Capítulo 6.

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Olá, meus amores.

Andrew estava sentindo muito calor, ele acordou devagar, sua cabeça doendo muito, ele gemeu baixinho porque se sentia tonto, encolhendo-se e abraçando o seu amado Billy. O que ele devia fazer? Por que doía tanto? Ele sentia tanta dor de cabeça que seus ouvidos zuniam, era tão incômodo, ele tentou se sentar para tirar a blusa, mas seus braços e pernas pareciam pesar chumbo no momento, suas ações pareciam lentas e difíceis demais, então ele apenas permaneceu quieto, sem se mover mais.

Andrew soluçou fraquinho, ele se sentia horrível, ele piscou sonolento, queria voltar á dormir, porém não conseguia por conta da sua latejante dor de cabeça. O garoto apenas permaneceu deitado e imóvel, respirando devagar para tentar acalmar as suas dores incômodas, ele sentiu o seu corpo esquentar e suar, quase como se estivesse derretendo por causa do calor horrível.

Andrew gemeu mais alto, isso chamou a atenção de três betas no quarto, Andrew respirou fundo mais uma vez, tentando se acalmar. Uma mão gostosamente fria tocou sua testa, ele gemeu de alívio e contentamento, isso era maravilhoso, ele nem conseguia se importar em estar sendo tocado por um estranho, ele não tinha tempo para sentir medo quando estava com tanta dor assim, Andrew quis pedir mais desse carinho frio em seu rosto quente, mas a pessoa se afastou rapidamente após alguns segundos, deixando-o novamente com calor.

Andrew choramingou descontente, tossindo um pouco em seguida, parecia que ele tinha engolido areia, sua garganta estava seca, ardendo, queimando e doendo com intensidade.

O garoto não os ouvia conversando, dois meninos correram, o som dos passos pareceu ecoar em seu crânio, Andrew choramingou novamente de dor. Alguém acariciou os seus cabelos, dizendo palavras que Andrew não conseguia ouvir pois estava distraído no calor, nas pontadas de dores em sua cabeça, em seu estômago se revirando. Parecia que alguém estava tentando acalmá-lo agora.

Andrew soube que alguém havia chegado, sentiu alguém abrindo sua boca antes de colocar um termômetro. O garoto suspirou cansado, se encolhendo mais, após alguns segundos o termômetro foi retirado de seus lábios. Houve perguntas, respostas, uma conversa inteira que ele não prestou a mínima atenção.

Andrew engoliu uma pílula de remédio, suspirando exausto quando sua garganta doeu, ele bebeu um gole de água com a ajuda de um canudinho. Seu corpo totalmente molhado de suor. Ele sabia que as mãos que o despiam da roupa molhada de suor e desconfortável eram masculinas, eram mãos grandes e fortes. Steve? Logan? Dylan? Andrew não fazia ideia de quem era a pessoa.

Deram um banho em água morna em Andrew, depois o garoto foi secado confortavelmente com uma toalha macia, em seguida sendo vestido com um pijama leve, agora ele sentia muito frio, seus dentes batiam um contra os outros, uma manta o envolveu e o aqueceu.

Andrew pode ficar deitado depois, sem se mover, pois se sentia enjoado e dolorido demais. Ele apenas ficou em silêncio, abraçando Billy novamente. Andrew ouviu alguém lendo para si, não era Steve, Esme, Logan ou alguém de uma igreja, a pessoa lia com animação, fazendo-o sentir como se tudo no livro fosse real. Livros eram ótimos.

— ... "Pensei que você tivesse ido embora – Halt disse"... — Era a voz de Dylan, Andrew prestou atenção ás palavras, parecia que o livro era bom — "E depois, com uma sombra de seu sorriso irônico, acrescentou: – Pensei que talvez eu tivesse ido embora"...

Andrew se virou na cama, piscando os olhos para espantar o sono, o garoto sorriu, sabia que Dylan estava o observando, por sorte ele não havia parado de ler, Andrew não queria que parasse, era agradável e bom ter alguém lendo para si.

Andrew bocejou sonolento.

— Você devia descansar um pouco... — Dylan avisou após meia hora, olhando para o relógio próximo á porta.

Não quero — Andrew resmungou mal-humorado, ele não estava com sono sinceramente.

— Essas são as suas palavras preferidas, não é? — Dylan riu disso, ok, Andrew era um garotinho fofo demais — Você as falou para a canja de galinha, agora não quer dormir. Certamente são suas palavras favoritas, Drew.

Não... — Andrew resmungou novamente com a mesma preguiça de antes.

— Ok, o que você quer? — Dylan perguntou curiosamente, não teimaria com Andrew, se o menor não queria dormir, Dylan não iria forçá-lo, era melhor não estressá-lo.

Lê, por favor... — Andrew pediu, Dylan o encarou antes de suspirar divertido.

— Que tal combinarmos algo? Se você dormir, eu prometo que leio todos os livros de Ranger: Ordem dos Arqueiros para você, pode ser? — Dylan sabia que tinha uma boa voz para leitura, mas Andrew precisava descansar para melhorar, dormir era necessário.

Andrew pareceu pensar antes de assentir muito fracamente, ele fechou os olhos devagar. Dylan avaliou se o menor fingiria dormir, ok, Andrew podia ter dificuldade de comunicação, mas certamente era esperto para fingir.

Dylan suspirou, guardando o livro, ainda sentado em sua cama. Ele não tinha muito o que fazer sinceramente, então apenas ficou ali, quieto, observando como Andrew parecia pálido e doente, ainda sentia o calor da pele quente de Andrew em sua mão. Ele sabia que não era o cio.

O cio era um tipo de calor diferente. Os ômegas ficavam quentes de desejo, havia lubrificante natural, os seus ferômonios "chamavam" por um alfa. A febre do cio não abaixava com uma pílula para febre.

Dylan suspirou, esperava que Andrew fosse mesmo um beta. Ômegas tinham muito azar, alguns até mesmo casavam com os seus estupradores porque não tinham escolha melhor, era algo terrível,  só de imaginar o inocente Andrew com um homem mais velho e nojento o fez se sentir mal do estômago.

Andrew não podia ser um alfa, ele não tinha a presença dominante ou os ferômonios irritantes como a dos alfas que Dylan conhecia, ele não tinha músculos. Então restava duas alternativas: um beta ou um ômega.

Andrew virou novamente na cama, deitando de lado, tentando encontrar uma posição confortável para dormir.

Dylan esperava que Andrew fosse um beta, pelo o bem de menor realmente.



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Dylan Colin Angelle.
14 anos.
Gosta de livros e de andar de skate.
Prefere salgados á doces.
Tinha um irmão mais novo.
Extremamente cuidadoso com quem ama.




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Até o próximo capítulo, meus amores.

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