Confronto

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Oi bebês! Como estão? 

Boa leitura! 

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Todos que estavam sentados naquele restaurante rústico pararam para admirar a beleza incontestável de Lilith, que não direcionava seu olhar a nenhuma daquelas pessoas, mantendo seu olhar preso na única pessoa que lhe interessava ali: Éberus. Fazia muito tempo que não o via e não tinha vergonha de admitir que ele ainda era muito bonito, mesmo que quisesse arrancar suas entranhas com sua unha.

Seu sorriso, que antes a deixava deveras animada para o dia que teria ao lado de seu namoradinho, hoje, mesmo sem haver mudado nada, não lhe causava nada mais do que repulsa em saber que tinha conseguido a façanha de se apaixonar por aquele homem que estava em sua frente.

Realmente jovens apaixonados são muito mais tolos do que jovens normais.

- Minha querida Lilith, quanto tempo não nos vemos? – Tentou capturar sua mão por cima da mesa, mas a mesma foi mais rápida ao retirar sua mão, fazendo com que uma taça caísse no chão. – Ainda continua a mesma fera selvagem de sempre... eu gosto disso! Ainda continua a mesma na cama? Sabe, eu adoraria relembrar os velhos tempos.

- E você tem como fazer isso, porque até onde eu sei, sua cabeça de cima ainda é pensante, ou seja, pense no que quiser relembrar e use suas mãos. Eu sei que consegue! Não é tão burro quanto era, se fosse, não teria conseguido pegar minha filha de mim e a esconder por tantos anos! – Soltou sem fazer cerimonia, vendo o rosto de Éberus ficando branco, e se recuperando em frações de segundos.

- Como ousa me acusar de algo tão infundado? – Seu olhar transparecia o ódio que estava sentindo e com certeza todos que estavam no local conseguiam sentir a aura dos dois transparecendo energias ruins, deixando o local, que antes estava adequado para uma diversão familiar que estava acontecendo, agora vazio. Além do cheiro, que Lilith emanava quando sentia raiva. Um cheiro de carniça.

Essa nem ao menos Éberus sabia, mas com certeza não estava tão confortável com aquilo quanto queria demonstrar. Ele sabia que Lilith conseguia saber com perfeição quando o mesmo estava mentindo e aquilo era um ponto a mais do que ele, porque o inimigo não deveria conhece-lo tão bem, mas e quando o inimigo foi, em um tempo bem distante, mais do que isso? E quando o inimigo já foi seu amor?

Lilith sorria em direção a Éberus sem ao menos disfarçar todo o deboche que sentia em cada fala que ele tentava emendar uma na outra, em busca de distrai-la, para que a mesma pudesse cair em sua mentira outra vez, mas o que ele também não sabia sobre ela, era que nessa jornada atrás de sua filha perdida, ela conheceu novas personalidades que pode usar a qualquer momento para qualquer situação. Não seria ela, se não usasse.

- Você acha mesmo, que isso vai te salvar de apanhar? – Colocou seus dois pés em cima da mesa, passando as mãos por suas coxas grossas e desestabilizando Éberus por alguns segundos que foram suficientes para que a mesma fizesse seu salto alto crescer e enfiar na barriga de Éberus, passando para o outro lado e continuar crescendo, ultrapassando várias e várias vezes o corpo do homem em sua frente. – Eu poderia ter feito com que meu salto perfurasse primeiro o seu pau, mas sabe, eu não queria deixar o momento de mais diversão para o início, eu queria que esse fosse o gran finale do nosso almoço.

- Você é louca! Eu nunca fiz nada do que você me acusa! – Ele disse com dificuldade, porque o salto que estava em sua boca tornava as articulações de palavras mais difíceis. Lilith sorriu com aquilo. Era bom ver o medo estampado no rosto daquele que fez com que tivesse aquele sentimento de medo de não conseguir encontrar a própria filha em toda a sua vida. – O que você acha que vai fazer? Eu já disse que não tenho nada haver com o que aconteceu com você. – Se desesperou, porque sentiu o salto começar a crescer de novo e sabia que aquela dor ali, não tinha como ser parada. A calça começou a ser rasgada e Lilith ainda estava plena, com as pernas em cima da mesa e com seu salto crescendo cada vez mais, adentrando pelas partes rasgadas da calça.

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