Capítulo dezessete

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Hey, guys!!!!!! Mais um capítulo fresquinho para vocês 😊, espero que todos estejam bem e desculpe a demora. Quero agradecer também pelos comentários e votos do capítulo anterior, amo saber o que vocês estão achando da história❤
Esse capítulo não é muito focado na Alice em si, mas os acontecimentos serão importantes para a história 😉
Boa leitura, amores.

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Eu não sabia onde estava com a cabeça de deixar um total estranho me seguir até a minha casa! A cada passo que dávamos e que nos aproximava cada vez mais do apartamento, não parava de me repreender e de pensar em como eu era burra. Burra burra burra burra. Como pude ser tão burra!? Mas Lucky não parecia o ver como um inimigo. O que o tornava um cachorro pulguento e burro também.

Ao olhar para Kei ao meu lado, com a expressão serena e me acompanhando calmamente, não pude parar de pensar em como acreditei no que um ser humano que eu nunca vi na vida falou logo de primeira; ele era bonito, mas não era pra tanto.

— Então — comecei a pronunciar-me, parando de andar e ficando em sua frente, fazendo Kei também parar —, acho melhor você esperar aqui — faltava mais ou menos dois quarteirões para o apartamento de Clint, e como eu tinha posto meus neurônios para pensar novamente, o melhor que eu podia fazer era deixar ele nessa distância.

— Eu não sou os caras maus, eu só quero a minha irmã de volta e, como já disse, não teria vindo aqui se você não fosse a minha única esperança — a sinceridade em sua voz quase me fez mudar de ideia, mas desta vez meus neurônios estavam funcionando, mas não teria sido ruim se eles tivessem começado a trabalhar a vários quarteirões atrás.

— Eu posso até acreditar em você, mas eu ainda não te conheço, e não ajuda eu saber que você estava me observando. Para mim você é um estranho, Kei, e para Clint não vai ser diferente. Além do mais, o Lucky vai te fazer companhia — pelo rosnado que Lucky deu, ele não parecia ter ficado nada feliz com a ideia, porém permaneceu em seu lugar.

Dei as costas para Kei com uma promessa silenciosa para mim mesma que eu voltaria, isso se não fosse morta antes.

. . .

Em minha mente eu imaginava várias reações que Clint poderia ter tido ao contar a história de como eu tinha trazido praticamente um estranho para o refúgio dele, mas nenhuma delas ele estava me encarando em silêncio e tão calmamente, o que tornava tudo pior.

— Deixa-me ver se eu entendi: você foi para se encontrar com a Emma, mas voltou com um menino totalmente estranho que falou qualquer coisa e você já acreditou e ainda deixou o meu querido cachorro com ele? — o jeito que ele narrou os acontecimentos, numerando-os com os dedos, me fez parecer uma menina ingênua, o que me deixou com muita raiva, mas decidi não demonstrá-la, já que eu que era a errada no momento.

— Podemos dizer assim —um pequeno sorriso escapou de meus lábios e eu sabia que era de nervosismo, o que me deixou mais nervosa e agora ansiosa e aborrecida. Isso nunca tinha acontecido comigo. Estava começando a ter muitas sensações diferentes quando passei a morar com Clint.

— Por quê?! — seu tom de voz tinha aumentado e agora sim estava começando a se parecer com as cenas que eu imaginei. — Você não pode ir convidando qualquer um para entrar, você é um alvo fácil. Você é minha filha e da Elvira! Está praticamente com um alvo desenhado nas costas, com luzes vermelhas piscando por todo corpo. Você não quer morrer, quer? Imagino que não. Então não faça essas burradas, não convide estranhos para cá — seus olhos estavam cheios de ódio quando terminou de me dar bronca, mas também pude ver preocupação neles e tudo se resumia a isso, arqueie uma sobrancelha ao perceber esse fato. Em nenhuma cena imaginária essa expressão se encontrava.

Filha de um AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora