O Amor é uma Explosão! - Parte ll - Sasori x Deidara

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Descobri que a Arte eterna é realmente relevante até o ponto em que nos machuca e nos desumaniza, e aprendi isso da pior forma. Ainda creio nos meus ideais... mas me dói como eles influenciaram na minha vida e no meu corpo.

Já faz muitos anos que não possuo um corpo de carne. Ao me transformar em uma marionete acabei ganhando a imortalidade, não envelhecer era primoroso além de poder acoplar quantas armas quisesse em mim mesmo. Mas sempre pegava me perguntando se o motivo real que me levou a fazer isso era realmente o desejo de nunca morrer de velhice como meus bonecos ou havia algo mais profundo?

Poucas pessoas haviam me tocado quando humano; minha mamãe, meu papai, minha avó Chiyo... talvez meu avô. Me lembro vagamente afinal já tem quase 30 anos desde então... desde que meus pais morreram e me deixaram para sempre um vazio existencial existiu no meu interior, a vontade de conhecer e tocar outras pessoas era nula, eu só tinha ressentimentos e vontade de fazer arte, uma arte que durasse para sempre!

À alguns anos havia decidido me imortalizar na minha melhor forma, jovem e cheio de vitalidade. Só existe uma única parte humana em mim: meu coração que eu guardo dentro do meu peito em um cilindro. A dor deixou de ser um incômodo e isso era ótimo, entretanto existe algo que me privei de possuir e quando o fiz nem me importei, ate agora...
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Empurro Deidara para longe assim que vejo a expressão de espanto e isso me dói..DOR, eu realmente sentia aquilo? Mas, como?

-Sa-so-ri, o que é isso? Eu não entendo! O que aconteceu com seu cor...

-CALE A BOCA, NÃO QUERO QUE DIGA MAIS NADA- grito sem pensar- você não sabe o que passei para ser assim, você nem mesmo poderia, sequer de arte entende!

-O que está dizendo? Alguém fez isso com você?

-A minha realidade me fez assim! Eu não preciso de um corpo, não preciso! Ser tocado não é uma necessidade, sentir o calor humano é para os fracos e os que duram pouco, e eu não sou assim... meu corpo todo é talhado em madeira, não acha estranho eu não ter reação ao toque?

-Voc... você é uma marionete? Então como pode estar vivo... você não sentiu conexão alguma? Eu achei que o que ocorreu aqui tinha sido algo real... - grita Deidara exaltado e apontando o dedo para mim.

-Para a minha desgraça eu realmente senti, mas não o toque físico. Eu tenho um coração humano nesta carcaça, é o que me resta!- Digo apontando para o cilindro no meu peito- Eu ainda possuo sentimentos e havia muitos anos que eles não eram bons como... como agora! E isso me lembra como isso torna as pessoas fracas... meus pais tinham amor, tinham um ao outro, tinham o toque e morreram em batalha! Me restou crescer e aprender que se somos vazios por dentro tudo á sua volta se estabelece bem, porque não temos fardos para carregar!

Deidara se levanta rapidamente e corre me abraçar. Sinto um aperto no coração... talvez se eu ainda fosse humano estaria derramando algumas lágrimas... é talvez sim. Mas que merda esta acontecendo comigo?

-Mestre...Sasori -ele cochicha enquanto me prende em seus braços- eu não me importo, sei que não pode sentir na pele esse abraço e a força que eu estou fazendo contra o seu corpo emanando calor e sentimento -escuto o som da madeira ao ser apertada por ele- mas imagino que no interior deste coração ainda detenha sentimentos. Eu não vou te julgar!

-Dei-dara... -gaguejo surpreso. Com os poucos anos que trabalhamos juntos adquirimos respeito mútuo, teria isso a semente disso tudo?

Ele separa o seu corpo do meu e alisa o meu rosto novamente, me fita diretamente e profundamente.

-Apenas deixe que eu te faça sentir, as vezes os sentimentos são mais eficazes que o corpo para isso. -Ele me beija delicadamente e me deita no chão mais uma vez. -Eu só preciso que veja para que sinta!

Eu assinto com a cabeça e aliso seu corpo. Ele se deita á minha frente retira sua calça com um sorriso envergonhado. Sorrio de volta e beijo seu peitoral enquanto aperto suas coxas; ele suspira excitado.

-Eu nunca fiz isso antes... - digo envergonhado -desculpe se não for delicado suficiente.

-Só continue, seu toque é incrível.

Aparentemente satisfeito ele também abaixa minha calça... isso é embaraçoso. Eu tinha um pênis de madeira e que sequer eu podia manusear para sentir algo, mas á primeira vista isso não foi um problema para ele.

-Olha... estou surpreso -diz ele sorridente ao abaixar minha calça- você é um artista muito perfeccionista.

-Hey, pode não parecer, mas eu sinto vergonha também... -digo ponto o dedo na ponta do nariz dele.

Ele ri e me abraça. Assim passamos a madrugada chuvosa, entrelaçados e pela primeira vez em anos, eu me sentia amado.

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Pela manhã quando ele acorda eu estou pegando minhas vestes do chão.

-Até que enfim! Estamos atrasados, sabia? -digo colocando o manto da Akatsuki.

-Que claridade irritante -esfregando os olhos e se espreguiçando ele resmunga - vou somente me vestir e lavar meu rosto no rio próximo e ja podemos ir. Será que se formos pelo cami...

-Deidara, obrigado. -ele me interrompe- Obrigado mesmo.

Ele olha inerte para mim e corado.

-Está tudo bem! Isso não foi nada, foi uma noite linda! Bom, podemos conversar antes de sairmos? É rapido, eu prometo.

-Seja breve.

-Eu te respeito muito como shinobi e você poderia ser o melhor parceiro dentro os demais membros da Akatsuki. Mas vamos voltar a restringir nosso relacionamento á somente isso... olha, me desculpa, mas para mim as coisas devem ser assim. Como a arte sabe?! Uma explosão: breve... linda, mas breve. Acho que deveria saber...

Então era isso... como pude me deixar levar? Como sempre pensei, os sentimentos só nos levam a vulnerabilidade. E eu fui vulnerável por esta noite, mas somente esta. Nunca mais irei me sujeitar a cair assim. Não quero... não posso demonstrar descontentamento, seria uma idiotice. Sorrio educadamente.

-É claro, pode ficar sossegado quanto á isso.

Ele sorri de volta.

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Ao terminar á missão e obter êxito, Pain entra em contato comigo e com Deidara como de costume em uma de nossas reuniões com os membros, o qual todos estão não presentes fisicamente, apenas como hologramas exceto eu e Deidara.

-Ora, ora quanto tempo eu não via vocês panacas. -grita Hidan- Talvez devêssemos para de brincar de roubar artefatos e corpos e poderíamos voltar á ir atrás das Bijuus.

-Cale-se Hidan, não vê como ninguém está feliz de ter que ouvir sua voz irritante. O dinheiro é a base de tudo, é necessário para tudo.

-Se fosse tão necessário se chamaria Jashin-sama e não dinheiro! -ele ri sarcasticamente.

-Rapazes, vamos nos concentrar no que é realmente relevante. -intercepta Kisame.

-Sasori, Deidara, vocês completaram a missão? -pergunta Pain impaciente.

-Sim, como planejado, deixamos os vasos no local combinado.

-Ótimo. Atualmente vocês são os mais próximos do território da próxima ordem. Então espero que estejam dispostos...

-Que rápido, não vamos nem descansar? -Deidara pergunta com revolta.

Pain olha para ele e o ignora.

-A próxima ordem é: capturar sem matar o Jinchuuriki da Areia, Gaara.

Contos Íntimos de Paixões ReprimidasOnde histórias criam vida. Descubra agora