Pequena Miss Cupido

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COM UM SORRISO ENORME, observo o casal diante de mim atentamente enquanto eles compartilham um olhar que me enche de alegria absoluta

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COM UM SORRISO ENORME, observo o casal diante de mim atentamente enquanto eles compartilham um olhar que me enche de alegria absoluta.

É um olhar de amor.

Ah amor! O simples pensamento disso faz meus lábios se enrolarem em um sorriso enquanto eu admiro a ideia do amor.

Desvio minha atenção de volta para o casal, e sinto uma onda de orgulho percorrer todo meu corpo.

O garoto loiro segura as mãos da garota ruiva e sem nenhuma palavra trocada, os dois se sentam um diante do outro, com os olhos eles dizem tudo o que querem.

Eu te amo.

Meu Deus, essas três palavras são as mais poderosas que já foram trocadas.

O amor pode conquistar tudo. Essa é uma das minhas crenças.

Aos meus olhos, o amor é perfeito. Não tem falhas quando se trata de amor e certamente não tem imperfeições.

É lindo, e o mais bonito é que lá fora, em algum lugar, todo mundo tem aquela pessoa especial com quem eles eventualmente passaram o resto de suas vidas e eu não consigo pensar em mais nada perfeito que isso.

O amor é perfeito.

Meu trabalho aqui finalmente foi feito, isso com a ajuda dos meus três passos simples, é claro.

Primeiro passo: Encontre o par perfeito. Concluido.

Segundo passo: Juntar informações. Concluido.

Terceiro passo: Deixe-os apaixonados.

Olhando para trás, para o loiro corado e para a cabeça vermelha agitada, mordo meu lábio.

Concluido.

Suspirando, eu jogo minhas costas contra a almofada da cabine enquanto dou uma última olhada nos dois adolescentes antes de juntar meus livros e colocar uma mecha solta do meu cabelo castanho atrás da minha orelha. Passo pela porta da lanchonete e sinto uma rajada de vento passar por mim, uma sensação fria varre meu corpo. Puxo meu casaco com força e tremo. Às vezes eu odeio minha cidade Winter, especialmente quando está tão frio e miseravelmente como neste dia.

Me atrapalho tentando pegar meu celular que está jogado dentro da minha bolsa e verifico a hora.
Me amaldiçoando, eu olho para os dois lados antes de correr para atravessar a rua. Eu vou me atrasar para a aula de inglês novamente. Pela terceira vez este mês. Eu certamente vou ficar em apuros desta vez.

Sr. Andrews vai feliz com isso, eu posso apenas imaginar o jeito que seus olhos escuros me encaram sem olhar para baixo, arrancando um pedaço de papel do bloco e me entregando com um sorriso estampado em seus lábios.

Eu vou deixar a Sra. Brown saber que ela vai estar vendo você na detenção, Srta Holt. — Ele dirá, com diversão clara em seu tom de voz.

Não se eu puder evitar. Eu penso, controlando minha respiração enquanto começo a correr pelo longo corredor, faço uma curva acentuada que me leva para a sala. Quando me aproximo das portas do cômodo, olho para a esquerda e meus olhos quase saltam das órbitas. Encaro o garoto alto e taciturno por um mero segundo, penso que o reconheço, mas antes que possa confirmar minhas suspeitas, o sinal toca. Com os olhos arregalados, caminho entre o mar de pessoas. Pouco antes de o toque parar, eu sigo para a porta antes que o Sr. Andrews possa fechá-la, meus olhos se encontram com os seus estreitados enquanto eu sorrio.

— Hum. — Ele murmura, revirando os olhos e me deixando entrar.

Passando por ele, olho em volta em busca de um lugar e, quando vejo que Lizzy, minha melhor amiga, guardou um assento para mim ao seu lado, sorrio e vou me sentar.

— Sorte, você chegou aqui na hora certa. — Minha amiga loura sorri, seus olhos verdes se enchem de diversão.

— Nem me fale. — Digo, lhe enviando um olhar aliviado.

— Então. — Ela começa, copiando notas do quadro enquanto olha para mim pelo canto dos olhos. — Como foi o matchmaking?

Ao me recordar, sorrio.

— Foi incrível. Você deveria ter visto Liz. Foi simplesmente incrível. — Ela estreita os olhos e me encara.

— Para você, sempre tudo é incrivel. — Responde com um tom zombador.

— Hahaha — Murmuro sarcasticamente, revirando os olhos.

Apoio minha bochecha contra a palma da minha mão, enquanto meu cotovelo descansa sobre a carteira.

— Piadas a parte, esse é o seu talento natural. Eu não posso imaginar como é ser testemunha do amor em ação. E, no entanto, aqui está você, fazendo esse tipo de coisa quase como se fosse um hobby. — Ela diz.

— É mais que um hobby, Liz. Eu quero combinar pessoas enquanto eu puder respirar. Vou começar o meu próprio serviço de encontros. — Eu sorrio.

É uma piada, mas mesmo assim, um pouco de sinceridade está enterrada sob minhas palavras e eu não posso deixar de franzir o cenho ao pensar em desistir disso.

— Eu concordo! Você deveria fazer isso, com certeza! matchmaking é como... como a sua vocação. — Ela estala os dedos assim que encontra a palavra certa. — Além disso, uma carreira não é fazer algo que você ame fazer? Senão você estará presa em um ciclo interminável de tédio. — Acrescenta me incentivando.

Suas palavras fazem todo o sentido para mim.

— Quem sabe, talvez eu abra minha empresa de encontros, vamos ver. — Sorrio.

— Bem, eu apoio totalmente, se você fizer. — Ela me diz e me envia uma piscadela.

— Quanto mais penso sobre isso, mais estou convencida de que é isso que eu quero fazer. E sou muita boa nisso. — Digo, encarando um ponto fixo no quadro enquanto o Sr. Andrews continua a rabiscar palavras.

— Bom, não te chamam de Miss Cupido à toa. — Liz diz, ganhando meu melhor sorriso em resposta.

N/A

Então, o que achou do primeiro capitulo?
Você consegue adivinhar quem era o garoto alto e taciturno?
Espero que tenha gostado.

Miss Cupido  [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora