J.

783 93 6
                                    

Quando Jennie abriu os olhos, estava deitada em uma cama desconhecida. Ela ficou assustada de imediato e pensou em  gritar. Mas se acalmou ao ver o rapaz de mais cedo sentado ao seu lado, dormindo. Ela puxou o cobertor que estava sobre si e colocou sobre o corpo do rapaz. Sorriu consigo mesma e voltou ao seus pensamentos.

Jennie ainda estava dolorida, mas não como antes. Por isso, ela se sentia grata aos seus vizinhos. Se ela não tivesse pedido socorro, ela poderia estar em um estado bem pior. Por instantes, Jennie se sentiu observada. E quando foi olhar pro rapaz, ele a olhava, com uma expressão que Jennie não conseguia distinguir. Tristeza? Raiva? Ela não sabia.

- Senhor? Agradeço pelo cuidado. Muito obrigado. - Jennie disse levantando rapidamente para se curvar.

Mas sua cabeça doeu novamente. Ela apenas vez uma careta e se curvou novamente.

- Ah, não. Não fiz mais do que devia. - Jennie se assustou ao escutar sua voz.

- Mesmo assim, me sinto agradecida. Obrigado. - Jennie disse sorrindo.

Jennie observou o garoto ficar sem graça e olhar para baixo. Ela riu dele e sentou na ponta da cama. Olhou para seus braços que agora estavam com hematomas e suspirou. Jennie se sentia muito mal por tudo isso. Principalmente por dar incômodo para os seus vizinhos. Ela queria muito que nada disso estivesse acontecendo. Ela se sentia mal por tudo e mais um pouco. Todos esses acontecimentos seriam esquecidos e ela tentaria seguir sua vida curta.

- É..., você está com fome? Se quiser, posso preparar algo. - Jennie olhou pro rapaz.

- Acho melhor eu ir embora, já lhe incomodei o suficiente. - Jennie disse levantando da cama.

- Não é uma boa ideia voltar para a sua casa.

- Eu sei, por isso vou embora pra outro lugar. - Jennie disse olhando através da janela.

- Am? Outro lugar?

- Sim, sofrendo na mão do meu pai que eu não vou ficar. - Jennie disse o olhando.

- Verdade. Mas se você quiser, pode ficar aqui.

- Aqui? Você nem me conhece. Como quer enfiar uma estranha dentro de sua casa? - Jennie perguntou, exaltada.

- Você não é uma estranha. Somos vizinhos faz dez anos e minha mãe conhece um pouco você...

- Sua mãe? Como assim?

- Minha mãe conheceu sua falecida mãe. Mas no ano passado, antes do assassinato da sua mãe, seu pai proibiu a entrada de qualquer um na sua casa.

- Ah, meu pai nunca nos deixava sair de casa, mas as vezes minha mãe fugia, e em uma dessas escapadas, ele a encontrou e o resto você sabe... - Jennie sussurrou aborrecida.

- Meus pêsames.

- Está tudo bem. É apenas o passado.

O rapaz caminhou até Jennie e pegou sua mão, delicadamente. Ela caminhou juntamente a ele até as escadas e desceram calmamente. Quando chegaram na cozinha, O rapaz caminhou até a bancada e começou a preparar a comida. Jennie observou o seu jeito desajeitado e começou a rir. Ela perguntou para ele várias vezes se queria ajuda, mas ele sempre negava, envergonhado.

Jennie e o rapaz já haviam terminado de comer faz tempo. Jennie se meteu para lavar a louça, o rapaz tentou a fazer parar, mas ela o deu um beliscão e ele saiu resmungando pela casa. Jennie ficou rindo enquanto terminvava seu serviço. Ele voltou para a cozinha e sentou no balcão enquanto terminava o seu serviço.

- Então, como você se chama? - Jennie escutou ele perguntar.

- Jennie, e você? - Ela respondeu, fechando a torneira.

- Sou o Taehyung. - Ele disse sorridente.

- Prazer Taehyung. - Jennie disse sorrindo, também.





pele.| K.TOnde histórias criam vida. Descubra agora