7ºCapitulo

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Leiam a nota final, vai ser do vosso agrado (:

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Saio de casa e não sei se quero correr até ao local marcado para saber o mais rapidamente possível o que se está a passar, se quero demorar o maior tempo possível para poder pensar no que lhe ou dizer ou perguntar e tentar imaginar como vai ser o nosso reencontro ou se simplesmente quero fazer o caminho inverso e voltar para casa por isto ser uma grande estupidez.  

Acabo por desistir das últimas duas opções e apresso-me para o nosso reencontro, é a opção que me parece menos correta, mas a que tenho certamente de fazer, detesto quando não consigo controlar as coisas.

Estou agora de pé encostada ao banco de jardim, mas não duro muito tempo nesta posição. Estou demasiado irrequieta e nervosa para parar na mesma posição e lugar durante nem que sejam cinco segundos. Olho para todo o lado para ver se consigo descobrir o meu “pai”, mas nada. Será que ele não vem? Perdeu a coragem? Uma armadilha? Eu sinceramente não sei o que esperar dele, eu já vi o pior dele, mas nunca sei o que esperar a seguir. Ele já matou uma pessoa. Começo a transpirar, sinto a minha testa a ficar molhada de estar tão nervosa, acho que me acabei de arrepender da minha decisão. Acho que estava louca quando a tomei.

Sinto uma mão no ombro e de um salto, viro-me deparando-me com ele mesmo à minha frente. Já lá vão uns aninhos que não o olhava tão diretamente para a cara e agora dá-me arrepios só de ver aqueles olhos. Olho para os lábios deles e a minha mente começa a viajar para o meu passado. Eu nunca na vida vou mais olhar para ele e ver um pai. Afasto-me uns bons dois, três passos.

Ele tem um sorriso no rosto, algo que não me está a agradar de todo. É preciso ter-se coragem e ser-se muito insensível depois do que ele fez manter esta postura à minha frente.

-Então filha como tens andado?

Ele continua a ser persistente chamando-me de filha. Ele já perdeu a oportunidade de o fazer. Ele desperdiçou essa altura, que me podia chamar de filha, passar o tempo comigo e interessar-se por mim. Ele quis desperdiça-la aproveitando-se de mim.

- Bem primeiro não quero me chames isso, já te disse isto uma vez. Segundo, eu não vim aqui para conversarmos sobre a minha vida ou a tua diretamente, eu apenas quero que me respondas a algumas perguntas, às quais eu preciso mesmo de saber a resposta.

Ele acena a cabeça confuso.

- Tu por acaso conheces o meu namorado, o Harry? – esta é uma pergunta à qual eu sei exatamente a resposta, mas quero saber se ele vai colaborar comigo ou sevai começar já a mentir.

- Sim eu conheço-o, mas porquê? – bem isto foi um bom começo, ao menos disse a verdade. Decidi ignorar a pergunta dele e continuar.

- E desde quando ou de onde é que vocês se conhecem? Eram amigos?

- Não. – deu uma gargalhada como se a ideia de eles terem sido amigos fosse a ideia mais absurda de sempre. – Apenas tínhamos uma relação de patrão e empregado. Ele estava desesperadamente a precisar de trabalho e como eu sabia que ele até tinha algum jeito para dar uns bons murros decidi contratá-lo para fazer alguns combates em meu nome. Quando o encontrei, ele não estava em grande estado, era daqueles rapazes de rua que andavam a vender droga para conseguir ganhar dinheiro por isso eu salvei-o e ele ajudou-me a ganhar dinheiro.

Unsafe (Breathe Me Sequel)| H.sWhere stories live. Discover now