Os escudos estavam ativados mas ainda sentiamos o impacto vindo algumas vezes.
-Ele tem grandes subordinados, feitos para tentar nos atrasar ou até mesmo matar. -Irene diz enquanto aperta um botão brilhante no braço de sua cadeira.
Sinto a nave tremer, tinhamos lançados uma chuva de misséis que logo explodiram a nave inimiga, sem muito esforço.
-Isso que ele chama de desafio? Me poupe, ele sabe que eu já enfrentei coisa pior. -Irene se levanta de sua cadeira.
-Ele está me desafiando, vamos brincar um pouco então. -Ela diz enquanto abre um sorriso malicioso.
-O que planeja, comandante? -Joy pergunta.
-Patrulheira Joy, localize o subordinado mais próximo. -Ela se senta novamente e cruza as pernas. -Eu vou matar todos eles. -Irene permanece séria dessa vez.
-Sim, comandante! -Joy abre um sorriso e mexe em algumas coordenadas.
Que alegria era essa? De matar?
Eu estava morrendo de medo, mas recusar ir só ia me atrasar mais, preciso voltar para a Terra.
-Localizado, está no planeta 22. -Joy desliza seus dedos pelo painel, e logo um cinto me aprende a cadeira. -Se segurem! -A nave acelera dastricamente.
Sentia um arrepio pelo meu corpo, eu preferia estar tomando uma garrafa de vodka agora, mas isso também era divertido.
Em alguns minutos, nos preparamos para pousar.
O cinto me solta, Irene se levanta até um pequeno armário de aço que eu não havia visto até agora.
Ela abre, e está cheio de armas, uma mais avançada que a outra.
-Tome, prove que não é uma fraca humana. -Ela joga uma pistola roxa em mim.
Analiso o objeto, parecia uma pistola comum, mas ao lado estava escrito "300 tiros, carregada", e era usada através de um detector de digital.
-Já coloquei a digital de vocês. -Ela diz enquanto entrega um arco e flecha prateado para Joy.
Como ela tinha minha digital? Enfim...
E então, Irene pega a sua, uma belíssima espada dourada fina, que refletia tudo e todos de tão brilhante.
A porta da espaço-nave se abre, uma poeira verde sobe. Tossi um pouco e então pude ver a terra coberta por massa verde, completamente escura.
A pele de Joy se torna sem cor, branca. Ela parecia nervosa, afinal, também era uma novata, era nossa primeira missão.
Irene saiu na frente, fomos logo atrás, e a porta se fecha.
-Ativar armadura. -Irene faz um comando de voz que ativa a proteção de todas nós.
Eram pequenos pedaços moldados de aço que flutuavam ao redor de nossos joelhos, ombros, busto e cabeça.
Irene fecha suavemente seus exuberantes olhos, e então sua testa se ilumina, a carne começa a se elevar, formando um terceiro olho.
-Mas, que porra? -Digo assustada.
-Silêncio. -Ela fecha o terceiro olho e se concentra, posso sentir sua energia. -Eles estão ao Leste, vamos. -Irene abre-os novamente.
-Estou indo ao monte mais próximo! -Joy diz e se afasta de nós. Isso me lembra o monte Ralux, como eu gostaria agora de nunca ter dormido por lá.
-Venha, humana. -Irene diz.
-Pode me tratar como trata a Joy? Me chame de Patrulheira Seulgi. -Digo cansada daquele desprezo.
Ela olha para mim, e sem se esforçar tinha um ar superior. Ela se aproxima do meu rosto mas sem toca-lo. Posso observar sua pele lisa que parecia queimar meus olhos de tão branca.
-Vamos, Patrulheira Seulgi. -Ela diz, e ainda sim me sinto inferior. O que essa mulher tem?
Andamos para o Leste, e já conseguia ver Joy escondida encima do monte, arrumado seu arco e fecha. Estava distraida quando escutei Irene correndo.
Olho para frente, ela corria rapido e com energia, e então ela para.
De repente surge uma manada de monstros, pareciam uma mistura de zumbis humanos com aliens. Suas cabeças eram tão grandes que alguns não conseguiam suportar o peso e estavam com o pescoço torcido para trás e para os lados. Eles corriam desesperados em direção a Irene, mas ela continua parada enquanto um único monstro vem na frente, liderando os outros.
Ele se aproxima cada vez mais.
-Comandante! -Grito mas ela não se move.
Ela exala superioridade ao monstro, e então com um movimento tranquilo e veloz sua espada 'risca' o ser na diagonal. Onde na verdade, vejo seu tórax deslizar, caindo pelo corte perfeito, ele espirra muito sangue.
Como sangue humano, eu me sentia como se ela tivesse matando um. O cheiro de ferro me consumia, eu não iria conseguir.
Após o primeiro ato de Irene, Joy começa seus ataques, muitas fechas eram acertadas de uma única vez, atravessando vários ao mesmo tempo.
-Começe, Patrulheira Seulgi! -Irene grita enquanto finca sua espada em um deles.
-E-Eu não c-consigo! Desculpe! -Digo e saio correndo.
Irene P.O.V
Aquilo me desconcentra e um goblin acaba rasgando meu uniforme, arrancando uma grande parte do tecido da coxa.
-Você me dá nojo. -Enfio rapidamente minha espada em seu tórax. Largo o monstro no chão e corro atrás de Seulgi.
Joy continua seus ataques e estamos correndo, como gato e rato, igual idiotas. Até que Seulgi cai no chão, os goblins estavam vindo pela minha direita em direção a ela, que não se levantava.
-Merda. -Corro mais rápido, e sem pensar muito nos ataques, começo a fatiar eles em diferentes partes.
Olho para Seulgi no chão, havia sangue nas nossas roupas e no seu rosto, que chorava aflito, ainda deitada.
Me abaixo colocando minha mão por baixo, em suas costas, coloco minha perna no meio das suas e levanto ela para ficar sentada, na minha altura.
Limpo seu rosto delicadamente com meus dedos, limpo uma mistura aquosa de lágrimas e sangue. Eu estava com pena...de uma humana.
-Olhe para mim. -Digo com uma voz suave, e ela me encara. Seus olhos eram de uma única cor, não brilhava ou algo do gênero, mas eu consegui achar lindos. -Você consegue, tem que conseguir. -Falo e segurando seu rosto.
Nos encaramos por alguns segundos, Seulgi não dizia uma palavra, apenas me olhava no fundo dos meus olhos, com os lábios semi-abertos.
Que sensação era aquela? Eu nunca senti isso antes.
E então a expressão dela se torna preocupada, Seulgi levanta com velocidade sua pistola e atira três vezes do meu lado. Fico sem entender, até ver o goblin morto no chão.
-Tem razão! Eu consigo! -Ela se levanta, atirando em mais alguns, mirando sempre na cabeça.
Dou um pequeno sorriso, espera...eu sorri para uma humana? Pelo que eu saiba eles não são úteis ou legais assim.
Então nos três estamos prontas.
Prontas para começar essa jornada.
Prontas para não se tornar poeira estelar.
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Stardust [Seulgi and Irene - Yuri]
Fanfiction-Bem vinda a nave espacial 100. -Uma voz robótica ecoa na sala. Me levanto com cuidado da cadeira que flutuava por meio de uma avançada tecnologia. Onde eu estou? -//-//-//- Stardust | Poeira Estelar Red Velvet | Seulgi & Irene "Eu não quero ser c...