capítulo 11

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Tereza e Estela conversavam sobre como cuidar da casa e os cuidados que clara precisava. As duas se deram bem e conversavam muito sobre as meninas. Parece que Estela só não gostava de mim. Logo Eric, Alexandre e Victor sentaram a mesa. Victor  vestia uma camiseta do Star Wars e olhava direto para Juliana que disfarçava e fingia não estar sendo observada. Depois do café Beatriz e clara foram para sala assistir TV acompanhadas por Tereza. Eric e Alexandre discutiam sobre rotas e lugares prováveis para Vânia estar se escondendo quando um homem alto entra na cozinha.

— Anita esse é André — disse Eric me apresentando ao homem ruivo com o braço cheios de tatuagens e uma cicatriz enorme que atravessava seu rosto. — Ele ficará com você hoje, já passei o sinal do seu chip para ele porque não estarei na fazenda hoje, vou a cidade.

— Na verdade eu gostaria de ir junto com vocês.

— Nem pensar, lá fora e perigoso.

— Mais perigoso que aqui dentro? Se eu me lembro, ontem esse lugar foi invadido.

— E já tomamos as precauções. Já arrumamos o muro, reforçamos a segurança. Acredite aqui e o lugar mais seguro.

— Que bom. Assim posso ir com vocês e ter a certeza que minha filha está segura.

— A resposta continua sendo não.

— A garota luta bem. —Disse André com uma voz grossa.

Eric me encarou e com sorriso no quanto dos lábios e com a mãos na cintura disse:

— Ok você pode ir. Porém tem que fazer o que eu mandar e nada de sai e perto de mim. Entendido?

— Sim senhor. — Bati continência e vi com os quantos dos olhos Alexandre e André no fundo segurando o riso.

Comuniquei Juliana que iria na cidade, pedi para cuidar de Beatriz e não contar a ela o que iria fazer. Além de me aventurar por aí eu também iria tentar descobrir se o pai dela estava bem. Sei que além de Tereza, ela também estava apreensiva por não ter notícias. Vesti um coturno e coloquei uma jaqueta de couro preta, uma das poucas roupas que consegui pegar do apartamento no dia que fui mordida. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo mais deixei uma mecha do cabelo solta para disfarçar o meu olho de cor anormal. Antes de sair olhei Beatriz que estava sentada com Clara no sofá assistindo os A família Adams.

No pátio duas caminhonetes 4x4 estavam estacionados. Guardas armados entravam nos carros e avistei Laura que acenou e correu em minha direção.

— Você vai na cidade?

— Sim consegui convencer Eric de me levar. Se quiser peço pra você ir junto.

— Obrigado. mais acho que não conseguiria. No dia que chegamos aqui liguei pra o meu pai, que nem se mostrou preocupado comigo. Ele está seguro na casa da minha avó, ele ficou abalado quando contei sobre a mãe, mas se negou a vir para cá. Disse que minha vó não tem condições de sair da casa. Então não tenho motivos para ir lá.

— Sinto muito amiga. — Laura e o pai tinham uma relação ruim desde que sua irmã morreu afogada em uma piscina quando ela tinha 5 anos. Ele culpava Laura pelo ocorrido e desde então ele era frio e distante dela. — Eu irei tentar saber algo de Rodrigo. Beatriz e Tereza estão agoniadas.

—Pronta? — indagou Eric

Afirmei com a cabeça e me despedi Laura com um abraço, rumei em direção a uma das caminhonetes e fui barrada por Eric.

— Você me deixou ir lembra?

— Sim deixei, e você vai. Mas não de carro. você tem medo de moto? — questionou ele andando em direção a uma moto enorme, preta e com rodas cromadas.

Cidadã ZOnde histórias criam vida. Descubra agora