O demônio

Capítulo 5; Feições de uma estátua

Queria poder transformar você de novo em um desconhecido.
Pois se eu nunca tivesse entrado na sua vida.
Você não precisaria mudar isso.

— Tame Impala, Eventually.

— ✦ —

      — Não me subestime James Byers. — tiro a mão do mesmo de minha boca.

      — Você não ouse contar isso para alguém, se não...

      — Se não o que? Vai me bater? Ou vai tentar me seduzir?

      — Irei fazer de sua vida um inferno.

      — Lamento te dizer, mas eu não tenho medo de fracotes.

      Encaro o mesmo, uma tensão estava no ar, mas o meu celular começa a tocar.

      — Alô? — saio de perto de James, vou em direção a cantina.

      — Filha. — por que minha mãe está ligando a essa hora para mim? — Eu fui tentar limpar o armário, acabei caindo e quebrando o braço, então o Gilbert me trouxe ao hospital, e acabamos descobrindo outras coisas. Por conta disso passarei a noite aqui. Ok?

      — Ok. Melhoras. — ouço o sino tocar. — Tenho que ir, até amanhã.

      Olho para trás, aonde estava as máquinas, e James já não estava mais lá.

      — Caro alunos da escola Queenhood High School, venho lhes informar, que tais turmas irão em um passeio ao museu nacional de Houston, dirigido pela nova professora Jones e o inspetor John, já conhecido pelos demais. — o diretor falava pelos autos falantes espalhados pela escola.

      — Hannah acabei de descobrir que nossa turma irá a esse tal passeio. — Beth surge, me assustando.

      — Aonde você viu isso?

      — No quadro de informações, perto dos armários.

      — Como vamos a esse museu?

      — De ônibus escolar, não é óbvio? — ela tirava um certo sarro de minha cara.

      — É óbvio.

(...)

      É extremamente desconfortável ficar em um ônibus cheio de alunos, mesmo que sejam do segundo ano para cima. O QI deles abaixava absurdamente quando se juntam, frustrante.
      James estava sentado na minha frente, não ousou me olhar enquanto entrava no ônibus. Não sei por que, mas tenho um pressentimento um pouco ruim em questão da professora Jones e o James no mesmo lugar, se não conseguem se conter na escola, imagina em um museu? Será que estou sendo pessimista ou até mesmo exagerada?

      Chegamos ao museu nacional, aqueles vinte alunos que estavam todos juntos em um único ônibus, saem do mesmo e logo em seguida o segundo ônibus chega.

      — É tão bonito o museu, não é Hannah? — Beth admirava a entrada do museu que era composta por duas enormes pilastras de concreto simulando aquelas antigas gregas, bem típico de museus.