Livro: Meu Delegado
Gabriel Barone
Pego a sacola da mão da vendedora e com um sorriso, saio da loja e sigo até a praça de alimentação do shopping, onde encontro minhas duas crias e meu genrrinho lindo.
- Olá meu amores! Pediram pra mim? - Pergunto com um sorriso e deixo um beijo estalado na bochecha de cada um.
- Sim, x-tudo com fritas e milk-shake duplo de chocolate. - Aurora responde e faço um coração com a mão para minha filha.
- Já disse que te amo, bonequinha? - Pergunto piscando meus cílios para ela, que revira os olhos.
- Sei... Interesseiro. - Ela diz e toma um gole do suco de laranja.
- Credo filha, o que tomas de mim? - Pergunto dramaticamente e ouço a risada dos meninos.
- Vejo que o drama é de família. - Caio fala rindo e vejo Bruno lhe olhar ofendido.
- Nossa amor, eu não sou dramático. - Meu filho diz e faz uma cara emburrada.
- Não, não... Imagina! - Ele diz e é a minha vez de rir deles.
Nesse momento o garçom da lanchonete se aproxima e deixa o pedido que os meninos fizeram para mim.
- Tudo certo para vocês dormirem fora hoje? - Pergunto a eles e dou uma mordida generosa em meu lanche.
- Sim papai, não precisa ficar nos expulsando a cada cinco minutos. - Aurora diz com deboche e reviro meus olhos.
- Não estou expulsando, só estou prevenindo vocês. - Falo com um sorriso e vejo a cara de nojo dos meus filhos.
- Ok pai, nós sabemos o que vocês vão fazer e não estamos a fim de presenciar nada. - Bruno quem fala agora.
- Até parece que você e Caio não transam. Já ouvi gemidos no seu quarto, querido. - Falo despreocupadamente e vejo Caio quase ficar roxo de vergonha. "Tadinho, ainda não se acostumou com meu jeito".
- Pai! Pelo amor de Deus! - Bruno fala mortificado e eu apenas mando um beijo no ar para ele.
- Só verdades, transar é bom... Menos pra você bonequinha. - Digo e olho para Aurora ao meu lado.
- Até parece que vou ser virgem pra sempre. Aliás, você lembra do Iago? - Ela pergunta e eu assinto com à cabeça, por estar com a boca cheia.
- Nós estamos ficando e eu gosto muito dele. Acho que vou pedir ele em namoro, mas estou com medo do papai. - Ela fala agora um pouco mais séria e eu deixo de comer.
- Bonequinha, se você gosta dele e ele de você, sigam em frente. Seu pai é ciumento mesmo, mas eu sei que ele vai te apoiar sempre, assim como eu. Nós só queremos ver você e seu irmão felizes. - Sorrio para ela e pego em sua mão, deixando um beijo na mesma.
- Obrigada papai! Vocês são os melhores do mundo. - Ela fala e eu sorrio com sinceridade.
- Eu sei, só vai se preparando para o ataque de ciúmes do seu pai. - Falo rindo e deixo um abraço rápido em minha filha e um beijo em sua bochecha.
Depois desse assunto, eu volto a comer e passamos a falar sobre coisas aleatórias. Assim que todos já estavam satisfeitos, paguei a conta e fomos embora. Deixei Bruno e Caio na casa de Dimitri e logo em seguida, deixei Aurora na casa do Miguel e Dominic, já que ela e Mirela marcaram uma festa do pijama com mais algumas meninas.
Aproveitei o tempo com meu amigo e combinamos nosso almoço de Páscoa, já que é uma tradição reunirmos toda nossa enorme família todos os anos. E depois de tudo resolvido, eu segui contente para casa.
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Contos da Juh - LGBTQIA+
Historia CortaContos avulsos de personagens já existentes ou novos. Plágio é crime! Seja criativo e dê asas a SUA própria imaginação. ©2021/Juliana Souza