Fúria

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My past has tasted bitter for years now

Meu passado tem um gosto amargo há anos

So I will deny and face

Então eu vou negar e encarar

Grace is just weakness

Graça é apenas uma fraqueza


- O que? Eles quem? Escanor??? – Diane pergunta de uma vez, sem respirar

- QUEM MAIS SERIA, DIANE? – Meliodas aumenta o tom de voz, se exaltando completamente – ME LEVE ATÉ LÁ AGORA! – Ele grita impondo ordem

- Eu não posso. – Merlin diz calmamente, ignorando todos os seus instintos de ir correndo para a batalha.

- O QUE? – o loiro pergunta aos berros, incrédulo com a atitude de Merlin – COMO VOCÊ NÃO PODE? MERLIN EU VENHO ESPERANDO ISSO HÁ ANOS, TODOS ESSES ANOS NA VERDADE.

- O Escanor vai dar conta disso, eu tenho certeza! – ela responde tentando manter a calma. Suspira e finalmente diz – E também eu acho que você não está pronto para isso. Surtos não derrotam demônios.

- VOCÊ SÓ PODE ESTAR LOUCA. – Meliodas esbraveja sem se importar com os olhares assustados de todos.

- Eu não entendo por que você está fazendo isso. – Ban diz com cautela – Não seria tentar evitar o inevitável?

- AGORA VOCÊ QUER LUTAR? – Meliodas grita lançando um olhar matador ao ex amigo.

- Por favor, se controlem! – Merlin diz colocando as mãos no rosto e esfregando os olhos.

- Eu não disse que queria lutar.

- Você nunca quer, de qualquer forma. – King comenta maldoso e recebe um olhar furioso de Ban.

Os nervos de todos estavam à flor da pele, e todos pareciam julgar Merlin, mas alguém tinha que manter a cabeça no lugar. Ela sabia que se colocasse Meliodas a lutar com Estarossa naquele momento, ele não teria chance alguma. Não por ser mais fraco, mas por estar cego de ódio.

Alguns minutos se passaram, mas clima se manteve pesado, quase que sufocante. Meliodas continuava furioso, longe de todos cuspindo palavras que nenhum dos outros cinco conseguia entender. "É normal" pensou Merlin, afinal é completamente tolerável uma reação daquelas se parar para analisar a situação. Mas ela queria o seu bem. Queria que as coisas dessem certo ao contrário da última vez. E estava disposta a aguentar outros chiliques como este para que fosse possível.

Ban sentou-se no chão, ali mesmo na calçada. Diane e Gowther foram ajeitar as coisas dentro hostel para que pudessem seguir viagem com os outros. Merlin permanecia imóvel em pé, próxima de Ban – que já estava cansado do silêncio da morena.

- Bem, você acha que eles estão lutando? – Ban pergunta quebrando o silêncio, mas não obteve resposta. – Vai me ignorar também? Estou cansado disso! Vocês me chamam para participar, convocam os outros também e ninguém, absolutamente ninguém fala comigo. – ele diz em um ato de puro desespero. Apesar de nunca admitir, Ban amava os amigos. Amava poder fazê-los rir com suas palhaçadas e provocá-los com algum comentário. Amava a companhia deles, e foi duro estar longe de tudo aquilo que mais gostava de fazer. Estava com medo de não ter o perdão deles, de – finalmente – ter conseguido estragar tudo. – Sabe, Merlin, eu pensei que você fosse diferente. Achei que me quisesse aqui, que precisasse de mim. Céus, você nem me olha enquanto eu falo com você! Sinto que sou um fantasma. Ninguém fala. Ninguém toca. E quando vê, leva um susto. – ele falava sem parar, nem notando que Merlin nitidamente estava viajando em seus pensamentos sem escutar qualquer palavra que ele tenha dito. - Merlin? Está me ouvindo? – ele diz mais alto, acordando-a do transe.

I'll be GoodOnde histórias criam vida. Descubra agora