𝕭𝖚𝖈𝖐𝖞 𝕭𝖆𝖗𝖓𝖊𝖘.

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┃ Boa leitura.
┃Reescrito
┃Temática do capítulo: Cute

┃BUCKY BARNES.

ELE ERA, COM TODA CERTEZA, A PESSOA MAIS QUEBRADA que eu já conheci, com um olhar distante e assuntos inacabados

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ELE ERA, COM TODA CERTEZA, A PESSOA MAIS QUEBRADA que eu já conheci, com um olhar distante e assuntos inacabados. Bucky era alguém com uma instabilidade constante, uma verdadeira bomba-relógio ambulante que ninguém sabia como desarmar; ninguém sabia o que fazer para pará-lo. O Soldado Invernal era o lado mais sombrio de James Barnes, arrastando-o para um abismo de escuridão que chegava a sufocar, deixando-o perdido em turbilhões de pensamentos e lembranças de cada acontecimento de sua vida. A culpa por algo que estava fora de seu controle era difícil de dissipar; ele não conseguia aceitar que ser o Soldado Invernal não era sua culpa, mas sim resultado das pessoas que o torturaram e abusaram psicologicamente para fins horríveis e desumanos. Se eu pudesse, eu tiraria toda a sua dor e o faria viver em paz, com a mente calma e sem as vozes que tanto o atormentavam.

Lembro-me da primeira vez que o vi; ele estava tão fechado e inseguro, assustado, e eu conseguia ver a vulnerabilidade gritando em seu olhar. Era bizarro ver alguém passar a vida lutando contra suas próprias batalhas internas. Foi aí que percebi que ele havia perdido a luz e se deixado viver apenas na escuridão, buscando consolo nessa situação e tentando viver um dia de cada vez. Como todos diziam, ele estava completamente atordoado e assustado, sem viver uma vida plena ou ter um final feliz.

Ele era tão difícil de conviver, tão destruído, mentalmente instável de tantas formas, uma pessoa irreconhecível. Eu lutei para reconhecer.

Seis meses.

Foram necessários seis meses até que Bucky finalmente falasse algo. Todos os dias, durante esses meses, ele entrava e saía das consultas em silêncio; passávamos uma hora e meia sem dizer uma palavra, apenas nos encarando, enquanto eu fazia minhas anotações como de costume. Eu o deixei se sentir confortável o suficiente para sair do seu espaço. Admito que, em algumas ocasiões, eu quase desisti, mas sempre estive ali para mostrar que ainda havia salvação, uma saída e um recomeço, mesmo para alguém que se sentia um completo vilão. Esperei por todo esse tempo, e após seis longos meses sem uma palavra, Bucky entrou na sala e se apresentou, dizendo seu nome e ano de nascimento. Falou coisas básicas, como sua vida no Brooklyn e como foi conhecer Steve Rogers antes dele se tornar o Capitão América. Foi uma conversa normal, um pouco desconfortável, mas ele se esforçou, e isso me deixou feliz. Seu esforço.

Era tão estranho ver que Bucky ainda tinha seu lado sensível, humano. Apenas um jovem rapaz que estava no auge da sua juventude, que adorava namorar e quis mostrar serviço ao seu país, se perdeu por isso. Aquela missão de anos atrás lhe custou toda uma vida normal.

Neste dia específico, fiquei tão surpresa com sua aparição que não marquei o dia nem o horário. Você veio até o laboratório sem solicitações; eu e Shuri estávamos trabalhando nos detalhes do novo braço de metal. Eu não queria que ele continuasse com lembranças passadas. Mesmo que o braço em si já fosse de um lugar diferente, poderia amenizar. Tiramos todas as medidas e ele me ouviu falar atentamente sobre o que eu imaginava. Com um singelo puxar de lábios, ele agradeceu. Aquilo foi extremamente novo para mim. Sorri de volta e, enquanto voltava a mexer nas ferramentas necessárias, James, atrapalhadamente, indicou uma conversa.

𝐖𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑, 𝗌𝖾𝖻𝖺𝗌𝗍𝗂𝖺𝗇 𝗌𝗍𝖺𝗇  Onde histórias criam vida. Descubra agora