Recomeços - Uma Promessa (PJMxMYG)

Despedida

Cap 5

Pov Yoongi

Acordo meio atordoado, olho ao redor e tenho certeza que a noite anterior não foi um sonho. Olho pro lado e observo aquele rosto de anjo, com os olhos fechados e bochechas rosadas dormindo tão serenamente e sinto uma felicidade estranha em meu coração. Ele parecia uma estátua. Eu poderia ficar olhando pra ele até sentir fome ou sono.

Saio da cama devagar pra não acorda-lo e sinto ele segurar meu braço.

-Não Tae, volta pra cama...-ele murmura com os olhos ainda fechados.

Puxo meu braço de suas mãos bruscamente e ele acorda assustado. Sei que é  tudo mentira, o beijo, o lago e tudo. Mas eu não imaginava isso, não acreditava que ele pudesse me chamar de Tae. Sinto um nó em minha garganta e respiro fundo, me levantando da cama em seguida.

-Yoongi???-ele me chama. Continuo encarando o chão. Não sei se vou embora ou se fico aqui e espero ele inventar uma desculpa.

-Bom dia Jimin... -murmuro.

-Você ouv...

-Eu ouvi você me chamar de "Tae"...-suspiro e o encaro, ele parece em pânico.

-Me desc...

-Eu vou fazer o café da manhã...-digo saindo do quarto.

Sinto seus olhos sobre mim até o momento que saio. Assim que percebo que ele não vem atrás de mim, deixo meu corpo desabar. Choro, fazendo de tudo pra não fazer barulho.

Abro a geladeira, pego iogurte, pego requeijão e deixo em cima da mesa, vou para o armário, pego torradas e pó de café, ligo a cafeteira e ponho o pó. Vejo que ele tem frutas e pego uma maçã. Minhas lágrimas secam mas a dor continua me deixando com uma agonia no peito.

Eu achei que seria fácil ser usado, até porque eu gosto dele. Mas não é, infelizmente ou felizmente, eu me preocupo com ele e quero ter certeza que ele está feliz, tenho que focar nisso.

-Yoongi? -ouço ele me chamar. Não me viro pois sei que meu rosto está marcado pelas lágrimas.

-Oi... você toma café? -pergunto. Mas é uma pergunta idiota, já que ele tem o pó do café em casa.

-Sim...-murmura ele.

-Que bom...-murmuro, e continuo de costas observando a cafeteira. Eu não podia reclamar do fato dele me chamar de Tae sem querer, eu não podia exigir dele, pois não éramos nada um do outro, embora pra mim, ele tenha se tornado alguém importante e especial facilmente.

Sinto seus braços me envolverem por trás e fecho os olhos. É uma sensação boa, ter seu corpo contra o meu, sem nenhuma segunda intenção. Ele me vira e se apoia no balcão da estante, me encurralando com os braços no lado do meu corpo. Encaro seu peitoral nu, olho para os lados, mas me recuso olha-lo nos olhos.

-Eu sinto muito por isso... eu não sabia o que estava falando... -diz ele pondo suas mãos sobre as minhas.

O encaro e as lágrimas se apresentam,  prontas para me fazerem passar mais vergonha na frente dele. Ele me olha nos olhos e seus olhos percorrem meu rosto.