Vulgar Magia

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Ocus pocus!
Pronunciou aquele com a magia entre os dedos
Capaz de transformar sim, mas percepções, não realidades
A verdade continua, independente da ingenuidade que acredita e da sagacidade que engana
A ilusão é uma forma de enxergar, nítida, tanto quanto miopia
No embaraço de luzes, palco é palco, bastidores outra coisa

Poucos copos,
Nem tantos mais seriam suficientes, a embriaguez espanta alguns males na medida em que dura, e pouco permanece.
Nas mesas sujas, rostos pintados, sorrisos moles, casa da mentira, o cigarro disfarça o gesto,
Outra dose, outro beijo, outro nome, esquecido.
Peças avulsas, essa meia anda meio esquecida, abandonada, outras peças sob a cama bagunçada.

Corpos ocos!
A cada trombada, batida e alisada, o som abafado do vazio,
Casca, carne, capa, uma verdadeira armadura, porém sem cavaleiro que a vista.
Cavalos, como de Tróia, pseudo vazios, não abra!
Caixas, torácicas, cranianas, de Pandora,
Um novo monstro nasce, a todo momento, em todos os cantos.
Combate-los é, literalmente, suicídio.

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