14-O ULTIMO SORRISO

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Yure se lembra das vozes vagas o chamando, perguntando se ele estava bem, as pessoas o apoiando, colocando ele em um banco e pedindo para alguém chamar a ambulância, mas sua consciência se foi logo depois de ser colocado na maca.

...

-Formação dois!

-Sim!

Os gritos dos dois grupos de soldados se estendiam por todo o lado, os soldados de Herdus tinha apenas uma vantagem: força. Suas habilidades de espada eram baixas perto da Floresta do Sonho, Yure saiu pelo campo procurando uma única pessoa, que seria o líder; depois de tanto batalha, vários de Herdus fugiram, os soldados da Floresta do Sonho acalmaram a confusão e capturaram um para interrogatório, voltaram rápido para o acampamento, o prenderam e começaram a fazer perguntas.

Yure se ajeitou um pouco e depois pegou uma espada levando junto consigo.

-Onde estar o líder?

-Porque eu tenho que falar?

-Não importa o que dizer em negação, eu posso tortura-lo.

-Me torture, não pretendo falar.

Yure não pensou duas vezes e pegou a espada que estava limpando e apontou para o pescoço.

-Fala.

-Não.

Ele passou a ponta no pescoço, fazendo uma linha de sangue. O soldado sentiu o corte e arregalou os olhos, pensou um pouco, e entrou em um acordo com sigo mesmo.

-Aonde um líder de batalha deve estar?!

-Linha de frente?

-Isso... Já ouviram falar em iscas?!

-Iscas? –Yure parou no momento e abaixou a espada, pulou do caixote onde estava. –Merda! Estamos no lugar errado!

-Eles vão atacar a capital!

Todos correram em desespero e prepararam para voltar.

...

Yure depois que acordou um pouco zonzo e encontrou apenas sua mãe o encarando serio, que depois relaxou ao ver acordando e sorriu, Yure sabia que agora ele realmente teria que voltar ao interior de São Paulo, não esperou ser dito a ele e apenas se preparou, sua mãe notou isso e disse:

-Não se preocupe tão cedo, vamos ver se você pode ter alta.

-Mãe, meu quarto permanece do mesmo jeito?

-Sim, acho que só tive que trocar o armário, porque ele caiu.

-Se machucou?

-Não...

Depois de algum tempo a enfermeira veio e retirou o soro, e pediu para ir à doutora; depois do seu desmaio foram feitos exames que sua mãe pediu no dia e feitos no dia em que ele estava dormindo; os resultados foram bons, nada anormais, a não ser a falta dos remédios. A doutora olhava as folhas e depois o olhou por um tempo.

-Você deixou de tomar os remédios?

-Sim... Eles não estavam fazendo falta para mim...

-Mas ainda é bom mantê-los, em caso de alguma crise.

Esses remédios não eram tão baratos, se sua mãe fosse tentar comprar não poderia gastar mais nada além de sua aposentadoria nisso.

-Pode fazer uma receita?

-Não! Mãe a senhora não tem dinheiro para compra-los.

-Mas...

-Ainda tenho alguns guardados, não precisa comprar.

-Tudo bem então...

.

Depois de olhar mais de duas vezes para o pequeno apartamento em que morava, ele ainda estava relutante em deixa-lo, mas logo fechou a porta e partiu; eles estavam caminhando ate a rodoviária, no meio do caminho Storm o viu de longe e acenou.

-E ai Yure!

-Olá Storm.

-Storm? Você não estava zombando do meu filho quando ele era mais novo?

-An? –Ele olhou a moça de idade ao lado de Yure.

-Oh ah... Olá Maria Eduarda Mistsuki.

-Yure, vamos.

Assim como ela disse, saiu andando, Yure foi segui-la, mas Storm o chamou.

-Ei! Aonde você esta indo?

-Embora.

-Por quê? Eu sei que você perdeu o emprego, mas não tem motivos para ir... –Antes de Storm terminar Yure se virou e foi caminhando. –Ei! Eu te arranjo outro emprego! Yure!

...

O castelo estava em silencio, os guardas há muito tempo haviam ido embora, Storm estava sentado perto do Mar de Rosas com a sua lança seus braços segurando duas bolinhas brilhantes em suas mãos, as borboletas se ergueram e um brilho se estendeu.

-Você pode ir agora.

O Sacerdote estava descansando, seu quarto há muito tempo ficou em silencio, Alex ainda estava sentando ao seu lado, ambos desacordados; Brodus havia chegado a capital, o lugar há muito tempo havia sido evacuado e uma barreira foi erguida na ponte que ligava ate o castelo.

-O truque da cidade desolada... Só que com os bens ainda nas casas, vasculhem tudo e roubem o que quiserem! Vamos tomar o lugar.

Assim que dito a ordem todos os soldados se separam e começaram a invadir as casas, Brodus continuou a avançar pela rua principal e pode ver belamente a capital, nem havia casas pobres ou lixos nas ruas, os ladrilhos brancos ou azuis estavam limpos como nunca.

-Matem todos eles! Retirem o exercito da capital!

A ordem soou de longe e Brodus já podia imaginar quem era e virou-se para encarar; Yure entrou na bagunça, em meio às corridas ele observou o grande líder de longe e se preparou para chamar o Sacerdote, mas assim que tentou entrar em contato, ninguém respondeu, ele parou de lutar e retirou a espada, olhando para o castelo.

Um soldado que o viu distraído tentou atacar, mas Brad o acertou com a espada.

- Yure? O que esta acontecendo?

-O Sacerdote...

-O que... –ele viu o inimigo se aproximando e o acertou. –Vamos terminar isso... Rápido.

Ao ouvir isso Yure só poderia ficar pensando no futuro, mas ele se virou para continuar a lutar, Brodus sorriu ao ver que ninguém desceu do castelo para ajuda-lo e correu ate ele; os únicos herdeiros do trono eram Yure e Brad, ambos na sua frente e sem apoio de ninguém mais forte; com confiança em sua força, ele pegou Yure de surpresa, o empurrando em uma batida forte, antes de ele ser capaz de sair do lugar onde estava foi segurado pelo pescoço, sua espada havia caído longe e o homem a sua frente tinha sua mão do tamanho de seu pescoço.

Brad podia ver a situação de longe e atirou uma de suas adagas antes de se virar para se defender, a adaga penetrou o pulso de Brodus por inteiro, ele soltou imediatamente Yure, que rolou para o lado e saiu correndo, pegou sua espada e encarou o homem a sua frente, pensando em um meio de escapar.

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