-Eu... -Storm apontou para si mesmo e gritou ao garçom

-Cerveja pra mim, aperitivos de queijo para eles.

-Cerveja Skol para mim...

-Já volto, fiquem vocês dois ai.

-OI? Storm?!

Antes que qualquer um deles dissesse algo Storm já havia corrida para dentro do bar e começou a jogar sinuca apostando dinheiro, os dois encararam a roda de pessoas energéticas gritando e dizendo coisas a respeito do jogo; o garçom voltou trazendo os aperitivos e servindo as cervejas em copos de vidros.

-Obrigado. -Michael pegou o copo e virou. -pra que ele fez isso... Yure?

-Oi? -Ele pegou o queijo e comeu sem nenhum problemas.

-Isso está bom?

-Sim, acho que você vai achar meio salgado.

-Verdade -ele pegou o queijo e comeu. -Como anda as coisas?

-Eh? Bem... os remédios estão me fazendo bem.

-Tomando o calmante?

-Sim. - Yure bocejou. - e como você está?

-A agencia de artes me disse que provavelmente iremos a outro pais expor meus quadros...estou um pouco com medo...

Yure olhou assustado, obviamente que ficou feliz por seu amigo e logo relaxou a expressão para um sorriso simples.

-Isso é bom certo? Seu sonho está se realizando, quando você vai?

-Não sei se devo ir... -Michael olhou um pouco a expressão do amigo, era um pouco de preocupação com felicidade.

-Você tem que ir, é isso que você esteve lutando todo esse tempo.

-E como você fica?

-Você está parecendo um pai, eu ainda tenho minha mãe, enquanto você estiver longe eu posso ficar com ela...

-No interior? Aonde você vai trabalhar? Além disso eu precisava de alguém para cuidar da minha casa...

-Não posso ficar sem um responsável aqui, vai ficar tudo bem, apenas corra atrás de seu sonho; para qual pais você vai?

-Europa, Florença -Itália.

-Aonde... Uau isso é bem longe, boa sorte.

Por mais que Yure sorriu, seu coração lamentou isso, ele realmente se apegou de mais ao amigo e agora ele tinha medo de viver sozinho, mas ele deveria se acostumar. Michael virou o copo e pediu outra, depois comeu os queijos e comentou:

-Não precisa ficar assustado, isso só vai acontecer no final do ano.

Depois de uns três copos, Michael já falava um pouco alto e reclamava da vida, Storm voltou nesse tempo e decidiu beber junto com ele, ambos riram e brincaram, os vizinhas começaram a xingar a barulheira do lugar. Yure não podia beber e apenas ficou tentando os acalmar, nunca havia sentido tanta vergonha.