galaxy seven;

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Foi um dia e tanto. Nós divertimos muito, todas juntas, apesar da Marie sempre acabar deixando alguém desconfortável com alguma piada sexual.

Entramos na nave e voltamos a planar no espaço, esperando a próxima missão, qual será a próxima pedra.

Todas estavam dormindo quando de repente nossas portas se abrem e escutamos gritos.

-Levantem! -Irene gritava séria, reprimindo um sorriso de alegria.

-Qual o problema? -Saí do dormitório meio tonta.

-E-Eu encontrei a pedra verde! -Ela soltou o pequeno sorriso.

-Já vamos ter a segunda? Nem acredito! -Joy saiu do seu dormitório aos pulos.

-Se troquem patrulheiras, hora de conseguir essa pedra! -Irene correu e entrou na cápsula, rapidamente trocando para seu uniforme colado.

[...]

Aterrissamos em um planeta, o Planeta 49.

Era um lugar verde, coberto por plantas, parecido com o anterior, mas sem o vasto campo. As enormes árvores nasceram quase juntas existindo em altas montanhas que fornavam o planeta.

Descemos da nave andando pela sombra, devido ao topo das altas árvores, carregando nossas armas.

Não pareciam existir ameaças aqui, então andamos tranquilas até uma caverna perdida no meio da floresta. Uma caverna de pedregulho, com um brilho esverdeado em seu interior.

-Eu acho que achamos! -Disse e sorri gentilmente para a Comandante Irene.

-Foi mais fácil do que eu pensei! -Joy riu alegremente enquanto sua pele azul se iluminava. 

-Não é bem assim... -Marie disse e agiu em um piscar de olhos.

Como sabiamos, sua força era sobrenatural, com apenas um chute, nossas armas foram jogadas para o alto, caindo muito longe de lá.

Apenas Irene segurava firmemente sua espada.

-Eu sabia. -Irene cerrou os dentes.

-Achou mesmo que eu ia facilitar para vocês? Me render? -O riso de Marie era amedrontador. -Venha, querida Wendy. -A garota ficou parada ao nosso lado.

-N-Não! -Wendy gritou. -C-Cansei de ser sua escrava pessoal e s-sexual! -Ela disse gaguejando em meio a lágrimas.

-Pois bem, eu acabo com isso sozinha. -Marie jogou seus cabelos ruivos para trás, se preparando.

Irene ficava ao meio apontando sua espada para a ruiva, enquanto eu e Joy iriamos tentar no combate corpo a corpo.

-Tsc. -Marie veio correndo em minha direção.

Em poucos segundos seu pé atingiu meu rosto, me arrastando a alguns metros até uma árvore, onde parei sentada. Toquei meu nariz com cuidado e olhei o sangue em minhas mãos. Filha da Puta.

Joy se esquivou de alguns ataques, mas acabou jogada ao meu lado. E Wendy correu para junto de nós, com medo.

Irene P.O.V

-Desta vez, eu não vou hesitar em lhe matar! -Gritei.

-Você não vai chegar perto. -Marie riu e partiu para vários chutes seguidos.

Eu recuava e atacava com a espada velozmente, suas pernas se alternavam, ela não me tocava, e eu não tocava ela. Uma sincronia perfeita, se não fosse uma batalha até a morte.

Minha espada era afiada como o dente de um tubarão, e reluzente como a água do mais cristalino rio. Logo minha arma rasgou seu uniforme, fazendo um corte na sua perna esquerda.

-Porra! -A ruiva gritou sentindo a ardência. -Vagabunda... -Corri em sua direção enquanto ela soltava xingamentos.

Marie arregalou seus olhos e gaguejou, sem acreditar no que sentia. Minha espada estava fincada em sua barriga, entrou com facilidade, fazendo um corte profundo.

-E-Eu... -Ela disse quase sem voz. Retirei minha arma vendo o sangue jorrar em todo o local. -Falei que n-não iria p-perder... -Com um chute rápido me vi já deitada no chão.

Marie quase não tinha forças, mas usava o resto em mim, subiu em minha barriga e colocou suas mãos em meu pescoço.

Ela apertava forte, sem se preocupar com seu ferimento, ela morreria mas me levaria junto de si. Eu sentia minhas cordas vocais praticamente se comprimindo, tudo girava, eu achei que era o fim.

-Não! -Escutei a voz de Joy em passos rápidos e duros. 

Joy empurrou Marie, tossi tentando recuperar meu ar quando vi os papeis trocados. Marie estava no chão enquanto a minha patrulheira tentava asfixia-la.

Eu nunca vi ela daquele jeito, sua pele se tornou vermelha parecendo queimar de ódio. O choque foi enorme, não conseguia me movimentar.

-Nunca, jamais, toque nela... -Joy gritava entre lágrimas. -Sua vadia! -Ela começou a bater repentinas vezes a cabeça da ruiva no chão, com toda a sua força.

Marie perdia muito sangue, já sem ar e com ferimentos graves no crânio, ela parou de resistir. Joy parou de espancar sua cabeça, apenas largando a mesma no chão.

-O quê? -Ela disse abaixando seu tom de voz, sua pele se tornou cinza, sem cor, sem vida.

-Não pode ser! -Wendy correu para o lado da ruiva que já estava morta. -E-Ela cuidou de mim desde s-sempre, como eu pude abandonar ela a-assim?! -Chorava e soluçava o mais alto que podia, passando a mão entre os fios de Marie.

-Eu sou um monstro... -Joy saiu de cima do cadáver, andando em direção a nave.

-Wendy... -Seulgi chegou para consolar a pequena. 

-Vão para a nave, eu pego a pedra. -Tossi e andei em direção a carvena de pedregulho.

Joy não era um monstro,

Eu sabia disso,

E também sabia que a culpa era minha,

Dessa doce garota se sentir assim.

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⏰ Última atualização: Sep 16, 2019 ⏰

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Stardust [Seulgi and Irene - Yuri]Onde histórias criam vida. Descubra agora