LUCY
Tudo aconteceu em um piscar de olhos, de repente havia homens e mãos e muito sangue. Mas ouvir o nome de meu pai me deixou aterrorizada porque não sabia o que eles queriam. Só que agora estou correndo, e sozinha, e não queria me separar de Amélia. Mas ela insistiu que assim seria melhor, então continuo correndo.
Ela me pediu para contar os segundos até seiscentos e vinte oito e quando enfim chegar na contagem para parar. Então meus passos começam a desacelerar, até que eu pare de vez. Olho ao redor e vejo uma descida que leva ao rio. E penso comigo mesma, se eu voltar pela margem do rio, vou conseguir passar despercebida e vou estar atenta à movimentação. — Coloco as mãos nos joelhos e tento recuperar um pouco do meu fôlego.Desço o terreno íngreme e caminho pelas margens do rio, está tudo quieto. O único som é da correnteza, aqui realmente é um lugar lindo, as frondosas com suas raízes profundas, são a coisa mais linda que já vi.
Mas infelizmente estava tão atenta à beleza do local, que não percebi a armadilha. A dor é insuportável, a pedra da armadilha esmaga meus dedos dentro da sapatilha fina que uso. Um tanto atrapalhada tiro a pedra, mas a dor que vem não me traz alívio, a pressão se foi, mas uma ardência parece fogo, me queimando. Caio de bunda no chão e com dedos trêmulos tiro meu sapato, observo meus dedos já criando uma cor arroxeada, e a dor é muita que tenho certeza que não conseguirei andar. Agora minha única esperança é Amélia.Não sei quanto tempo se passou, parei de contar quando cheguei a cinco minutos. Tenho consciência de que a qualquer momento irei perder os sentidos. E como sei disso? — Deve ser porque não consigo manter meus olhos abertos, ou pela minha tremedeira e calafrios que sinto subir pela coluna. — E a cada vez está mais difícil me manter, Amélia precisa me achar ou irei perecer aqui sozinha no meio do nada. Meus pensamentos já estão me deixando apreensiva, pois não posso gritar e pedir ajuda. Os sequestradores podem ainda estar nos procurando, então fico lá sentada quieta e quase perdendo a consciência.
~♡~
Devo ter perdido os sentidos em algum momento, minha cabeça descansa em uma superfície bem mais macia que o chão, onde meu corpo está, alguém chama meu nome e passa os dedos em meu rosto. Quero muito abrir meus olhos e ver quem me chama, mas minhas pálpebras estão pesadas como chumbo, mas meu salvador de voz preocupada passa alguma espécie de pano úmido com um odor horrível embaixo do meu nariz.
A ardência é tanto que me vejo sendo forçada a abrir os olhos e a me sentar para me afastar do cheiro. Olho para cima e tudo o que eu vejo é um borrão, mas mãos grandes e delicadas me ajudam a me sentar. Então novamente tento me focar na figura ao meu lado, e assim que tomo consciência da pessoa ao meu lado, é quem eu nunca poderia imaginar, meu coração para de bater.
— Sebastian? — pergunto a ele incerta.
Mas aquele sorriso lindo, e sua voz preocupada flutuam até mim, então tenho certeza, de que, é real e não fruto da minha imaginação. — Ele me pergunta o que houve então. —
Conto tudo a ele, sem lhe poupar os detalhes, preciso focar em achar Amélia. Mas o homem ao meu lado não pensa assim, diz que sou sua prioridade no momento e por mais preocupada que estivesse com Amélia, meu coração se derrete ao ouvir essas palavras. Sei que estou sendo egoísta, mas esse homem, tem grande parte do meu coração e nem sabe disso. — Me sinto tão segura em seus braços que devo ter caído no sono em algum momento. Acordo do meu cochilo quando sinto que sou passada para outros braços, mas é por pouco tempo, pois Sebastian me pega novamente e caminha a passos firmes para dentro do palácio. Ouço por auto passar algumas ordens, mas estou envergonhada demais para prestar atenção. Também estou preocupada e temo por Amélia que ainda se encontra desaparecida. E me julgo por me sentir segura e em casa nos braços de Bast. O conflito interno está me matando.
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Você será Minha Livro.02
Romansa🌼 Lorde Sebastian 🌼 Os irmãos Miles. Quando a inveja e orgulho, se encontram as consequências são grandes. Minha inveja, me trouxe grandes desastres, não parti apenas um coração, mais quatro tudo em uma única noite. Meu orgulho me fez correr, e nã...