O Garoto da Torre

PRÓLOGO

Esse não é um conto de fadas tradicional, mas talvez pudesse ser. Mesmo sendo a história de um príncipe, não começa com "Era uma Vez..."

O ano era 1998, no principado de Mônaco.

O príncipe Brandon e a princesa Odette estavam iluminados de alegria. Depois de muito tempo, finalmente nascera seu primeiro e único filho, a quem deram o nome de Raúl.

A família real estava tão feliz, que resolveram fazer uma grande festa para comemorar. Convidaram todos os súditos do principado.

Fora o príncipe e a princesa, Evandro, o conselheiro real, era quem estava mais feliz com a chegada do novo herdeiro. Ele tem ajudado a família real desde que seu pai, o antigo conselheiro, falecera. Evandro tinha apenas 20 anos quando assumiu o posto.

Suas altezas tinham combinado com Evandro que, assim que o bebê nascesse, ele seria o seu tutor até que se tornasse o príncipe coroado. O conselheiro estava tão feliz, ele adorava ensinar e queria muito ter um filho, mas a vida o privou de tal alegria.

O castelo todo estava decorado para a ocasião. Flâmulas reais no teto, os mais finos tapetes estendidos no chão de mármore, comidas do mundo inteiro dispostas à mesa no salão de jantar. Todos estavam lá: nobreza, realeza, burguesia... Até os pobres foram convidados.

Porém, até os dias mais ensolarados ficam nublados, trevosos.

No meio da celebração, um grupo de rebeldes disfarçados se levanta e ataca ferozmente a família real.

Era um Golpe de Estado

Brandon e Odette lutam com unhas e dentes, mas acabaram sucumbindo.

Evandro, no meio da confusão, foi muito ágil e pegou Raúl em seus braços e saiu correndo do castelo.

* * * * * *

Alguns dias se passaram e confirmou-se que os rebeldes tomaram o poder. Até aquele momento, Evandro estava na casa de um amigo próximo, escondido. Mas ele sabia que não poderia esconder o príncipe perdido por muito tempo naquele lugar. Mais cedo ou mais tarde descobririam e eles seriam mortos pelos ditadores.

Foi aí que Evandro se deu conta de uma coisa.

Ele não era só um Conselheiro Real, ele trabalhava numa das maiores empresas de games do mundo, a M. Games.

Por conta disso, ele tinha um apartamento em Dublin, Irlanda, no Edifício Montevedro.

Nesse momento surgiu a grande idéia de Evandro