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Seulgi P.O.V

Todos os monstros estavam mortos, ou pelo menos a maioria deles. Mesmo assim, resolvemos voltar para a nave, Irene estava satisfeita.

Chegando lá, ensanguentadas, Joy e Irene  começam a puxar e retirar aqueles uniformes colados, ficando completamente nuas.

Eu corei instantaneamente, e andei até a porta do meu dormitório.

-Não vai trocar de roupa? -Joy pergunta.

-Vou me trocar no quarto... -Digo meio constrangida enquanto observo Irene entrar na cápsula de vidro.

-Mas a cápsula está aqui na sala de comando! -Joy diz e aponta para Irene, que saiu vestida com pequeno toque em um botão.

Ela usava uma camisola preta com renda no busto, um pijama humano.

-Escolha um pijama. Joy separou alguns pijamas humanos para você se sentir em casa.  -Irene diz enquanto vai a uma outra cápsula.

Começo a me despir envergonhada, e quando percebo as duas me encaravam sem entender o porquê de eu estar corada, ou pelo menos a Joy não entendia. Já que Irene estava rindo baixo, pensando denovo como humanos são estranhos para ela.
 
A cápsula se enche de látex e leva Irene rapidamente para a parte superior da nave, onde provavelmente ficava seu dormitório.

Entrei no tubo de vidro dos pijamas, escolhi uma calça e um moletom cinza, era o mais confortável ali. 

Saí, e enquanto Joy escolhia o seu, eu resolvi fazer agumas perguntas, me sentei na cadeira do monitor que eu controlava.

-Ei, Joy! -Começo a girar na cadeira. -O que esse cara quer? Por quê ele é tão ruim? Por quê esses monstros obedecem a ele? -Digo observando Joy sair com um pijama de unicórnio. Ela se senta no chão, ao meu lado.

-Os monstros eram como nós, bom, no caso como eu e a comandante. Habitantes comuns do Planeta Cowaco, mas uma hora, apenas jovens que se revoltaram se tornaram Goblins. Foram até ele em uma parte desconhecida do planeta e se juntaram, incialmente eram menos de dez, mas ele multiplicou todos, se tornaram milhares, e eu nem sei como. -Joy diz e suspira.

A juventude, que deveria ser o melhor futuro, está colaborando para a destruição de tudo? Não faz sentindo, mas eu acredito.

-Ele deve ter alguma tecnologia, não sei, aqui é tudo tão avançado... -Digo preocupada equanto coloco meus joelhos encima da cadeira, junto a mim e agarro os mesmos. 

-Bom, nunca vimos ele na vida, nem mesmo a comandante Irene, nem sabemos se é um homem mesmo. E o que ele quer? É meio difícil de entender. Você não comeu nada o dia todo, eu separei algumas comidas humanas para ti, coma e escute bem. -Ela diz e aperta um botão  abaixo da minha cadeira.

Uma pequena mesa grossa com algumas saídas é levantada. Essas saídas se abrem com uma tela, várias opções estavam escritas. Selecionei um yakisoba, precisava de nutrientes, e então a saída se fecha e abre novamente, com uma tigela de yakisoba pronta. É tudo que eu queria na Terra também.

-Irene conseguiu seus poderes através de três pedras, ela sempre teve aquele terceiro olho, mas obteu a capacidade de localizar todos por meio das pedras. Ela sempre conseguiu localizar tudo e todos, exceto ele, e não sabemos porquê. Então nessa missão número 100, ela pensou em um plano, e se conseguissemos as pedras de volta que estão perdidas pelo espaço? Será que conseguiriamos? -Joy diz olhando para o espaço, as janelas ainda estavam "abertas".

-Mas e o m-motivo dele ser uma a-ameaça? -Digo de boca cheia.

-Além de destruir o futuro desses jovens, agora escravos multiplicados dele. Ele planeja destruir o maior bem do nosso sistema, uma estrela chamada Lossi. -Ela diz aflita, apertando as mangas do seu pijama.

-Uma estrela, tipo o Sol? Só que do seu sistema? -Digo preocupada.

-Sim. Ele quer acabar com tudo, sem Lossi todos morreriam, mas até hoje ele nunca chegou lá. A única transmissão que conseguimos com ele, havia muitos efeitos na voz e não tinha imagem. Ele disse que queria vingar todos os jovens revoltados, e que ele já foi um, queria destruir todos os planetas tóxicos com o que chamamos de sociedade. Ele disse que era morador de Cowaco, e que viveu terrívelmente, então queria a morte de todos. -Joy diz com os olhos cheios de lágrimas.

-Calma, Joy. -Digo e abraço ela. -Mas ele não vai acabar morrendo também? -Falo enquanto como o resto do yakisoba.

-Não, ele não mora mais no nosso sistema, não sabemos se vive em alguma nave ou em outro planeta, mas vamos conseguir, sejamos positivas! -Ela diz tentando se animar. -Chega por hoje, vamos dormir. -Joy se levanta e vai para o seu quarto ao lado do meu.

Era muita informação para mim, melhor eu descançar mesmo. 

[...]

Um som alto acorda todos da nave, era insuportável, e as luzes das salas estavam piscando vermelhas.

Saio do meu dormitório e vou até a sala de comando. Vejo Irene saindo da cápsula ainda de pijama. Joy também saí de seu dormitório.

-O que está acontecendo? -Digo tampando os ouvidos, aquele som era ensurdecedor.

-Merda! -Irene diz e se senta em sua cadeira semelhante a um trono. -Fomos hackeadas. -Ela diz e bate no seu painel com raiva.

O painel da comandante exibe um holograma, alguém completamente coberto de preto aparece.

-Olá, comandante Irene. Sua nave tem um péssimo sistema de segurança contra hackers. -A voz estava completamente editada. -Estou entediada, venha me divertir... -Ela diz enquanto mexe nos seus poucos cabelos que estavam para fora do capús preto. 

-Perder tempo com você? Talvez. -Irene diz e ri, debochando.

-Talvez? Com certeza. Eu tenho algo que você deseja. -Ela ri e mostra uma pedra vermelha, uma Jaspe Vermelha. 

-Merda... -Irene diz e desliga o painel, fazendo o holograma sumir. -Se troquem, e preparem-se, vamos derramar muito sangue hoje. E quem sabe eu tenha duas coisinhas novas... -Ela diz enquanto vai até a cápsula de roupas.

-Uma Jaspe, e uma cabeça de decoração. -Irene estava queimando de ódio. Ela entra no tubo de vidro, selecionando seu uniforme.

Fazemos o mesmo. Irene pega sua espada, Joy pega seu arco e flecha. E eu? Não quero uma pistola denovo. Olhei o armário e então escolhi uma espécie de lança-misséis, ela era meio grande e se colocava presa ao seu ombro.

-Arma nova? Gostei, boa sorte! -Joy diz e dá alguns tapinhas no objeto.

-Vamos logo, não temos tempo. -Irene diz e todas nos sentamos. -Localize ela, patrulheira Joy. -Joy afirma com a cabeça.

Todas com os cintos e os corações apertados, era uma missão importante, precisavamos daquela pedra.

Stardust [Seulgi and Irene - Yuri]Onde histórias criam vida. Descubra agora