— Hoje nos mudamos... — Taeyong murmurou assim que o final das aulas chegou. Já faziam alguns dias que eu estava morando na casa de seus pais e desde então nada demais havia acontecido, nenhuma briga, nenhum olhar torto, absolutamente nada. Tudo comumente normal.
Exceto em minha cabeça, a todo momento eu repudiava o feto em minha barriga, cada movimento que o bebê fazia, eu tinha um desespero e uma vontade absurda de esfaquear até que não houvesse mais vida em meu ventre.
Eu não suportava a ideia de ter um filho, nem mesmo quando estava tudo rolando perfeitamente bem ao meu redor. Ninguém nos julgava, todos ofereciam ajuda, já até mesmo havíamos ganhado presentes para nossa casa nova que eu nem fazia ideia de como era, só sabia que existia por insistência de Taeyong em dizer que estava animado para nossa vida de casal sozinhos.
Taeyong era o único que ficava todo feliz e bobo com a família forçada que estávamos fazendo, chegava a ser irônico como eu pude pensar que ele não queria nada comigo quando se exibia todo enquanto andávamos de mãos dadas, e dizia que eu teria que passar minha vida toda olhando para ele, mesmo que eu não quisesse mais ele ou não o amasse da mesma forma.
— Hm, quando chegarmos, eu te ajudo com as coisas. — Eu não sabia o que faltava para a mudança, não participei de nada daquilo, era tudo com Taeyong e seus pais enquanto eu dormia o dia todo.
— Não, depois do almoço vamos ao médico ver como está nosso bebê. — Sussurou enquanto descíamos as escadas e tudo o que passava em minha mente era que agora meu tênis podia desamarrar e me fazer rolar escada abaixo. Se tivesse sorte, quem sabe eu não morreria também?
— Tá... — Respondi seco, finalizando a conversa alí, mas pelo suspiro que ele deu, já sabia que estava chateado com a minha falta de ânimo para "UHU, VAMOS SABER O SEXO DO FETO"
Mas o assunto acabou ali e aquilo, por ora, me deixou feliz.
{...}
Um dos principais motivos para eu odiar ainda mais minha gravidez, eram as malditas azias, não importa o que eu como, saudável ou não, elas sempre apareciam e me faziam querer morrer por tamanho o inferno em meu estômago, e não era só uma coisinha boba que passava com antiácido, eu vinha constantemente colocando tudo o que havia ingerido para fora e aquele era um dos momentos em que isso acontecia.
Taeyong me segurava pelos ombros e tirava meu cabelo da testa, não me deixando ir ao chão por conta da tontura que sempre me atacava ao vomitar. Ele sempre estava alí, do meu lado, me ajudando, cuidando de mim de todas as formas possíveis, sem nunca reclamar e sempre deixando um beijo na ponta de meu nariz para dizer que me amava em seguida.
Aquilo era uma das poucas coisas que ele fazia que sempre me deixava feliz, mas também estava começando a me sufocar, porque eu me sentia um boneco de porcelana que poderia quebrar a qualquer momento.
— Eu estou bem... — Murmurei após respirar fundo, eu não queria ser grosso com ele, não quando ele parecia tão animado em entrar naquela sala de ultrassonografia. — Vamos.
— Ok... — É, ele realmente estava muito chateado comigo e aquilo me dava vontade de chorar. Malditos hormônios.
Mas ignorei e me deixei ser levado para o consultório, nada do que eu ouvi era novo ou que eu já não soubesse pelas pesquisas na internet, por isso nem prestei atenção nas várias coisas que o médico dizia, e ele já percebeu isso, por isso não demorou muito a me mandar vestir uma camisola toda aberta, que mostrava toda minha bunda e barriga, e me mandar deitar em uma maca pequena demais para o meu gosto.
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Inconsequente (Taeten version)
Novela Juvenil⁞⃟ᬽ▩݅͜ु◍̸ꦿ⁞⃟⸽⃟ꦽ⃟⸽◍̸⸽⃟ꦽ⃟⸽྅❁⃗𖠜۫✿ꦿ۰▩݅͜ु◍̸ꦿ݈݅⸽⃟ꦽ⃟⸽◍̸⸽⃟ꦽ⃟⸽྅⁞⃟ᬽ Eu encarava aquele teste de gravidez como o fim da minha vida. E talvez fosse, levando em consideração os fatos: eu tinha 16 anos, um namorado inconsequente país rígidos, e nenhuma estabilid...