Christian estava visivelmente insatisfeito com a presença dela ali no hotel.
— Vi... vi você lá fora — Anastasia gaguejou —, quis me certificar de que não era uma alucinação. Pensei que só voltaria dentro de alguns dias.
— É... que fui obrigado a mudar de planos — respondeu ele, de modo brusco.
— Não podia ter avisado ontem à noite quando telefonou de Nova York? Como conseguiu chegar tão rápido?
— É uma boa pergunta — o outro homem murmurou em italiano. Depois mudou para um inglês excelente: — Posso me apresentar, Christian?
Em vez de responder, ele se antecipou.
— Este é Sandro Oneto, um amigo meu da Itália... srta. Anastasia Holland.
— Srta. Holland. encantado em conhecê-la.
O italiano beijou-lhe a mão, de leve. Devia ter mais de quarenta anos. Seus cabelos eram grisalhos e o rosto marcado por rugas. Parecia bem humorado.
— Muito prazer — Anastasia sorriu, um tanto insegura, plenamente convencida de que Christian ainda estava aborrecido.
— Sente-se conosco — disse Sandro, puxando uma cadeira.
— Não, obrigada. Já vou embora. Só entrei aqui porque não queria acreditar no que vi.
— Mesmo que não queira almoçar, insisto em que pelo menos tome um drinque. Pedimos champanhe. Ou prefere outra coisa?
— Não, por mim tudo bem... mas não demorarei mais de cinco minutos — acrescentou, dirigindo-se a Christian. — Lamento minha entrada intempestiva, mas foi um choque ver você aqui, quando imaginava que ainda estivesse nos Estados Unidos,
O garçom chegou com o champanhe, e Anastasia percebeu claramente que era o italiano e não Christian, o anfitrião. Isto foi o suficiente para que ficasse com o rosto vermelho de constrangimento.
De repente, Christian mudou de expressão, parecendo mais relaxado.
— A verdade é que você me pegou em flagrante, Anastasia. Eu não estava em Nova York ontem à noite e sim em Londres.
— Estava aqui?! Por que não falou nada?
Porque sabia que iriam procurar outro apartamento imediatamente. Suponho que é o que você vai fazer agora, não é mesmo? — perguntou, com um sorriso irônico.
— Claro. Não podemos continuar hospedadas lá agora que você voltou. Onde ficou ontem à noite?
— Num lugar muito confortável — ele não quis dar detalhes — Foi realmente lamentável que nos tenha visto entrar aqui. Mesmo assim, insisto em que fique no apartamento o tempo que for necessário.
— Mas isto é... impossível! — Percebendo que o italiano a olhava com um ar muito intrigado, Anastasia explicou: — Minha mãe vai fazer uma operação muito séria. Para que tivéssemos maior privacidade e conforto, Christian colocou o apartamento dele à nossa disposição durante sua ausência. Assim não precisamos ir para um hotel.
— Entendo. Lamento que sua mãe esteja doente, srta. Holland. — Examinou-lhe o rosto e completou: — Presumo que está de visita à Inglaterra, não? Sua pele não tem nada da brancura que a gente vê nos ingleses nesta época do ano.
— E, ainda não perdi o bronzeado de quem viveu na Espanha. Faz pouco tempo que voltei para cá. Agora me dêem licença que eu vou-me embora — disse, levantando-se. — Christian, por favor, volte para o apartamento mais tarde. Nós nos mudaremos de qualquer modo. Sei que mamãe não vai querer permanecer lá quando souber da sua chegada.
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Christian Grey, meu dominador
FanfictionAnastasia mal teve tempo de acender uma das luzes da sala, quando se viu novamente nos braços de Christian. Desta vez, ele não a beijou na boca, mas preferiu explorar cada centímetro de seu rosto, os lábios experientes se movendo lentamente. No come...