Olá, meus amores.
Esme tinha preparado um banho de espuma para Andrew, bem, uma banheira de água quentinha e sabonete o ajudaria muito certamente, isso iria ajudá-lo á relaxar, Esme achava que certamente o menino precisava disso. Ele poderia brincar com a espuma ou os patinhos de plástico. Provavelmente o menino nunca tivera um tempo para relaxar.
Andrew entrou na banheira sozinho, ainda magro, mal andando direito, relaxando devagarzinho na água. Isso era bom. Andrew sorriu feliz. Ele normalmente não tinha sossego para relaxar assim.
Esme lavava os seus cabelos com cuidado, Andrew brincou com a espuma passando-a de uma mão á outra, sem nem mesmo perceber os patinhos de plástico na banheira. Ela pensava se ele ficaria bem futuramente, Andrew estava sendo avaliado mentalmente por um psicólogo, até agora o menino parecia ter quatro ou cinco anos mentalmente.
Os traumas sofridos tinham sido diversos, além do fato de que ele estava sozinho no porão há muito tempo sem poder brincar, ler, conversar, sem remédios ou comida. Passar tanto tempo sozinho fazia mal á uma criança.
- Drew - A mulher gentil o chamou, a criança sorriu pelo o apelido que era curto e fofo, pelo menos não era "garoto idiota" - Como está se sentindo hoje?
- Bem - Andrew sorriu grande ao responder a pergunta, era bom ter alguém que se preocupasse com ele, o fazia se sentir importante e realmente bem.
Andrew gostava de estar na banheira, a água o fazia se sentir bem, era calmante mesmo.
O menino pareceu encará-la, os grandes olhos castanhos brilhando, pareciam ter mais vida do que antes. Só havia se passado poucas semanas desde que ele fora encontrado, Andrew parecia estar um pouquinho melhor.
Bem, tendo três refeições por dia, fazendo terapia, tendo os seus ferimentos antigos e novos tratados, além de que estava sendo vacinado, é claro que ele iria parecer um pouco melhor.
A criança ainda tinha medo de gente estranha é claro, não tinha como milagrosamente ele se recuperar e aceitar o toque de pessoas estranhas. Mesmo tendo treze anos Andrew não sentia os ferômonios dos alfas ou ômegas tentando acalmá-lo, ele não sabia diferenciar um alfa de um beta ou de um ômega, era como se a clafissicação o incomodasse. Bem, Esme achava que o menino era beta, felizmente ele não passaria por um cio doloroso ou um hut complicado, Andrew não precisava disso em sua vida já difícil, acrescentar alguma dessas coisas só tornaria mais difícil.
Esme deixou brincar um pouco mais com a água, sorrindo, normalmente garotos dessa idade não brincavam com bolhas de Sabão, era fofo e triste vê-lo assim.
Esme o ajudou á se secar, deixando o menino se vestir sozinho, ela deixou o menino escolher a roupa que queria: Andrew escolheu um pijama azul macio. Deixá-lo escolher lhe daria mais dependência. E ela tinha aprendido que o menino podia até suportar ter os cabelos lavados, mas não gostava que tocassem em seu corpo, mulheres ou homens o incomodavam, mas por sorte ele a tolerava quase sem nenhum grito.
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Andrew choramingou dolorido, sentia sua cabeça doer após aquela injeção dolorosa e ardida que Esme tinha lhe dado, ela tinha dito que isso era para o bem dele, mas sinceramente sua cabeça doía tanto agora.
A médica tinha lhe dito que era uma vacina necessária, mas isso o fez se sentir febril e dolorido, Andrew se remexeu na sua cama. Ele suspirou fraquinho, bem, Andrew reconhecia que não tinha sido machucado até agora, ninguém nunca ergueu a mão para bater nele, mas ele não gostava das vacinas.
Bem, Esme sempre lhe dava um doce quando ele suportava a vacina sem chorar, um doce sem açúcar, mas ainda sim era bom. Andrew gostava muito de doces, as vezes era algo simples como salada de frutas adoçada com mel ou biscoitos com leite, ele não comia doces todos os dias, mas tudo bem, Esme dizia que um doce todo dia fazia mal para os dentes e também enjoava, Andrew a escutava só porque ela era calma.
Andrew estava viajando na maionese de novo, não é? Uh, o menino achava que sim, nesse exato momento, ele estava sentado na cama, parado e de olhos fechados, apenas curtindo o silêncio do quarto limpo e de cheiro clínico. Como do nada Andrew tinha passado de seus pensamentos de dor para os doces gostosos que Esme lhe dava? Ele não sabia, bem, sua atenção era facilmente desviada.
Andrew virou na cama normalmente, abraçando o seu querido ursinho de pelúcia, era fofo, era calmante apertá-lo em seus braços. Ele respirou profundamente, se sentia um pouco sonolento agora, ele poderia dormir agora, mas como ligaria com os pesadelos? Andrew as vezes ainda sonhava com seus pais, os rostos borrados, as risadas cruéis ecoando em sua mente e o deixando amedrontado, Andrew acordava assustado e não conseguia voltar á dormir.
Andrew não sabia como era os rostos de seus pais, isso já fazia muito tempo, eles nunca o permitiam tocá-los, Andrew não sabia se era mais parecido com a sua mãe ou com o seu pai, não sabia nada sobre eles, apenas os nomes. E ok, saber os rostos deles iria humanizá-los, não é? Essa era a palavra grande que Esme tinha falado? Humanizar? Era algo assim, ela tinha sussurrado que Damon e Kate eram monstros por tratá-lo cruelmente, bem, ele não sabia se era verdade, mas ok, era a opinião de Esme...
Andrew estava novamente viajando na maionese, tentou se concentrar apenas em tentar dormir. Como faria isso sem ter os pesadelos incômodos de sempre?
Fechou os olhos, contando coelhinhos devagar, contava bem até vinte, logo recomeçando a contagem, estava tão exausto, após alguns minutos Andrew dormiu gostosamente.
Seu amado ursinho de pelúcia em seus braços, sua respiração calma e suave, aquecido e bem, longe de seus pais ou de qualquer um que quisesse machucá-lo.
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O que estão achando da história?Até o próximo capítulo, meus amores.
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Através da Escuridão.
RandomAndrew sentia que estava em um lugar frio e triste, não havia companhia, não havia alegria, nada. Tudo ali era vazio. Dolorido e difícil. Foi em um belo dia de solidão em seu porão que ele ouviu os sons altos vindos dos andares de cima. Pessoas and...