Capítulo 10

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Não se preocupem, gente, eu deixo vocês matarem alguns personagens nesse capítulo!!!!

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LEOMORD

- Senhor, seu filho, Amélia e Leomord já estão aqui. – O diretor da escola sai logo após de os anunciarem.

- Pai, o que o senhor quer com o Leo? Ele não fez nada de errado. – Thor já começa me defendendo e eu respiro fundo. Aquele menino não sabe quando ficar quieto e deixar as coisas tomarem o seu curso naturalmente, como a água de um rio. Ele sempre tem que se meter e tentar ajudar aos seus amigos, mesmo que isso também o prejudique... a sua sorte é que não parece ser o caso.

- Não precisa se preocupar porque não é como se algum de vocês tivessem errados em alguma coisa, porém eu preciso conversar com o seu amigo sobre uma coisa que aconteceu e que, bem, vocês mesmos contaram a mim, ou não se lembram deste fato? – Amélia fez um som com sua boca, demonstrando surpresa... talvez por pensar que eu não sabia disso que o pai de Thor disse. – Vocês todos podem sair agora, porque eu quero conversar a sós com o garoto.

Assim que todos os outros saíram de dentro da sala e ficamos apenas eu e o pai dos meus amigos, senti o peso de seu olhar sobre mim e me remexi desconfortavelmente onde eu estava. Sua expressão não demonstrava raiva ou irritação por algum fato, ou até mesmo que ele não quisesse estar aqui, mas também não era serena e calma, que me fizesse ficar mais calmo... ele esticou seu braço para frente e apontou para a cadeira que estava ao seu lado e eu me sentei sem retirar meus olhos do mesmo, pois em algum movimento suspeito eu cairia fora no mesmo instante.

- Fique calmo, ele não fará nada contra você, mas você terá que colaborar com o mesmo e dizer o que aconteceu com você.

- Como se fosse fácil, não é você que está sentada na frente do Deus infernal.

Agora que eu descobri que posso me comunicar com Enigma pelo meu cérebro, nossa interação ficou melhor, tanto para mim quanto para ela, pois eu não me passo mais por louco em local algum por responder o vento, que no caso não é bem o vento, mas ninguém a vê além de mim. Quando estou sem fazer absolutamente nada, eu paro e fico fofocando com a mesma, porque diferente do que eu imaginava, Enigma pode fluir livre para ir para qualquer lugar que desejar, independente de mim mesmo.

- Você deve saber que eu vim aqui por conta da briga que houve entre você, seu pai e seus irmãos, não sabe? – Seu olhar era sério e me encarava nos olhos sem desviar o olhar, eu também não desviava o meu e continuava o encarando sem demonstrar toda a preocupação que estava dentro de mim.

- Ele não é meu pai e eles não são os meus irmãos. – Digo com um tom de voz severo e sinto minha sobrancelha mexendo em um tique nervoso. – Se você espera ter uma conversa civilizada comigo, melhor não mexer em um ponto que eu não gosto. Diga o nome deles, mas não os associe a mim, pois isto é uma das coisas que não são, ao menos, possíveis.

- Tudo bem! Eu aceito isso! – Por esta eu não esperava.

- Eu disse que ele não iria fazer nada com você! Não precisa ficar assim tão na defensiva.

- Pode dizer o que você quer saber de mim e em que eu preciso ajuda-lo. – Cruzo minhas pernas e coloco minhas mãos unidas por cima delas, encarando o mesmo de uma forma séria.

- Você não precisa fazer nada mais do que confirmar algumas afirmações que me foram ditas, ou negar, claro, caso sejam afirmações falsas e com base feita em ideias. – Assinto com certeza e sem titubear. – Victor, entre. – A porta do escritório do diretor abriu e de lá saiu Victor, que vocês podem chamar de meu pai, progenitor, ou qualquer coisa que vocês quiserem.

Enigma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora