Capítulo 09

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LUCY

Sebastian rolou para o lado e me puxou para si. Deitei a cabeça em seu peito, ouvindo seu coração bater, o som era lindo. Forte e descompassado, assim como o meu, lhe dou um beijo ali, e brinco com seu pequeno mamilo, ele é tão lindo.
Ele corre seus dedos pela base da minha coluna, em uma tortura deliciosa, subindo e descendo bem devagar.

— Você está bem anjo? — ele quis saber.

— Hurum… — apoiei o queixo em seu peito e virei a cabeça, sorrindo para ele.

— Precisamos conversar Lu. — desvio o olhar, sabia que o momento iria acabar, mas porque foi tão rápido diabos!

Seus dedos tocaram meu queixo, me incitando a olhar para ele. — Você é minha agora, tenho responsabilidades com você, temos que chegar a um acordo. — Meu coração começou a bater forte nos ouvidos, eu temia esse momento, e não posso forçá-lo a nada. E ele está muito enganado se vou aceitar! Eu o quero, sim. Mas não assim, por dever… eu o quero por amor, e quero que ele me ame de volta.

— Não há acordo algum, Sebastian! — e me levanto, me sentando na cama com um travesseiro cobrindo minha nudez.

Suas sobrancelhas formam um V conforme ele se erguia sobre os cotovelos — Não? — indaga, acomodando-se melhor até encostar as costas na cabeceira da cama.

— Isso! Não estrague esse momento, com sua consciência honrada. — abraço com mais força o travesseiro — Não, me deve nada, eu quis e aconteceu…

— Venha cá, Lu. — estendeu a mão.

Com cautela, coloquei a mão na dele e permiti que ele me puxasse para perto de si. Ele serpenteia minha cintura. Me colocando colada ao seu corpo quente, seu toque é firme, mas delicado ao mesmo tempo.

— Meu anjo, quando disse que você seria minha. Eu quis dizer exatamente isso! — seu polegar e o indicador segurou meu queixo me fazendo olhar para aquelas íris, que brilhavam — Entendeu, você é minha Lu. Hoje e sempre e para sempre.

— Sebastian, eu quero que isto dê certo, então não faça isso. — seguro seu pulso — Vamos, fazer isso aos poucos. Quero ter certeza, antes de continuar, porque aí serei inteira sua para sempre sem reservas.

Sebastian inspirou fundo, e me pergunta. — Tem alguma coisa a haver com o marquês?

Não ousei olhar para ele quando voltei a falar. — Sim.

Ele permaneceu calado, mas sua mão ainda segurava meu queixo, esperei que dissesse alguma coisa. Mas ele apenas trouxe o rosto para perto do meu, me dando pequenos beijos, alguns mais demorados que os outros. Arrastei-me para mais perto do seu calor. E enterrando meus dedos naquele cabelo macio, ele murmura alguma coisa, mas estamos a caminho de outra coisa para se importar. Ele tem gosto de céu. — Pois se o céu tivesse gosto, seria exatamente esse. Porque Sebastian era meu paraíso.

Sebastian interrompeu o beijo, e pega minha mão que eu mantinha em seu cabelo, apertou os lábios em minha palma, e diz ainda com eles grudado em mim.

— Conte-me.

— Perdão?

— Não vou obrigá-la a me aceitar, mas preciso saber de tudo Lucy, então conte-me, o que for possível. — suplicou — Porque você não pode ser minha agora?

O que ele me pedia era justo. Então contei a ele, da minha vida na mansão Bittencourt. Das brigas e do jeito que minha mãe sempre me tratou, e do acordo que fiz com meu pai, para ter liberdade. Era minha única saída na época, assim como ele, eu também pensava que o único caminho para liberdade era me casar com James. Disse a ele também, da minha amizade com o marquês. E que ele me respeitava e me admirava, e que não poderia simplesmente deixá-lo. Eu precisava conversar com ele. E também, precisava ter certeza, que o que aconteceu hoje a noite irá sobreviver. E não apenas uma emoção passageira.

Você será Minha  Livro.02Onde histórias criam vida. Descubra agora