Capítulo 6

97 11 0
                                    

Eu me sentia inteira dormente e tonta, não conseguia distinguir meus sentimentos naquele momento, só sei que não eram ruins e eu queria muito retribuir. Percebi ela meio insegura com o que tinha feito e me mostrei confortável e me virei pra ela retribuindo seu beijo enquanto passava minhas mãos por sua nuca, ela desceu suas mãos pra minha cintura e me puxou pra mais perto com uma certa força fazendo pressão entre nossos corpos. O beijo durou um longo tempo e foi cheio de sentimento e foi tão intenso que eu nem me importei por estar beijando outra mulher. Nossos lábios se separaram, mas nossas testas ainda estavam juntas.

- Ângela, me perdoe por isso - ela disse segurando meu rosto entre as mãos, ainda de olhos fechados - foi muito importuno da minha parte, mas eu não pude me controlar com você tão perto.

- Não precisa se desculpar por algo que eu gostei - ela abriu os olhos e puxou meu rosto pra cima pra que pudesse olhar nos meus olhos e eu lhe dei um sorriso pra que ela pudesse se acalmar, apesar de eu estar completamente desestabilizada por dentro.

- Então você não se importa? - ela deu um sorriso leve de canto de boca.

- Não mesmo - e então ela me puxou pra mais um beijo, esse  terminou rápido.

- Eu não sei o que aconteceu comigo, mas desde o primeiro dia que você me atendeu no centro médico, algo diferente despertou dentro de mim, quando digo algo diferente digo que nunca senti isso por outra mulher antes e não sabia como agir - ela ainda me abraçava.

- Isso tudo é novo pra mim, mas de alguma forma você também mexeu comigo e eu não consegui identificar o que era - então coloquei uma mecha do seu cabelo atrás de sua orelha - até agora!

Nós ficamos ali mais de uma hora sentadas conversando e olhando a paisagem. Pharah me lembrou que também havíamos combinado de ver um filme no dia seguinte e ficamos discutindo sobre quais opções tínhamos, escolhemos o filme e o que iriamos comer também. Estava ficando tarde e Pharah disse que era melhor irmos embora, então fomos caminhando até meu alojamento.

- Boa noite - ela disse enquanto pegava minhas duas mãos e me puxava pra mais perto - não sei se isso é certo, mas sabendo que você se sente da mesma forma que eu fica difícil de me controlar - ela deu um sorriso e deixou escapar uma risada gostosa.

- Não precisa - eu sorri e soltei uma de minhas mãos pra acariciar seu rosto.

Pharah me puxou pra um beijo rápido e nos despedimos. Entrei pro alojamento e me joguei na cama, eu não podia acreditar que aquilo tinha acabado de acontecer, minha cabeça não aceitava que eu tinha beijado ela e muito menos que eu sentia algo por ela, aquilo tudo tinha sido um sonho muito confuso e eu estava prestes a acordar. Tomei um banho, troquei de roupa e me deitei, acreditando que conseguiria dormir, mas por um longo tempo a cena dela me beijando ficava rodando na minha cabeça e meu estomago se contorcia, mas depois de um tempo acabei adormecendo. 

Acordei tarde e atordoada, completamente confusa. Chequei meu celular e Pharah tinha mandando mensagem, as mesmas de sempre e então me bateu a dúvida se o beijo de ontem tinha sido real, mas eu não iria perguntar, esperaria ela chegar logo pra poder descobrir. Passei o resto do dia terminando de ler o livro que eu estava lendo no dia anterior, demorei muito mais do que o normal pra terminar de ler pelo fato de ter que voltar várias vezes pra reler trechos que não entendi por estar absorta em meus pensamentos. Terminei o livro, tomei um banho, me arrumei e fui até a praça de alimentação buscar as comidas pro filme, estava quase na hora dela chegar e chegando em casa deixei tudo arrumado e fiquei navegando na internet. Ela chegou e se anunciou à porta, eu como sempre dei um grito pra que ela entrasse e ela trazia uma sacola na mão que colocou em cima da mesa, se sentou na cama, me puxou pra perto, me deu um beijo na testa e me disse um boa noite com um sorriso. Sim, o beijo de ontem tinha acontecido e isso me deixava satisfeita e aliviada. 

Right Beside YouOnde histórias criam vida. Descubra agora