— Como assim você é uma vampira? - Dinah disse, jogando os pés em cima da cadeira ao seu lado.— Uma vampira ué, que se alimenta com sangue e que é imortal, como todos os vampiros! - falei óbvia.
— Sinto em te informar que hoje não é primeiro de Abril, Walz! - a loira riu e pegou seu celular.
— Dinah! Estou falando sério.- protestei e cruzei os braços.
— Então me explique o porquê de você nunca ter me matado? Durante todos esses anos.- disse simples e sem me olhar.
— Eu sou meia humana também, então me alimento das duas coisas. Ou seja, tenho auto-controle.- expliquei.
— Prove! - se sentou direito e me encarou.
— O que? - perguntei perdida.
— Prove que é uma vampira.- deu de ombros e continuou me olhando.
— Como? - perguntei.
— Sei lá, a vampira aqui é você e não eu. Voe, corra, sei lá.
— Vampiros não voam, burra! - falei óbvia.
— Mas pulam alto, sou formada em crepúsculo. - piscou e sorriu. Bufei e revirei os olhos.
— OK.- estávamos em sua casa e em seu quarto. Abri a boca e meus caninos cresceram, ela apenas arqueou uma sobrancelha.
— Preciso de mais.- falou, ainda não convencida de que eu estava falando sério. Eu decidi contar a Dinah que era uma vampira após ver que ela precisava saber disso, ninguém no mundo sabia e ela era minha melhor amiga, afinal dividíamos infinitos segredos e já éramos amigas há anos.
— Não sabia que seria tão difícil de fazer você acreditar. Minha pele branca não dá muito o que entender, não? - perguntei apontando para o meu braço e mostrando a folha A4 que era minha pele.
— Isso só mostra que você não pega sol.- disse com indiferença.
— Eu não posso pegar sol.- falei.- Brilho mais que o próprio sol se fizer isso.- bufei novamente.- Por que acha que moro aqui, no lugar mais frio do país!? - perguntei.
— Porque você é doente, já falei que quando nos formarmos vamos para Miami.- se levantou e se jogou em sua cama.
— Eu te odeio.- a olhei com a cara fechada. Respirei fundo e olhei para sua escrivaninha que, estava do outro lado do quarto e vi seu fone em cima da mesma.- Tá afim de escutar música? - perguntei e apontei para o seu fone e ela o olhou. No mesmo instante corri até o mesmo e o levei até ela, ela ainda olhava para a escrivaninha quando joguei o fio em seu colo.
— Tá bom, agora estou começando a acreditar em algo que eu já sabia! - ela soltou uma gargalhada.
— Como assim algo que você já sabia? - perguntei confusa.
— Eu já sabia que você é uma vampira, você é burra o suficiente para me deixar sozinha em seu quarto e sair, eu li seu diário, besta! Alias não sabia que você era uma vampira tão anos 90 a ponto de ainda ter um diário. - disse e eu a olhava incrédula. - Seu currículo de assassinatos é bem extenso...- sorriu e eu franzi o cenho.
— Jane! - exclamei.- Você não tinha esse direito.
— Tinha e tenho. Obrigada por confirmar.- sorriu e bateu ao seu lado, me chamando para sentar ali e assim eu o fiz.- Está tudo bem, só fiquei triste por ter demorado a confiar em mim.- me abraçou de lado.
— Não é isso, eu confio e sempre confiei. O problema era saber se você iria me aceitar e continuar minha amiga.- confessei.
— Claro que vou continuar, você é minha melhor amiga, não te deixarei nunca. E outra, mudarei seu nome para Melhor amiga vampira! - riu e eu também.
— Idiota.- nos soltamos e ficamos de frente uma para outra.
— Agora me conte as coisas mais insanas que já fez, quero saber de tudo! - a animação em sua voz me fez ficar animada e feliz em lhe ter dito a verdade, por mais que ela já soubesse.
Naquele dia contei cada detalhe sobre minha vida oculta para Dinah, eu sabia que ela era confiável e não me abandonaria nunca. Eu era uma pessoa sozinha e só tinha a Dinah, que era minha melhor amiga do colegial. Estávamos no último ano e por mais que eu não precisasse estudar, exatamente, eu gostava, era algo que podia me distrair.
Sou Camila Cabello, metade vampira e metade humana, tenho 18 anos e sou uma pessoa meio desajeitada.
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In love with a monster - Camren
ParanormalCamila é uma vampira desajeitada e se apaixona por uma humana muito organizada! Quais métodos Camila usará para ser notada?