// Zoe //
Enfio a chave na fechadura e rodo-a abrindo a grande porta que dá acesso a minha casa. Subo apressadamente as escadas e entro no meu quarto deixando o meu corpo cair na cama mas o barulho no andar de baixo faz-me levantar a cabeça. Ele não devia estar aqui... Ouço os seus passos nas escadas e o meu corpo paralisa. Ele está cada vez mais perto. Mais perto de mim.
O seu corpo aparece na porta e um sorriso nasce no seu rosto quando me vê.
"Não devias estar nas aulas bonequinha?" Ele encosta-se na porta e faz o olhar de preocupação mais falso que eu alguma vez vi. Camelo mal preparado
"Como se te importasses" Falo com desprezo e o seu riso ecoa pelo meu quarto. Mas porque é que ele se está a rir? Que eu me lembre não disse nada engraçado.
"Tens razão, eu não me importo. Mas... não se deve falar assim com o papá Zoe." Ele aproximou-se de mim e passou os dedos pelos meus lábios, trinquei os seus dedos e um gemido de dor foi emitido pela sua garganta. Ugh. Bem-feita. Afastei-me dele na tentativa de fugir mas a mão dele na minha impediu-me de o fazer. Virei-me para ele e o seu olhar zangado confesso que me assustou. Caralho ele zangado até assustava um gorila na minha opinião.
A porta lá de baixo bateu. Chloe. Ela não devia estar na escola? Mas toda a gente se lembrou de vir para casa mais cedo hoje? Foda-se para vocês todos também.
"Zoe?" A voz da minha irmã soou pela casa e soltei-me do meu pai para ir ter com ela. "O que é que te deu para vires embora?" Ela pergunta-me assim que me vê
"Não interessa, vai-te embora." O seu olhar confuso encontrou o meu "Sai daqui Chloe, não quero aturar-te"
"Mas..." Ela tentou mas eu interrompi-a
"DEIXA-ME EM PAZ CARALHO" Gritei-lhe e o seu olhar confuso foi substituído por um que eu por acaso não consegui decifrar...talvez fosse um olhar zangado? Ok defenitivamente zangado.
"Devias começar a pensar nas outras pessoas em vez de pensares sempre em ti" Ela atirou e abandonou a casa deixando-me completamente sozinha, com ele. Se ela tivesse percebido a verdade não pensava, de todo que eu estava apenas a pensar em mim. O que sinceramente é raro.
Sinto a respiração do meu pai no meu pescoço e o meu cabelo é desviado. As suas mãos agarram a minha cintura e eu tento desviar-me mas torna-se impossível devido à pouca força que tenho comparada com a sua. Cada célula do meu corpo a sentir o nervoso que se está a apoderar do meu corpo
"Por favor" Peço mas ele ri-se e puxa-me para o andar de cima. Debato-me o caminho todo, batendo com as mãos, os pés e tudo o que possa ter à mão mas ele não cede. Sou atirada contra a cama de casal e a porta do quarto é fechada. Isto não é bom sinal, aliás estou tão fodida. Literalmente fodida
"Sabes que a tua irmã também não se vai safar não sabes?" Ele fala enquanto desaperta as calças. "Eu vou foder-vos às duas percebes?" Ele diz no meu ouvido e eu sinto-me obrigada a fazer uma cara de nojo. Desvio-me até ao início da cama quando ele se aproxima. Ele gatinha até mim e as minhas mãos são presas.
"Por favor" Debato-me mais uma vez contra ele e sinto as lágrimas nascerem nos meus olhos. Mas eu não vou chorar, sei que não, é o costume...elas nascem mas nunca chegam realmente a descer pelo meu rosto. "Não o faças." Sussurro e bato-lhe com o meu joelho no meio das pernas ouvindo o seu gemido abafado devido a ele estar com a cara no meu pescoço. Os meus pulsos são apertados com força e sinto os dentes dele a perfurarem a pele do meu pescoço obrigando-me a soltar um grito agudo. Ele mordeu-me, porra este orangotango de raça rara mordeu-me. Ele agarra a minha cara apenas com uma mão.
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Insane «Pausa»
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