Olá, meus amores.- Você quer adotar Andrew, não é? - A pergunta chamou a atenção de Logan, o mais velho parou para encarar o adolescente loiro.
- Sim - Logan respondeu com um sorriso pequeno, o garoto loiro o encarou por alguns segundos com curiosidade, buscando, investigando com desconfiança.
- Certo - Dylan pareceu ficar meio triste, mas sorriu forçado antes de começar a listar com rapidez - Tem algumas coisas que você precisa saber antes: Andrew é super alérgico a amendoim, ele fica inchado e vermelho se comer qualquer coisa com amendoim; ele odeia mingau e pudim, não gosta da consistência; o ajude nas tarefas de casa e escute o que ele diz, ele gosta muito de conversar; Andrew é muito inocente, então...
- Você se preocupa bastante com ele, não é? - Logan perguntou, interrompendo o garoto loiro, encarando-o profundamente nos olhos.
- Eu o amo, tá? Ele é especial, meu amigo, o meu único amigo de verdade - Dylan respondeu firme, cruzando os braços - Eu o conheço desde que ele chegou aqui.
Ele merece todo amor e cuidado que eu posso dar á ele, Dylan pensou, ele realmente amava o tempo que passava com Andrew, a presença do moreno o acalmava, o fazia relaxar, o menor era muito inocente e fofo, Dylan odiaria deixá-lo ir, mas talvez sendo adotado o moreno tivesse mais oportunidades na vida.
- Se você... - A sua voz tremeu quando ele começou a falar, ele tentou de novo, dessa vez mais firme e soando mais forte - ... Se você não cuidar bem do Andrew...
O que eu falo? Eu não tenho nenhum poder, o que eu poderia falar? Não posso ameaçá-lo!, Dylan pensou, de repente se sentindo mal, Logan era um alfa, um homem adulto, alto e forte, ele era apenas um beta, um simples beta, sem força alguma para proteger alguém, ele pareceu murchar ainda mais de desânimo e cansaço.
- Por favor, apenas cuide direito dele - Dylan pediu baixinho, a sua voz soando dolorosa - Eu não aguentaria ver Drew machucado e triste...
- Cuidarei bem dele - Logan respondeu rápido.
Dylan não confiava nessa promessa, não conseguia, sentia a sinceridade de Logan, mas não conseguia acreditar que alguém fosse cuidar bem de Andrew.
- Obrigado - Dylan agradeceu baixinho.
Dylan voltou para dentro do orfanato, Logan suspirou, esse garoto era estranho, mas ok, ele estava preocupado com um amigo, era um bom motivo para ser estranho realmente.
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- Está triste, Lan? - Andrew perguntou ao seu amigo, chamando a atenção de Dylan que tinha passado os últimos minutos em um silêncio profundamente estranho.
- Não, é só... - Dylan não soube o que responder - ... Só estou pensando...
Andrew segurou a mão do mais velho, sorrindo daquela maneira inocente, Dylan não podia dizer que estava triste porque ele seria adotado, porque do jeito que o menor era teimoso ele iria querer ficar no orfanato com ele.
- Eu só estou pensando na minha nota em Matemática... - Dylan respondeu rápido, ele não gostava de mentir para Andrew, mas precisava fazê-lo pelo bem do mais novo.
- Ah... - Andrew perguntou curioso -... É difícil? Alfie disse que é difícil.
- Alfie? - Dylan perguntou curioso.
- Meu outro amigo - Andrew respondeu, ele sorriu cansado ao dizer - Ele também é cego como eu, ele perdeu a visão em um acidente de carro. Você disse que eu precisava fazer amigos, Alfie é legal.
- Ah - Dylan murmurou sem saber o que falar, ele sorriu pequeno, era bom que Andrew tivesse outros amigos também, mais pessoas para cuidar do Andrew, Dylan pensou feliz, não que ele não gostasse de cuidar de Andrew, mas nem sempre ele poderia estar ao lado do moreno.
- Você tá bravo comigo? - Andrew quis saber curioso, parecia esperar que Dylan surtasse ali - Você conhece Alfie?
- Não estou bravo contigo, Drew - Dylan sorriu, bagunçando os cabelos escuros, macios e cheirosos, Andrew cheirava a maçã verde - É que eu estou feliz por você, sabe? Você finalmente está fazendo amizades...
- Mas ninguém nunca vai substituir Lan - Andrew o abraçou de maneira quase carente, a sua cabeça sobre o coração de Dylan, ouvindo-o bater - Amo você, Dylan.
Como raios ele sabia que eu estava pensando nisso? Seria ele um legilimente? O loiro pensou de maneira muito curiosa.
- Eu também te amo - Dylan respondeu, se sentia triste por saber que não veria Andrew com tanta frequência, mas eles ainda seriam amigos, certo? O mais novo não o afastaria, Logan não o afastaria, ninguém poderia ir contra a amizade deles.
Dylan não queria perder o único amigo que tinha, Andrew era demasiadamente especial para ele, era o único que o fazia dar risadas, quando eu me tornei tão dependente dele? Dylan pensou curioso.
- Eu tenho algo para te dar algo... - Dylan falou sorrindo, ele pegou um colar simples em seu bolso, era de couro e tinha umas pedras coloridas, ele colocou na mão de Andrew, vendo-o tatear as pedrinhas coloridas com curiosidade -... É um colar, você o aceita?
- Aham - As pedrinhas eram leves e frias na palma da sua mão - Obrigado, Lan.
Andrew deu um beijinho na bochecha dele, Dylan sorriu pequeno, o moreno adorava lhe dar beijinhos, era algo muito fofo.
- Ei, Drew - Dylan chamou-o após alguns minutos de silêncio tranquilo, ele perguntou de maneira insegura, os olhos escuros de Andrew focaram nele - Você ainda vai continuar sendo meu amigo mesmo se um dia for adotado, não é?
- Sim, Dylan, sempre seremos amigos - Andrew prometeu, sem entender a pergunta - Você está bem, Lan? Você está estranho...
Parecia que Andrew sempre sentia quando Dylan estava triste, ele era empático demais, o loiro disfarçou, dando um sorriso falso e forçado, sentia-se cansado, por que todos que ele amava iam embora da sua vida?
- Eu estou bem, Drew, é só cansaço - Dylan respondeu, ele sabia que Andrew lhe deixaria de lado após ser adotado.
Andrew abraçou-o apertado, dando-lhe tapinhas consoladores nas costas.
- Eu amo você - Andrew murmurou em seu ouvido, Dylan sorriu pequeno para isso, será que esse seria o último eu te amo que ele ouviria de seu melhor amigo?
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Logan estava decidido a adotar ambos os garotos, mas agora teria que fazer algumas reformas em sua casa para poder fazer isso.
Eles seriam uma família feliz.
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Até o próximo capítulo, meus amores.
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Através da Escuridão.
RandomAndrew sentia que estava em um lugar frio e triste, não havia companhia, não havia alegria, nada. Tudo ali era vazio. Dolorido e difícil. Foi em um belo dia de solidão em seu porão que ele ouviu os sons altos vindos dos andares de cima. Pessoas and...