O paneleiro e o gay

198 5 3
                                    

Eu fico sentada no banco de madeira podre - que vai de certeza partir com o peso das duas baleias sentadas ao meu lado, também conhecidas como Lois e Neil, o paneleiro e o gay. Agora que penso, eles formavam um belo casal gay. Quer dizer, belo não porque eles são os dois horríveis e estúpidos, mas formavam um casal minimamente razoável.

"Só fazes merda meu." eu oiço o loiro a reclamar com o Lois, Louis ou o caralho do nome dele para o qual eu não dou um caralho.

"Querias o quê? Que eu fosse agradecer ao amiguinho dela por ter dado porrada no Zayn?" o outro paneleiro responde e põe as pernas dele em cima das minhas, ficando praticamente deitado.

"Oh meu caralho, mas eu tenho cara de almofada?" num gesto bruto eu empurro as suas pernas - que, foda-se, são mais pesadas que o meu corpo inteiro - para o chão e ele ri. Paneleiro, devias morrer afogado em merda de cavalo.

"Olhando bem para ti, sim tens." ele dá um daqueles sorrisos de cão dele, que me dão vontade de lhe arrancar os dentinhos todos que ele possa ter.

"Interessante, eu também nunca tinha reparado na tua cara, mas agora que olho com atenção, tens mesmo cara de merda." eu riposto e o loiro ri-se como se esta tivesse sido a melhor piada alguma vez dita na história. Sim, eu sei que sou fabulosa e extremamente cómica, querido.

O Louis-cara-de-merda prepara-se para responder, mas a) não tinha argumentos e b) ele fixou o olhar num ponto fora da cela. Olhando para lá, eu vejo três pessoas completamente vestidas de preto, que eu identifico como sendo Ariana, Chloe e o mais rcente saco de boxe do Louis, Harry. A minha irmã está a conversar com o guarda gordo que nos fechou nesta merda de cela, provavelmente a tentar convencê-lo a deixar-nos sair. Isso maninha, faz algo de útil na tua merda de vida.

Olhando para o meu lado, eu vejo o loiro praticamente a babar para cima do rabo da minha irmã, e o Louis a olhar para o Harry com cara de cão raivoso. Oh espera, cara de merda raivosa, porque ele tem cara de merda.

O guarda gordo e parecido com o Bob Construtor aproxima-se da cela e está uma eternidade a abrir a merda da cela. Foda-se, acho que não é assim tão difícil abrir aquela porra. Claro que não é, bob falso.

Assim que ele se resolve a abrir eu tento apressar-me a sair mas quase bato com a testa nas grades quando o o velho de merda me puxa para trás.

"Olha, não é suposto eu sair quando tu abrisses esta merda?" O meu temperamento está cada vez pior e isso não torna a merda das coisas fáceis.

"Era, mas se continuares a armar-te em menina inteligente, vais ficar aqui mais uma noite." vamos ver querido, vamos só ver.

Soltando um enorme suspiro que seria capaz de provocar um tornado - o que seria ótimo para matar o meu amigo Bob-Guarda-Falso - eu apenas prossigo a minha saída da maravilhosa cela.

"Vou ter saudades bebé." agora que penso, eu devia improvisar uma encenação aqui e fingir um amor com a cela. Falando a sério, a cela é realmente bonita, a começar pelas paredes a cair.

"Oh meu Deus, és tão otária" o Louis resmunga atrás de mim e dá-me um empurrão. Num gesto bruto, eu lanço o meu cotovelo para trás e oiço um gemido de dor. Viro-me para trás e apenas dou um sorrisinho nervoso para o loiro que está a queixar-se com a mão no nariz. Foda-se, eu queria acertar no Louis-cara-de-merda-raivosa. Mas também não fico arrependida por acertar no Loiro-cara-de-canguru.

"Foda-se estás parva?" o loiro resmunga e tira a mão do nariz, onde eu consigo identificar sangue. Até pedia desculpa, mas eu não tenho pena nenhuma. Ele é uma merda e um bocadinho de sangue não lhe faz mal. É bom para ele experimentar ter o período a sair pelo nariz. Ah pois sofre agora amigo.
"É a vida" Encolho os ombros enquanto que me rio e o cavalo suado mandou-me o dedo do meio. Filho da égua.
"Voçês os dois se não querem voltar lá para dentro é bom que desapareçam." O Bob falso ameaça e eu penso seriamente em atirar-lhe a chave de fendas que está em cima da mesa à testa. Pode ser que lhe fure a cabeça e ele vá servir satanás de uma vez por todas. Encolho os ombros e saio como uma autêntica diva, mas claro alguém tinha que ter dor de cotovelo e vir fazer merda, por isso o meu amor - odiado, filho de uma santa lontra (santa porquê? Porque aturou esta merda de amostra de pessoa durante a vida toda dela) - Louis, pôs o adorável pé de ogre à minha frente e mais uma vez eu achei que o chão estava carente como o caralho, por isso amorosa como sou abraceio-o.
Bem ou o chão se tornou minimamente fofo ou eu aterrei em cima de uma pobre alma que levou com o meu peso de grávida. Olho para baixo e vejo olhos castanhos observarem-me de uma maneira assustadoramente pedófila mas engraçada ao mesmo tempo.
"Percebo que estejas confortável mas pretendo sair do chão ainda hoje" Ele ri e continua a olhar-me da maneira engraçada barra pedófila. Foda-se agora que eu estava a gostar da minha nova almofada. Levanto-me e ele segue-se a mim. Eh lá deus obrigada pela obra prima. Percebo que quase babo enquanto que olhos para o rapaz mas que se foda.
"Como é que te chamas?" Ele pousa a mão na secretária do bob falso e olha para mim feito a almofada que é.
"Zoe e tu?" Cruzo os braços ao nível do peito e olho-o sorrindo como um pedófilo que quer violar uma pobre criança...pobre...pobre o caraças que elas parecem que venderam a alma ao diabo, só comem, dormem e bebem. E agora que penso bem, são parecidas com cães, mas com uma diferença...de cães eu gosto.
"Luke...Luke Brooks" Ele dá-me um sorriso e suspiro. Ai senhor das focas. "Mas então Zoe queres ir tomar alguma coisa?"
"Não, ela não quer" Os dois cabrões raivosos mais conhecidos como Louis-cara-de-merda e Harry-cara-de-merda-júnior respondem por mim e pego numa caneta atirando à sorte, para que acerte em algum deles, acabando por acertar no loiro. Também não é que me importe, mas não era na gazela que eu queria acertar. 

Insane «Pausa»Onde histórias criam vida. Descubra agora