La Carretera

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Halloooo! Gente, não disse no início da fic mas elas vivem no México, ok? Por isso tanta influência latina (e porque eu quero também hihi). A quem interesse, a música do capítulo é a mesma do título: La Carretera - Prince Royce

Mais um capítulo lindo pra vocês... Espero que gostem. 

Lauren POV

Cheguei no meu apartamento que poderia muito bem ser confundido com um mausoléu com um toque suave de sarcófago. Estava completamente fechado e uma fina camada de pó cobria os móveis que Camila havia escolhido cuidadosamente para ornar o lugar. Ela era tão perfeita em nas coisas que se propunha a fazer que sua marca ficava impressa em tudo. Avaliei a sala com desânimo e Normani em meu encalço, procurando por algo que sabia não estar disposto às minhas vistas.

- Tenho que me livrar desse maldito apartamento. - pensei em voz alta.

- Porque? O lugar é ótimo... Exceto claro que parece sucateado. Deus, isso aqui é um museu que você manteve pro seu relacionamento Lauren. Isso obviamente não pode ser saudável. 

- Ay, não comece. Não quero mudar nada de lugar. Pro caso dela voltar eu não quero que estranhe o ambiente.

- Amiga e se ela não quiser voltar? Existe essa possibilidade... - minha amiga ponderou sabiamente.

- ... onde está o rum que você guardou? Você sabe que não pode mover as coisas da casa dos outros sem permissão, certo? 

- Lauren me escuta, pode ser que ela não aceite suas desculpas por mais bem articulada que você seja...

- ... tinha um Zacapa Centenario por aqui em algum lugar, eu juro que cometo um assassinato se alguém tocou nele...

- Laur vamos conversar sobre isso, você precisa estar preparada para uma negativa se for o caso...

- ACHEI! Sim, aqui está o meu bebê. Mami precisa de você como nunca... - disse para a garrafa, alcançando um copo quadrado no alto da prateleira.

- Amiga, pára de beber por favor... 

- CHEGA NORMANI! - gritei com a negra que se assustou e me olhava surpresa - Eu não posso parar pra pensar nessa possibilidade porque não vejo outra saída! E certamente não posso parar de beber porque se não eu vou começar a pensar em como eu não estou nem próxima de merecê-la na minha vida, quanto mais de tê-la de volta. Então se quer ser uma boa amiga, pegue um copo e me acompanhe porque ao contrário, a porta está logo atrás de você. - me sentei depois do monólogo, me servi de mais da metade de rum puro e o derramei garganta abaixo. Saudade, velho amigo.

A negra parecia pensar na solução mais produtiva e quando se deu por vencida procurou um copo semelhante ao meu na prateleira. Sentou-se ao meu lado sem dizer nada e serviu-se por fim. 

- Não quis te ofender. Mas por Deus Laur, eu não aguento mais te ver assim. Você anda bebendo tudo que vê pela frente, quase não come, não se banha e não trabalha... É horrível ver uma das pessoas que você mais ama na vida assim... - confessou minha amiga que suspirou cansada.

Joguei minhas costas contra o sofá e minhas pernas sobre a mesinha de centro, tentando fazer sentido pra mim e pra mulher à minha frente preocupada com meu estado.

- Eu sei, Mani. Se fosse o contrário eu também sentiria o mesmo mas eu não consigo evitar. Não consigo parar de pensar nela, nas merdas que fiz e em como vou fazer pra conquistá-la de novo. Parece que dói em cada respiração Deus, não vai passar nunca... - com os olhos cheios de água, minha mente foi invadida por memórias daquela diaba sorrindo, cantando, cozinhando, tomando banho...

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