Minha cabeça dói.
Abro meus olhos que entram em um forte contato com a luz do sol.
Eu estava deitada na minha cama, depois de uma longa noite.
-Você bebeu denovo, Seulgi! -Minha mãe entra raivosa, abrindo a porta com força. -Desisto de você! Você tem dezoito anos e não arruma um emprego faz seis meses, mal sai de casa, e quando sai é para beber sozinha igual uma vagabunda! -Ela me olha com reprovação e sai do quarto.
Me sento na cama, e encaro o horário no despertador, pensando que infelizmente tudo isso era verdade.
Nunca tive amigos para falar a verdade, apenas colegas de escola, a qual eu havia terminado faz seis meses. De vez em quando, tento matar essa solidão com bebidas alcólicas.
Na realidade, todos desistiram de mim.
Abri a gaveta da cômoda a qual estava o despertador, e tirei alguns remédios. Engoli todos a seco e me levantei.
Eu não ia de forma alguma sair para ver minha mãe novamente, então eu apenas vesti um moletom azul, uma calça jeans e minhas chinelas.
Meu quarto ficava no térreo, então eu pulei a janela, e como azarada que eu sou, caí dentro de um arbusto.
-Merda. -Disse e tossi algumas folhas.
Me levantei, dando uma leve limpada na roupa, e começei a andar pela pequena cidade. Ninguém sequer olhava para mim, mesmo eu morando aqui desde que eu nasci. Eu sabia quem era cada um, mas eles não ligavam para quem eu era. Estranho? Para mim isto agora é comum.
Resolvi alivar o estresse andando por uma floresta próxima, eu andava focando no ambiente.
Uma árvore grande, alguns esquilos, e uma garota pegando sinal de telefone no monte?
Enfim, apenas ignorei a última paisagem.
Me sentei perto de um rio, me escorando na grande árvore. O som dos passarinhos presentes no ninho me acalmou, ao ponto de conseguir repousar.
[...]
Eu acordei escutando alguns pequenos barulhos. Minha visão ainda se ajustava quando senti um ar frio.
Me remexi com as costas em algo macio.
-Bem vinda a nave espacial 100. -Uma voz robótica ecoa na sala.
Me levanto com cuidado da cadeira que flutuava por meio de uma avançada tecnologia.
Onde eu estou?
Observei ao redor, com medo. Os barulhos vinham de enormes painéis com inúmeros botões. Haviam mais cadeiras flutuantes pelo lugar e uma espécie de tubo de vidro ao canto da sala.
Eu estou sonhando?
Começo a andar em direção à grandes janelas, e então eu vejo algo que me maravilha. A visão do espaço, as estrelas brilhavam diferente, tudo parecia mais bonito, inclusive a terra, que estava um pouco longe da nave.
Escuto barulhos na sala, um som de algo mole a se movimentar. Me viro para o tubo de vidro, agora cheio de um látex rosa, com uma garota alta de pele aparentemente azul.
Ela sai graciosamente da cápsula com os olhos fechados. Enquanto ajeitava as mangas do seu uniforme colado, ela abriu os olhos.
Seus olhos me pareciam com a galáxia em um tom de lilás, ela me encarava e andava em minha direção.
-Eu não preciso ter medo. É só um sonho. -Disse e ri quando a alta garota estava já próxima de mim.
-Tem certeza? -Ela riu e puxou para cima a manga do meu uniforme, igual ao seu.
E soltou com força em meu pulso. Eu senti aquilo, senti a dor e sinto a presença dela.
Isso não é um sonho.
Fecho meus punhos e começo a bater na enorme janela, na esperança de talvez, morrer sem oxigênio no espaço. Minha revolta não durou muito tempo, quando placas finas de metal fecharam-se. Ao bater, senti uma onda de choque percorrer o meu corpo, e desmaiei.
[...]
Minha cabeça dói novamente.
Abri os olhos com ânimo, na expectativa de estar em casa. Mas eu continuava naquela espécie de nave.
Eu estava em um quarto, deitada em uma simples cama flutuante. Me sento e encaro o ambiente, tendo apenas uma porta de metal e um pôster.
"Nós acreditamos na nave espacial 100!"
-Nave especial 100? Eu lembro disso quando acordei da primeira vez...mas acreditar no quê? -Várias perguntas me consumiam.
De repente a alta garota entra no quarto.
-Por favor, se acalme. -Ela diz com graciosidade e se senta ao meu lado.
Ela toca a minha coxa delicadamente, me fazendo olhar para seus brilhantes olhos. E com a outra mão ela coloca um fio de meu escuro cabelo para trás.
-Bem vinda, eu me chamo Park Soo-young. Patrulheira espacial Joy. E irei explicar tudo o que perguntar. -Ela diz com alegria e o azul da sua pele se torna ilumidado.
-Onde eu estou? -Digo sem hesitar.
-Você está na nave espacial 100, Kang Seul-gi. -Ela diz e sorri.
-Como você sabe meu nome? -Tiro sua mão da minha coxa.
-Ah, você é a escolhida! Parabéns! -Ela diz batendo pequenas palmas.
-E-Escolhida? P-Por quê eu? -Digo começando a ficar nervosa novamente.
-Não sei se a comandante permitiria este tipo de resposta. -A pele de joy foi se tornando acizentada, ela parecia desanimada com o motivo.
Que comandante? Que nave é essa? Por quê eu?!
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Stardust [Seulgi and Irene - Yuri]
Fanfiction-Bem vinda a nave espacial 100. -Uma voz robótica ecoa na sala. Me levanto com cuidado da cadeira que flutuava por meio de uma avançada tecnologia. Onde eu estou? -//-//-//- Stardust | Poeira Estelar Red Velvet | Seulgi & Irene "Eu não quero ser c...