Verdades atona

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_Com quem você acha que tá falando? -Falou Akira com um leve tom de deboche.

_Eu sei que você é meu general, mas eu preciso saber oque está acontecendo contigo. -Disse Yudi segurando seu braço.

_A minha vida pertence apenas a mim, agora vá fazer oque tem pra fazer, tenho obrigações mais importantes do que te da atenção. -Disse Akira puxando seu braço.

_Não fale assim comigo, eu sou.. -Dizia Yudi quando foi interrompido por Akira.

_Você é o que, um Capitão? Eu não estou nem ai, sou seu general. Se continuar na minha frente por mais um minuto, darei um jeito de acabar com sua patente em segundos. -Disse Akira encarando Yudi. 

Yudi se vira e vai embora sem olhar para trás.

Depois daquela conversa, Akira começa a pensar no que Yudi havia dito "Oque está acontecendo contigo, por que aquelas palavras sugiram em sua mente?" Tudo aquilo era muito estranho, Akira nunca havia feito tais coisas. Como eu poderia ter realizado feitiços e de onde sugira aquelas palavras magicas de esquecimento sem nenhum treinamento? Akira pensava enquanto andava.

Finalmente chegando no quartel para designação dos novos recrutas, Akira vai até um ponto alto e os chama a atenção. Aqueles rostos pareciam tão joviais e tão confiantes que o fazia lembrar do seu início.

 Recrutas! Sejam fortes, não temam ao inimigo, pois vocês podem vence-los, vocês são mais inteligentes e tem uma arma ao favor de vocês; a união. Juntos serão mais fortes, nunca fujam, nunca abandone seu companheiro porque a amizade te da poderes incríveis que a mente humana é incapaz de compreender. Lembrem-se! Não é preciso temer aquilo que pode cair de joelhos na sua frente.

Antes mesmo de terminar o discurso, aquele enorme grupo de recrutas que pareciam indecisos e duvidosos rapidamente mudam sua afeição e o aplaude. Era possível se ouvir pessoas dizendo "já sei pra qual esquadrão quero ir, General Akira é o melhor!"

De longe o Capitão Yudi o olhava e em seu rosto parecia está escrito "conte a todos, não esconda", mas Akira o ignora. Akira tinha visto alguém do conselho e era preciso tentar mais uma vez, aquele jovem não poderia morrer daquele jeito, ele não poderia deixar aquela mulher desamparada e sozinha, então  Akira vai de encontro a ele.

_Senhor, eu preciso de um favor da parte do conselho. -Disse Akira se aproximando de um dos membros do conselho.

_Eu não posso ajuda-lo, peça ao Presidente. -Respondeu-lhe o Kendy, um dos membros do conselho.

_Mas é urgente, eu só preciso que... -Dizia Akira quando foi interrompido por Kendy.

_Escuta aqui, General! Eu não vou ajuda-lo com seus atos necromânticos. Mesmo se eu quisesse fazer isso não poderia, isso é magia negra e todos que a usam perdem o controle do seu interior até perder cem por cento da consciência, e seu corpo ser dominado por demônios, causando destruições. -Respondeu-lhe o Membro do conselho mágico com uma tonalidade baixa para que os outros não os ouvissem.

_Esse é o conselho? Na verdade são um monte de egoístas. Não pensam em ninguém além de vocês mesmo. -Gritou Akira quando o membro do conselho interfere mais uma vez.

_Basta! -Gritou o membro do conselho e logo após falou: Caiam estrelas e façam segundo minha vontade!

Naquele momento, Akira começa ver o tempo em sua volta quase parando, as pessoas estavam agindo estranhos, elas se mexiam lentamente até parar, o vento que sopravam as árvores e emitiam sons já não era possível sentir e uma barreira de luz surge sobre aqueles dois homens.

_O que você fez ao restante das pessoas? Espera, como você fez isso? -Perguntou Akira assustado.

_Eu sou membro do conselho da magia, esqueceu que podemos fazer magia? -Respondeu-lhe.

_Mas por que fez isso? -Perguntou Akira confuso.

_Não é óbvio? Você estava falando de magia perigosa, queria que eu deixasse que todos escutassem? -Disse Kendy, membro do conselho.

_Se possuímos algo tão grandioso, por que não usamos contra os titãs? -Perguntou-lhe Akira.

_O mago criador desses monstros os fez imune a magia, dizem que há um encantamento que permite retirar essa imunidade e poderemos usar magia contra eles. -Respondeu Kendy.

_Como permitimos alguém assim está vivo? -Mais uma vez Akira o pergunta.

_Ele já está morto, há quem diga que ele fez um feitiço de nascimento. É um feitiço que quando atingir a idade desejada que o mago estipulou, a criança nascerá e será o único conhecedor do feitiço, mas isso é um mito, se fosse verdade, ele estaria com dezessete anos agora. -Respondeu Kendy

_Entendi, mas por favor, me ensine magia, eu preciso fazer essa necromancia, não posso deixar aquela senhora daquele jeito.-Disse Akira.

_Isso é quase impossível. Para aprender magia precisa aprender feitiços primeiro e isso requer anos, mas se você nasceu com magia dentro de si, fica mais fácil. Você é portador de magia? -Perguntou-lhe Kendy.

Ao ouvir aquilo, Akira fica com receio de dizer. Os generais precisavam ser guerreiros, para os esquadrões o uso da magia atrapalha e os deixavam lentos.

_Não senhor! -Respondeu Akira.

_Eu sinto muito, não posso ajuda-lo, deixe a criança morrer em paz.-Disse o mago desfazendo o feitiço com uma facilidade que Akira prestava atenção em cada movimento para aprender.

_Que assim seja! Vou me conformar, obrigado pela atenção senhor. -Disse Akira parecendo conformado.

Porque será que Akira havia se conformado tão facilmente, parecia um homem tão determinado e de repente tudo mudou?

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