O ar quente e passava o vidro da janela quando sair de sua boca, e fazia pequenas gotas d'água se formarem e escorrerem.
Desde que escutou o Roger ao telefone algumas semanas, dizendo que ele voltaria para casa, não teve uma noite em que passou em claro esperando e se preparando emocionalmente para o dia de hoje.
Seu quarto está virado para rua da parte de trás da casa, e desde antes do Sol nascer, ele plantou raízes em frente ao vidro e não saia daquela posição depois de muitas horas.
A coluna e as pernas latejava e formigar de dor da teimosia de se manter em pé.
Tinha medo de que se saísse para buscar uma cadeira, ou qualquer coisa que fosse, não haveria chegar.
O gosto de sangue fresco inunda do seu paladar quando morde a unha mais forte. O corpo reage. Respondendo dor com dor. Substituindo a dor com outra dor mais forte.
Chegava até a ser calmante e prazerosa sentir o sangue quente escorre pela língua. Como gosto de ferrugem habitual podia ser um bom anestesiante.
Não deixava nada escapar. Os olhos pesados de sono, mas atentos a qualquer movimento procuravam qualquer mudança no portão de ferro, a neve branca no chão.
Qualquer carro que passasse e ele conseguisse ver por sobre os muros da mansão fazia seu coração falhar uma batida.
Muita expectativa para o com certeza de fato.
Ele suspira.
deixando por um minuto seu fanatismo gelado se vira para sua cama intacta e convidativa. Beyond me xinga e dá um pequeno rosnado de frustração pensando o quanto era idiota.
Por que ele voltaria a Londres ?! Com certeza que tinha coisas mais importantes do que vira um orfanato deprimente, em uma cidade deprimente com pessoas muito deprimente nela.
Morde mais forte.
Mais sangue.
O portão faz barulho e ele volta a olhar pela janela uma limousine preta entra e estaciona perfeitamente. Beyond pressionar o rosto contra o vidro gelado.
Então ele sai do carro, depois de muitos anos.
Sua meta de vida sai do carro. O núcleo de toda sua obsessão sai do carro. Aorigem verdadeira de toda a sua imitação.
"Imitação ?!"
Beyond agora não sabia mais se deveria descer lá e abraçá-lo bem forte ou matá-lo. Matar L é se tornar L. Matar L é rebaixar L. Matar L é se elevar sobre L.
Ele acompanha até que desapareça porta dentro.
Mas será mesmo que B.B teria coragem de levantar uma faca contra ele ?!
Se sentia aturdido e com nojo de si mesmo, ao se imaginar sobre Lewliet, batendo sua cabeça nas pedras e sujando a neve branca com seu sangue. Com esforço ele engole o amargo que sobe por sua garganta.
Do lado da janela havia um espelho pendurado na parede. Com alguns passos ele se vê no reflexo, e uma onda de sentimentos tristes e perigosos, fazem seu coração doer.
Rosto pálido. Imitação ?!
Camisa larga. Imitação ?!
Cabelos pretos bagunçados. Imitação ?!
Jens azul gasto. Imitação ?!
Olheiras de panda. Imitação ?!
Íris vermelhas brilhante. Aberração! !
Seu punho quebram e trincando o espelho. Mas o dor e mais sangue.
Sua imagem no reflexo se divide entre as partes quebradas, mas ainda era possível ver seus ombros subir e descer com sua respiração ofegante.
Os símbolos que escreviam seu nome que flutuavam sobre sua cabeça, também se fragmentam no espelho, junto com sua vida útil.
A maioria das pessoas, talvez enlouqueceria ao saber a data de sua morte e a das outras pessoas, mas Beyond estava acostumado com a morte bem antes de nascer.
Uma batida na porta.
Ele tem medo de abrir, porque qualquer pessoa que estivesse lá fora, traria consequências ruins.
Se abaixando perto ao chão, olha pelo buraco da fechadura, esperando qualquer sombra de corpo cobrindo a luz.
Não havia ninguém.
Abrindo poucos centímetros, havia apenas a caixa muito mal embrulhada no lugar onde esperava alguém.
Pegando o pacote, ele sacode, vira de ponta cabeça, encosta o ouvido na lateral. Talvez esperando escutar um tique-taque compassado.
Rasga o papel colorido e abre a caixa marrom. Um sorriso predatório corta seu rosto pálido e fino. Pega o pote com o doce vermelho brilhante.
Havia um cartão branco dentro da caixa tambéme a famosa letra que ele causava tanto explosão de sentimentos estava gravado na frente.
Beyond se deita na cama de costas. Os ossos estalando, os músculos relaxando e o sono conversando a dar sinais de presença. Olhando para o teto ele despeja geleia sua cara na boca como se tomasse água.
Deliciosa.
O sabor faz suspirar.
-Qual rizada devo usar para L ?!🗡🗡🗡
Ele enfia a faca no colchão. Uma. Duas. Dezenas de vezes. As penas flutuavam pelo ar quando abrirá um novo furo ou quando aumentava outro.
As pessoas do lado de fora escutando seus gritos de fúria andavam mais rápido ao passarem pela porta do quarto.
Seus pensamentos reprisando em poucas frases:
"Como ele pôde ?!"
'' Por que ele foi ver crianças antes de mim ?!"
" Eu sou o primeiro da fila!!!"
" Eu sou mais importante que eles!!"
" Eu, eu..."
Rostos começavam a aparecer quando ele apanha lava mais e mais o pobre colchão. Rosto jovens. Rostos infantis.
Já era tarde. Bem tarde. O relógio na parede marcava horas da madrugada, a janela com suas vidas quebradas trazia o cheiro fresco da noite
Ocupado é mutilar o objeto sem vida não ouviu e nem viu a figura encurvada entrar. Lewliet impressionando se a raiva que parava de beyond se aproxima devagar fala.
-Se ele estava te dando tantas dores nas costas, era só dizer ao Roger que ele iria providenciar outro para você...-mesmo com o tom baixo, sabia que ouviria.
Paralisado onde estava não sabia o que fazer. Metade dele queria chorar a outra queria gritar e mais um pedaço ainda queria picotá-lo em pedaços.
Então ele larga a faca, se senta no tapete do chão com penas espalhadas e abraça as pernas. As costas apoiadas na cama.
B.B fecha os olhos.
Lewtiet se senta ao lado dele no chão. A semelhança física entre os dois era gritante.
O silêncio reinava entre eles ambos, que constrangidos, não sabiam começar uma conversa ou dizer qualquer palavra. L de um dos bolsos tira um pirulito e abrindo um, entrega outro a Beyod que aceita o doce.
-Você sente falta dele ?! -L pergunta depois de mais de quinze minutos de quietude.
-Penso nele as vezes...-Beyond tira o caramelo da boca e observa o brilho dele na luz- E você ?!
-O A sempre será uma parte de mim. Mínima que seja. Mas ele se foi, por isso fim. -responde duro e direto, porque era a verdade- Fiquei sabendo que tem agido estranho ultimamente.
Ele se arrasta pelo chão até poder ficar de frente para o outro.
-Quer conversar B.B ?! -o tom de L, passou a ser carinho e paternal.
Beyond não olhava para ele e sim para o chão. Tinha medo do que poderia fazer se cruzasse com os olhos dele.
-Não. Eu não quero...
L solta o ar c força e se levanta do chão. Ele sabia que se arrepender de não ficar, mas mesmo assim sai pela porta.
-Não seja idiota Beyond. Não se mate!! E inteligente demais para isso. -falsa do corredor.
Dentro do quarto, B.B não sai daquela posição até mesmo quando o Sol começa aparecer timidamente no céu. Quando teve certeza de que ouviu ele se despedindo de Matt e de Mello, que choravam o vendo partir, e dizer algumas palavras para o pequeno Near, ele se levanta.
Beyond ri.
-Você não perde por esperar, Lewtiet...-fala as gargalhadas.
Agora ele se arrepende de não tê-lo matado.
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•Na Sala de Casa•
Fiksi PenggemarApenas um dia de folga. Um dia frio e nostálgico. Depois de muitos meses fora em seus casos mirabolantes, L , o maior e mais conhecido detetive de todos os tempos, retorna para a Wammy's House. Com o objetivo de dar uma olhadinha em seus "i...