Sensações

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Ana pov

Abri a porta do quarto tentando ao máximo não fazer muito barulho para o caso de Vi estar dormindo, mas  quando cheguei ela ainda estava na cama acordada.

Fechei a porta atrás de mim e olhei pra ela de relance. Os cabelos espalhados pelo travesseiro, estava de blusão branco e de short. O celular pousado sobre a barriga.
Credo, meu estômago se contraiu.

- Ei, tu. Trouxe a salada pra ti - fui até ela que se sentou na cama e entreguei. - Aquele cara foi um babaca contigo Vi, por que não pegou outro prato?

- Sabe o que é Ana, eu nem tava com tanta fome. E pra que ficar discutindo se a vida já é complicada, né mermo? - Ela abriu o sorriso e começou a desembalar a salada.
- Entendi. Tu come aí, vou tomar um banho.
- Pó dexa, vai lá.

Sai em direção ao banheiro e tomei um banho rápido, só para ficar mais leve na hora de deitar. Vesti um short molinho e uma regata.
Não que eu estivesse com sono, mas assim que sai do banho deitei na cama e senti o cansaço da viagem.

- Tu acha que o pessoal vai gostar dessas nova interação que a gente colocou? - Perguntei.
Vi ainda mexia no celular.

- Sabe que eu acho que vão gostar sim, bem eu queria que no show o John Mayer interagisse comigo da forma que nós faz.

Dei risada. Realmente, depois que acertamos os últimos detalhes da tal interação, ficou beeeeem intimista.

-  As vez, quando a gente tá lá em cima do palco, eu sinto como se eu soubesse o nome de cada que um tá ali, cantando com a gente - disse ela - como se fosse amigo íntimo mermo, sabe? De saber o nome da mãe e chamar ela de tia? - Vitória tinha um jeito dela de explicar as coisas de uma forma tão simples e bonita, que é impossível não tocar.

- Sei sim. Também sinto isso. Da vontade de abraçar muito forte cada um deles tudo. Morro de vontade de me jogar do palco e eles me carregar sabia.

Vitória se virou pra mim e riu.

- Foda que tu tá de vestido, se não dava mermo.

- Mas nada que a gente não possa pedir pra Júlia dar um jeito. Uma calçola enorme talvez. Ou um short mesmo.... Vou até mandar mensagem pra ela, perguntando.

Me virei e peguei o celular que havia deixado na cabeceira.

Vitória balançou a cabeça ainda sorrindo e fechou os olhos.

De fato, eu mandei mensagem para Júlia comentando isso. Ela tinha adorado a idéia mas não sabia exatamente para quê eu iria querer usar um short, já que nossos figurinos eram na maioria vestidos.
Conversamos um pouco mas logo bloqueei o celular e fechei meus olhos.
Deixei minha mente vagar por um tempo até que ela voltou no dia em que eu e Vi dormimos juntas, de qualquer jeito na cama. Foi muito reconfortante sentir Vitória do meu lado.

Ela ainda estava acordada, eu sabia pela respiração controlada. É bem nítido saber quando Vitória Falcão está dormindo, só pela sua respiração.

Não sabia exatamente o que eu tava sentindo naquele momento, mas voltei a desbloquear o celular e fui para a conversa dela.
Ela demorou um pouco, tanto que pensei que havia me enganado, mas logo respondeu

Ela demorou um pouco, tanto que pensei que havia me enganado, mas logo respondeu

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Dei risada e ouvi que ela ria também, na cama ao lado.
Passou uma idéia pela minha cabeça e em resposta meu estômago contraiu.
Seria medo?
Não sei. Mas antes que eu pudesse mudar de ideia, escrevi a mensagem.

E apaguei.

E escrevi.

E apaguei.

- Ana Clara, escreve logo ou eu vou dormir.

Vitória falou e eu dei risada, de nervosa, mas  finalmente escrevendo e apertando pra enviar.
Dessa vez ela quem demorou de responder.

Dessa vez ela quem demorou de responder

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Confirmei o que tinha mandado e....

Vitória ficou offline?

Como assim?

Logo de cara senti meu rosto ficando vermelho e quente. O que Vitória iria pensar disso?
Apertei os olhos com força.

Meu Deus eu sou muito burra.

Comecei a me perder em pensamentos assim, virei e me enfiei debaixo do lençol fino , deixando só meus olhos de fora.

Fora.

Eu tinha acabado de levar um fora?
Não, não mesmo. Só havia chamado minha melhor amiga para deitar comigo.
Normal.

Normal?

Não consegui desenvolver uma opinião sobre isso ser normal ou não, senti meu lençol sendo levantando e um corpo se encaixando no meu.
As pernas  de Vitória entravam em contato de leve com a parte de trás das minhas. Ela estava tão perto que eu podia sentir seu corpo emanando calor sobre o meu.

- Boa noite Ninha. - Disse e suspirou em seguida.

Tinha certeza que ela podia sentir meu coração bater inexplicável mente rápido.
Por que diabos meu coração tava disparado?

- Boa noite Vi.

Depois de um tempo com o peito pulando, e com picos de adrenalina cada vez que ela respirava mais fundo, consegui dormir.

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⏰ Última atualização: Apr 16, 2019 ⏰

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