O sol brilhava alto no céu quando Anastasia acordou, no dia seguinte. Dormira ininterruptamente por quase doze horas.
Apesar de repousada, experimentou novamente aquela sensação de desconforto que se repetia regularmente desde que soubera do mal que a mãe sofria e que perdurou até o dia em que Patience foi declarada fora de perigo.
Levou alguns momentos para compreender que a causa de sua angústia não era a operação da mãe e sim a morte súbita de Ratty.
Pulou da cama e abriu a porta do quarto azul ao lado. Não havia ninguém lá.
Desceu cerca de vinte minutos depois e encontrou Christian no telefone.
— Bom dia. Dormiu bem? — perguntou ele.
— Bom dia. Sim, obrigada. E você?
— Também. Ia levar seu café da manhã, mas você se apressou. Estou cuidando dos funerais de Ratty. Talvez seja melhor sepultá-lo aqui mesmo, na capela. Não sei se ele deixou instruções a esse respeito. Nem ir ainda existem parentes a quem devemos avisar.
— Acha que devo telefonar para mamãe e contar o que aconteceu? — perguntou Anastasia.
— Não, pelo menos por agora. Isso não quer dizer que não ligue para ela todos os dias. Senão se sentirá abandonada pela filhinha querida, agora uma respeitável mulher casada. — Colocou a mão em volta de sua cintura, sorridente — Que deseja para o café da manhã, sra. Grey?
Passaram a maior parte do dia tratando dos preparativos para o sepultamento de Ratclyffe. Sem Christian para orientá-la nos vários trâmites necessários, Anastasia teria enfrentado sérias dificuldades, pois não tinhas menor experiência em casos dessa natureza.
Durante a estada na vila, ele decidiu contratar os serviços de "O Véu da Freira" para fornecer-lhes as duas principais refeições diária enquanto não arranjassem um cozinheiro e outros empregados necessária à manutenção adequada da mansão.
Eram dez da noite e os dois estavam cansados, mas não tanto, quando Christian, vendo-a bocejar, sugeriu com a maior naturalidade:
— Acho que lhe fará bem dormir cedo de novo. Enquanto isso, vou li um pouco.
Pela segunda noite consecutiva, Anastasia dormiu sozinha na enorme cama de casal.
James William Ratclyffe foi sepultado no cemitério da vila no quinto dia de sua suposta lua-de-mel.
A essas alturas, o alívio de Anastasia transformara-se na mais pura perplexidade. Christian continuava a passar a noite no quarto ao lado como fosse a coisa mais natural do mundo. Pareciam dois irmãos muito carinhosos e amigos.
Na quinta noite na Abadia, Christian fez-lhe uma proposta bastante curiosa.
— Consegui um pônei emprestado. Amanhã vou atrelá-lo a uma das carruagens da cocheira para darmos uma volta pela Abadia, fazendo circuito completo de suas atrações. Aceita o convite, sra. Grey?
Anastasia olhou-o, sem compreender direito o significado daquelas palavras.
— Venha aqui e eu lhe mostrarei uma série de desenhos arquitetônica da propriedade como era no século dezoito. Encontrei-os na biblioteca, Quero que veja especialmente este aqui, com o templo... o depósito de gelo... a casa de banhos... a rotunda... e finalmente a gruta. Para seguir esse roteiro, precisamos de uma tarde inteira.
Anastasia debruçou-se sobre a mesa para melhor observar o projeto, mas não conseguiu se concentrar como desejava. Por alguma razão sentiu-se estranhamente perturbada com a proximidade do marido. Desde que chorara em seus braços na noite de núpcias, não tinham voltado a ficar juntos um do outro como agora nessa mesa.
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Christian Grey, meu dominador
Fiksi PenggemarAnastasia mal teve tempo de acender uma das luzes da sala, quando se viu novamente nos braços de Christian. Desta vez, ele não a beijou na boca, mas preferiu explorar cada centímetro de seu rosto, os lábios experientes se movendo lentamente. No come...