SEGUNDO DIA

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11 de abril
quinta-feira.

Fogo. Explosão. Gritos. Carro capotando. Tiros.
Brooke acordou num salto e com um grito estrangulado saindo de sua garganta. Respirava fundo, sentindo o suor frio consumindo o pescoço e a testa. O coração parecia pequeno dentro de seu peito, porém batia numa intensidade tão forte que chegava a assustar.
Ela engoliu em seco, enquanto tentava voltar a respirar.
Fora só um pesadelo. Só mais um. Agora já estava em sua vida real e apenas isso importava, então respirando fundo, levantou-se da cama, colocou o aparelho em seu ouvido e foi trocar-se para ir para o quartel-general do FBI tentar resolver o novo caso que tinha em mãos. Queria ser útil, queria ajudar e dar um fim no último caso que trabalharia, como uma despedida verdadeira, depois de tanto tempo.
Como ela bem sabia que merecia.

Vestida em uma calça jeans e um sobretudo preto, Brooke saía do taxi, vendo alguns repórteres ali, parecendo esperar notícias. Já passava do meio dia e ela entrou rapidamente no prédio que costumava ser seu refúgio e o melhor lugar do mundo. Logo estava no andar onde estava apenas Benjamin em frente ao quadro do caso. Pôde sentir o clima pesado assim que entrou ali e soube que boa coisa não a esperava.

— Houve algo? — perguntou ao se aproximar. — Cadê todo mundo?

Ele não precisou respondê-la, a sua frente havia fotos de uma nova vitima. Aparentemente, tão jovem quanto a anterior, mas características físicas totalmente diferentes e com as mesmas marcas.

— Lisa Thorne. Foi encontrada hoje pela manhã da mesma maneira às margens do rio. — ouviu a voz de Benjamin lhe deixar a par da situação. – Dezoito anos.
— Estava desaparecida a quanto tempo?
— Ela estava no cinema com as amigas e não voltou para casa, os pais deram queixa ontem a noite e hoje de manhã um casal a viu enquanto caminhavam pela região... — ele suspirou.
— Onde está o resto da equipe?
— Trabalhando. Jones me deixou te esperando...
— Tem uma porção de repórter lá embaixo!
— Eu sei, estão aí desde cedo. Desde que souberam da menina de hoje de manhã... Brooke, — ele a olhou. — precisamos encontrar esse cara.
— Eu sei. — ela disse exasperada, sentando-se. — Eu sei. Não é impossível... Nós só... Não estamos pensando com clareza.
— Precisamos de uma luz. Cadê aquela maldita luz do fim do túnel? — ele se perguntou.
Brooke sentiu vontade de rir diante de seu exaspero, porém, conteve-se .
— Provavelmente ainda não estejamos no fim, talvez ainda estamos entrando no túnel.
— Então deveriam haver luzes no começo, meio e fim desse túnel, você não acha? — ele perguntou, sentando-se ao lado dela, suspirando frustrado.
— Não. — ela respondeu e eles se olharam ao mesmo tempo. — Que graça teria se tudo fosse iluminado?
— Eu tenho medo do escuro. — ele murmurou, ainda a encarando. Ela pôde ver que ele estava tentando ser engração.
— Às vezes o escuro não é assustador. Eu o acho acolhedor.
— Bom... Luz parece ser melhor, todavia. — ele deu de ombros.
Toda a conversa sobre luz pareceu iluminar realmente a cabeça de Brooke. Ela levantou-se e ficou a olhar a foto da nova vítima. Benjamin apenas a observava tentando entender aquela atitude, quando de repente ela voltou a encará-lo, com os olhos em alerta.

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